quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mais Mata Atlântica! Mais Floresta Umbrófila! Mais Floresta Atlântica!

É isso aí!
E é preciso também criar corredores para a fauna! E proteções nas estradas onde ocorrem atropelamentos!
Alguma empresa se habilita a ajudar nestas ações?

Unesco aprova ampliação de reserva da mata atlântica

da France Presse, em Paris

A Unesco aprovou a ampliação da reserva da biosfera da mata atlântica na terça-feira (26), que integra a Rede Mundial de Reservas da Biosfera (RMBR). A rede será expandida com 22 novos locais em diferentes partes do mundo, segundo informações da organização.

10.out.08-Alex Almeida/Folha Imagem
Flor de eucalipto australiano no Parque Estadual Intervales, área de mata atlântica; Unesco aprova ampliação de reserva
Flor de eucalipto australiano no Parque Estadual Intervales, área de mata atlântica; Unesco aprova ampliação de reserva da floresta

As lagoas de Montebello no México, o Delta do Orinoco na Venezuela, Fuenteventura no arquipélago das Canárias e Gerès-Xurès, entre Espanha e Portugal, também figuram na lista dos novos pontos de ampliação das reservas.

A RMBR totaliza agora 533 reservas, espalhadas por 106 países.

Além disso, o conselho aprovou a ampliação de outras reservas da biosfera já existentes, como a da mata atlântica, no Brasil, a Campana-Peñuelas, no Chile, a Carelia do Norte, na Finlândia, e a Dyfi, no Reino Unido.

As reservas de biosfera reconhecidas pela Unesco mostram novos enfoques de gestão integrada da biodiversidade e dos recursos terrestres, marítimos e costeiros.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u572420.shtml)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Florestas! Florestas! Florestas!

Florestas! Florestas! Florestas!

Floresta pode ajudar a tirar o Brasil da crise financeira


CLAUDIO ANGELO
editor de Ciência da Folha de S.Paulo

O Brasil pode dar um salto de desenvolvimento se aproveitar a farra de gasto público ocasionada pela crise econômica global para investir em três setores: reforma na Previdência, inovação tecnológica e... preservação ambiental.

Quem sugere essa receita inusitada não é um ambientalista maluco, mas sim um dos caciques do Banco Mundial, o economista indiano Vinod Thomas, 59.

03.abr.09-Rafael Garcia/Folha Imagem
Preservação ambiental é um dos itens nos quais o Brasil deve investir a fim de evitar a crise econômica, defende economista
Preservação ambiental é um dos itens nos quais o Brasil deve investir a fim de evitar a crise econômica, defende economista

Na semana passada, ele apresentou no Fórum Nacional, no Rio, uma análise sobre como os Brics (Brasil, China, Índia e Rússia) podem fazer frente às duas crises que se abatem ao mesmo tempo sobre o mundo, a financeira e a climática. E disse que o Brasil investe pouco ou investe errado justamente na área em que teria mais vantagem sobre os outros países: o uso sustentável de seus recursos naturais.

Leia a seguir a entrevista que Thomas concedeu à Folha na última quinta-feira (21), num hotel em São Paulo.

*

Folha - O sr. propõe que a resposta brasileira à crise seja baseada num tripé: reforma da Previdência, inovação tecnológica e uso da floresta. Como assim?

Vinod Thomas - Esta é uma crise que pode ser desdobrada em duas. Uma delas é a crise financeira. Há uma resposta financeira sem precedentes a essa crise, na forma de expansão fiscal. A segunda crise é o aquecimento global. Se permitirmos que se instale plenamente, será várias vezes maior que a crise financeira.

Os países têm agora uma oportunidade de investir a expansão fiscal de um jeito diferente. Muito raramente você consegue de 2% a 5% de aumento nos gastos fiscais em tempos normais. Hoje, essa expansão para 2009/2010, nos países do G20, é de 5% do PIB. Como isso será investido? Vai ser a mesma coisa de sempre?

Folha - Há diferenças fundamentais entre ambas as crises, não? A financeira é um problema da economia, e o aquecimento global se deve a fatores que não entram normalmente nos cálculos econômicos.

Thomas - A crise financeira que o Brasil, a Índia e a China enfrentam hoje é resultado da ação dos países industrializados. A crise do clima também é resultado primariamente da ação dos países industrializados no passado.

Folha - De volta ao Brasil...

Thomas - O Brasil está numa posição na qual pouquíssimos países estão hoje. Numa comparação entre os Brics, em três décadas, o Brasil teve taxas de crescimento modestas. A grande melhora do Brasil foi na distribuição de renda.

Se a crise tivesse batido no país há dez anos, ela seria muito, muito mais grave. Por que então eu digo que não basta cuidar da crise financeira? Quando os países saírem desta crise, haverá mais ganhos de eficiência em toda parte. É possível que a geração de empregos seja atingida gravemente por causa disso. Então, para ser competitivo, criar empregos e lidar com os efeitos climáticos, o Brasil tem uma oportunidade de revisar sua estratégia de crescimento.

O Brasil tem uma vantagem enorme em três áreas onde ele não está investindo ou está investindo mal. Veja a proporção entre gastos do governo em bens públicos divididos por bens privados, que incluem a Previdência.

Bens públicos incluem infraestrutura, educação, ambiente e coisas assim. Essa razão deveria ser alta, não baixa. O Brasil tem a razão mais baixa entre os Brics. O governo investe mais em coisas privadas -subsídios a capital, crédito dirigido, previdência e gastos burocráticos --do que em coisas públicas.

Em segundo lugar está a inovação. Em inovação, patentes ciência e tecnologia, o Brasil poderia ter uma vantagem, mas investe pouco.

Folha - Como mudar?

Thomas - O setor privado precisa embarcar, não o governo. O Brasil mostrou fagulhas na ciência e na indústria muito mais altas que na Índia. No setor aeronáutico, por exemplo. Mas é algo que não se dissemina, porque reflete a má distribuição da educação no passado.

A terceira é a área na qual o Brasil tem a maior força no mundo: recursos naturais. Não há dúvida de que esses recursos serão cada vez mais valorizados nos próximos 50 anos. O Brasil tem a razão mais favorável de terra, água e floresta per capita do que qualquer outro país, então deveria ser uma área na qual o país estivesse investindo, não destruindo! Mas essa área tem uma dificuldade: ela depende da valoração global de recursos como o carbono de florestas. E o mercado para isso não está desenvolvido.

Folha - A expressão "capital natural" pode se aplicar tanto a terras para agricultura quanto a florestas em pé. E, hoje, essas duas definições estão em conflito no Brasil.

Thomas - Se investir em terra significar destruir floresta, você ganha de um lado e perde do outro. Se a coisa fica só na mão dos agentes privados locais e não há direitos de propriedade, esses agentes explorarão a terra e destruirão a floresta. Se há direitos de propriedade e a valoração reflete o que o Brasil pode ganhar do global ao longo dos anos, o valor de cortar a floresta fica reduzido.

Há um cálculo comparando o valor de um hectare de pasto com um hectare de carbono: são US$ 200 contra US$ 10.000 por ano. A questão é: se é assim, por que não acontece? Um, porque os direitos de propriedade não são claros. Dois, há um conflito entre Estados e o país. Três, há um conflito entre o país e o global, porque o mercado global de commodities transfere imediatamente para o país o valor dos grãos e não reflete o valor da floresta.

Folha - Preservar é trocar dinheiro certo e saldo comercial positivo por uma possibilidade futura, não?

Thomas - Na velha mentalidade, você precisava eliminar a floresta para criar gado. Hoje nós temos evidências de que ambos podem coexistir em grandes extensões. Há exemplos na Amazônia colombiana. Mas, se a situação ficar como está, os ganhos futuros pela preservação da floresta serão muito reduzidos, e o Brasil jogará fora a maior carta que tem, que é a mesma que a Escandinávia tinha, para se desenvolver de maneira dramática.

Folha - Como funcionou lá? O Brasil poderia virar uma grande Suécia?

Thomas - O Brasil pode ser melhor que a Suécia, porque a Suécia tem uma fração da floresta que o Brasil tem. Mas o Brasil precisa de três coisas que a Escandinávia teve: um, práticas sustentáveis de extração de madeira; dois, investir os ganhos no aumento do valor agregado da cadeia produtiva.

A Nokia começou como uma empresa madeireira. E três uma mudança de pensamento, no sentido de achar que proteger florestas é desenvolvimento, em vez de pensar que você tem de eliminar os recursos naturais para se desenvolver.

Folha - Então, por essa lógica, o Ministério do Meio Ambiente deveria ser o que tem mais verba, não um dos que têm menos...

Thomas - Esse é o paradoxo. Recursos naturais, ambiente, água e até turismo deveriam ser áreas de reforço, onde você iria querer muito, muito mais investimento -tanto do governo quanto do setor privado.

Folha - O sr. critica no seu artigo um "retrocesso" na mudança de uma lei para permitir a pavimentação da BR-319, que corta uma extensa área preservada na Amazônia, sem estudo de impacto ambiental. A infraestrutura no Brasil ainda é feita com a mentalidade antiga?

Thomas - [pausa] Há espaço para fazer infraestrutura com sustentabilidade muito maior. Mas a questão é: qual país faz do jeito certo? A China faz? A Índia faz? Ninguém faz! É por isso que eu uso o termo "liderança": o Brasil poderia ser líder em combinar infraestrutura com preservação ambiental.

Folha - Falta visão ao governo?

Thomas - Vamos pular o governo! [risos] O que você tem a ganhar com mais cuidado ambiental no Brasil é muito mais do que na China ou na Índia. O planejamento ambiental faz mais diferença para o Brasil do que para esses países.

Folha - Pode dar um exemplo?

Thomas - Maiores esforços para combinar gado e floresta, por exemplo. O Brasil tem muito a ganhar. Na Índia e na China não sobrou muita coisa.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u571123.shtml)



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Acidentes ambientais

Imaginem!

Ibama multa empresa em R$ 12 milhões por acidente ambiental no Pará

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha, em Belém

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) multou nesta quarta-feira a Alunorte, maior refinaria de alumina do mundo, em R$ 12 milhões em razão de um vazamento de resíduos em um rio de Barcarena (PA), no fim do mês passado.

Um relatório do Instituto Evandro Chagas, do último dia 12, indicou que o acidente ambiental provocou "alterações físicas e químicas" na água do rio Murucupi, o que levou a "situações de risco à saúde das populações" que vivem na área e à diminuição da biodiversidade.

O acidente foi detectado no dia 27 do mês passado, depois de fortes chuvas terem causado o transbordamento de uma bacia de resíduos do beneficiamento da bauxita --minério rico em alumina. O material vazado era extremamente alcalino, devido ao uso de soda cáustica no processo, e alterou o pH de trechos do rio.

Logo após o vazamento, o órgão federal puniu a empresa em R$ 5 milhões, apenas pelo lançamento dos detritos. A nova multa se baseou nas conclusões do relatório, que apontaram os efeitos do acidente.

Em entrevistas feitas pelos técnicos do Evandro Chagas logo após o acidente, moradores da região que tiveram contato com a água reclamaram de inflamações na pele.

"Todas as comunidades [...] ficaram prejudicadas sem que fossem observadas medidas emergenciais", afirma o relatório. Os técnicos também viram peixes mortos, mas não em grandes quantidades.

Nesta quarta-feira, a reportagem procurou a assessoria da Alunorte para comentar a multa --da qual pode recorrer-- e dar sua versão sobre o vazamento. Até a conclusão desta edição, não houve resposta.

Antes, a empresa já havia dito que suas operações seguem a legislação ambiental, e que o laudo não aponta de maneira cabal uma relação entre o acidente e a morte dos peixes.

(da FolhaOnLine)

Herbicidas, inseticidas, pesticidas e outros venenos.

Alerta aos criadores de peixes!

Larvas de peixe de duas cabeças aparecem em rio na Austrália

População que mora perto do rio Noosa aponta uso de pesticidas como causa de fenômeno.

De Sydney para a BBC Brasil - A contaminação por substâncias químicas em um rio no centro-leste da Austrália está sendo apontada como a principal culpada pelo nascimento de peixes com duas cabeças.

Moradores que vivem perto do rio Noosa, no estado de Queensland, disseram à mídia local acreditar que poluição tenha deformado milhões de larvas de peixes.

Segundo eles, as substâncias seriam provenientes de uma fazenda de macadamias (tipo de fruto originário da Austrália), situada próximo ao local.

Mas o governo de Queensland informou a jornalistas que o nível de substâncias químicas detectado "é muito baixo para afetar a formação dos peixes".

Risco para humanos

O aquacultor Matt Landos, do Centro de Saúde Aquática Animal, disse à BBC Brasil que a incidência das substâncias pode trazer riscos para humanos."Não é confirmado ainda que haja risco de comer peixes da região ou tomar água. Mas assim como aconteceu com os peixes, acho legítimo se preocupar com os efeitos desses químicos na reprodução humana".

O especialista informou que ao menos meio milhão de larvas de peixes foram infectadas durante quatro desovas que ocorreram na área. Os peixes que foram levados do rio Noosa para o local onde a procriação ocorreu "foram expostos à poluição dos pesticidas", afirmou ele.

As larvas deformadas não teriam sobrevivido mais de 48 horas.

O aquacultor propõe que os pesticidas sejam banidos e que sejam utilizados outros materiais para impedir a contaminação dos rios.

Para a porta-voz do Sistema Nacional Tóxicos, Jo Immig, há preocupações sobre a presença da substância carbendazim, ligada a defeitos de nascimento. Immig disse que já havia pedido que os pesticidas fossem banidos. BBC Brasil

(de http://www.estadao.com.br/noticias/geral,larvas-de-peixe-de-duas-cabecas-aparecem-em-rio-na-australia,375120,0.htm)

Sacolas plásticas devem ser proibidas

Sigamos o exemplo da China!

China reduz em 66% consumo de sacos plásticos poluentes

da Efe, em Pequim

A China conseguiu reduzir em 60% o consumo de sacos plásticos e, por consequência, a "poluição branca" que produzem, graças à decisão, tomada no ano passado, de cobrar por eles nos supermercados. Antes da redução, a cada ano, cerca de 60 bilhões de sacos plásticos eram consumidos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação de Cadeias Comerciais e Franquias da China, citada pelo jornal "South China Morning Post", nos quase 12 meses que esta medida está sendo aplicada, o consumo anual dos sacos plásticos caiu para cerca de 20 bilhões --uma queda de 40 bilhões de unidades.

Em 2006, os chineses consumiram cerca de 50 bilhões de sacos plásticos, e, em 2007, o número subiu para 60 bilhões.

Em junho de 2008, como uma das medidas prometidas pela China para estimular a proteção ambiental com vistas aos Jogos Olímpicos de Pequim, ordenou-se cobrar por estas bolsas em supermercados. As sacolas ultrafinas foram proibidas, em uma medida que obrigou a fechar a maior fábrica de sacos do país.

Os comerciantes podem ser multados em até US$ 1,4 mil derem bolsas plásticas gratuitamente. São eles que fixam os preços, que nunca podem ser inferiores ao custo (costumam ser centavos de iuane).


(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u569432.shtml)