segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Abelhas

"Abelha não faz mal, faz mel". Amei esta frase, que se contrapõe à reação ignorante e inconsciente de muitos urbanóides e urbanitas que morrem de medo da anti-reumática picada...
Mas, muito mais do que mel, a abelha faz. No texto abaixo, Giles, de quem sou um admirador, com seu texto, como sempre, claro, alerta para o muito mais que a abelha faz:

O declínio das abelhas

Gilles Lapouge*

As abelhas estão morrendo. Esta hecatombe silenciosa dura já alguns anos e constitui um verdadeiro mistério. Os inseticidas foram apontados como culpados, mas sua culpa nunca foi provada.

Milhões e milhões de colméias pereceram na América, na Europa, em toda parte. Estudos realizados nos Estados Unidos (Filadélfia) e na França (em Montpellier) já dão o sinal de alarme. Alerta máximo. Urgência absoluta.

Alguns observarão que muitas espécies desapareceram até hoje. Por exemplo, os mamutes não existem mais, o panda está perigando, a ave Dodo do Madagáscar desapareceu, e no entanto, o mundo não parou de girar. Mas o caso das abelhas é diferente: "Se a abelha desaparecer, dizia Einstein, a espécie humana não terá mais que quatro anos de vida".

Einstein exagerava, mas havia constatado o perigo. O que ocorrerá se a abelha nos abandonar? Ela é a grande "fecundadora". É ela que transporta o pólen de uma flor (sêmen masculino) para depositá-lo sobre os órgãos femininos de outra flor. Se a abelha nos abandonar, como a terra sustentará seus frutos, suas flores, suas florestas? E como poderemos nos sentir felizes em uma paisagem em preto e branco? Certamente, este himenóptero não é o único ser vivo que garante a reprodução sexuada das flores. Contam-se 100 mil espécies de insetos e de aves com a mesma função, mas a abelha é uma verdadeira campeã. Os outros insetos são amadores, pouco sérios, ignorantes. O próprio colibri se distrai com qualquer coisa.

A abelha, ao contrário, desde que chegou à terra (80 milhões de anos antes que os homens aqui desembarcassem), nunca perdeu um segundo de tempo. Ela trabalha de manhã à noite. Sua atividade é irrepreensível, de autêntica profissional.

Os pesquisadores franceses e alemães acabam de calcular o valor das contribuições das "polinizadoras" nas culturas mundiais. Eles chegaram à cifra de US$ 153 bilhões anuais, ou seja 10% do valor total da produção alimentar.

Em caso de pane das abelhas, todos os vegetais não seriam afetados do mesmo modo: os mais vulneráveis seriam as frutas, os legumes, as oleaginosas. O cacau, a baunilha, a abóbora, as melancias, os melões, o maracujá, a noz de pecã brasileira seriam os mais expostos. Ao que tudo indica, o café seria menos atingido.

É preciso também calcular a devastação da flora silvestre. São as mesmas polinizadoras que garantem a sobrevivência de todas as cadeias da vida selvagem, aves, roedores, mamíferos. O fim das abelhas seria um desastre para as florestas, as pradarias, os pastos. Assim a abelha é responsável não apenas pela nossa alimentação diária, mas também pela beleza do lugar onde vivemos.

É uma pequena e estranha função a da abelha, função que constitui um dos enigmas mais intrigantes da criação: a de um ser vivo que faz o amor com um ser vivo de outro reino e de um modo tão sutil que este ato de amor de aparência barroca e mesmo "contrário à natureza", garante a reprodução da vida.

Deste ponto de vista, o homem, como aliás os mamíferos e todas as outras espécies, não passa de uma nulidade, de um ser desastrado. Cada um de nós sabe que é extremamente complicado fazer o amor com um leão ou mesmo com um camundongo.

Além disso, esta cópula entre espécies diferentes não produz nenhum fruto, nenhuma descendência. Quanto a fazer o amor com um eucalipto ou um pinheiro então, o homem não tem a menor capacidade.

A abelha sabe como amar as folhas de grama e as flores. Ela experimenta um prazer extremo: basta olhar a ronda encantada das abelhas e o zumbido que as acompanha em um pomar ou em um campo na primavera para compreender que ela ama seu trabalho.

A Bíblia já havia constatado que a abelha é indispensável para a sobrevivência do planeta e da espécie humana. Deus, ao ajudar os judeus a retornarem à sua terra e a entrar no "país de Canaã", os convence a tomar o caminho do deserto descrevendo os encantos deste "país de Canaã". E relata: "Canaã, é o país onde correm rios de leite e mel" (Êxodo, 3,8).

O mel seduz Moisés, que pega seu cajado e conduz seu povo para a "Terra prometida", a terra do leite e das abelhas. Os peregrinos estão felizes. Verdade seja dita, no Sinai, não estão muito bem alimentados, mas eles sabem que no fim do caminho encontrarão "rios de mel" e já lambem os lábios.

Infelizmente, o Pai Eterno tinha outro planos. Moisés chega ao Monte Nebo, de onde contempla a "terra de Canaã". Mas está muito cansado e morre. Não entrará na terra de Canaã, no paraíso do mel. E nós? Teremos de perdê-lo?

* Correspondente em Paris

(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080922/not_imp245822,0.php)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O que a FATMA faz?

Isso, vejam:

A FATMA DEU AUTORIZAÇÃO PARA DESMATAMENTO ASSUSTADOR





Todo entulho e restos dos desmates foram parar sobre a nascente de água do ribeirão Manfrini.

A matéria abaixo foi publicada neste diário no dia 13 de julho de 2006, edição número 1601, e ora, tudo indica, fez parte do roll de ações de depredações acionadas a partir de loteadores de Biguaçu ou na Grande Florianópolis, e abaixo consta o nome da empresa que deu entrada com o processo na Fatma, em Florianópolis, aonde foi aprovado e ontem foram presos um coordenador e dois técnicos safados aquele órgão. Em Jaraguá do Sul todos os moradores antigos sabem que a nascente do Ribeirão Manfrini ficava neste local, (fotos) que ora sofre aterramento oriundo do morro desmatado, conforme as fotos, e como o projeto de loteamento resulta em muitas e muitas erosões, cada vez mais esta sendo lançado barro na baixada aonde esta a nascente de água que a Fatma permitiu aterrar, e pior, mesmo a Associação de Defesa e Educação Ambiental de Jaraguá do Sul – ADEAJS, ter dado entrada com Notícia-Crime bem fundamentada na Promotoria do Meio Ambiente da Comarca de Jaraguá do Sul, o processo foi arquivado, sob o argumento de que a ADEAJS teria que patrocinar um geólogo provando que ali tem nascente de água, porque um geólogo que seria ou é funcionário da Fatma, ou então funcionário da Prefeitura de Joinville cedido para a Fatma em Joinville, teria atestado aos loteadores que no local não havia nascente de água. Há época o dono das terras, Valdomiro Eller, teria falado que havia pago R$ 20 mil para ter dito loteamento liberado, - isso depois que a ADEAJS formulou as denúncias que ontem à noite já foram encaminhadas à superintendência da Polícia Federal em Florianópolis para analisar uma possível continuidade da ação da Dríade. Agora que vocês já leram a matéria acima, analisem a abaixo...




Também foi permitido pela Fatma e Fujama um deposito de entulhos se construção sobre essa nascente.

A denúncia feita na edição de ontem pelo JORNAL ABSOLUTO sobre enorme desmatamento trouxe a Jaraguá do Sul, na tarde de ontem, dois fiscais da Fatma lotados no escritório de Joinville. No local, acompanhados de um fiscal da Fujama, constatam que o órgão deu a autorização para um loteador da Grande Florianópolis conhecido lá no local do desmate só por Júlio César, em 7 de abril passado. O documento esta assinada por James Schroeder, que deixou as funções tão logo o seu ex-chefe no escritório da Fatma em Joinville, Jaime Duarte, entregou o cargo depois da prisão de outro ocupante de cargo semelhante na Fatma, em Canoinhas. A outra assinatura permitindo a derrubada de matas nativas que consta do documento é do atual chefe do escritório da Fatma em Joinville, Júlio Adelaid Serpa. Autoriza a derrubada de matas em uma faixa de área com 1.065,31 metros de comprimento, por largura variando em 200 metros. Totaliza uma área com mais de 170 mil metros quadrados de floresta de ombro fila densa em estagio secundário. E pasme, a previsão é ser retirado do local quase dois mil metros cúbicos de madeira, - ou 2.148,18 metros estéreos, como consta do processo, o que representa mais de 100 cargas de caminhão grande.

Grande parte da área já foi desmatada. Ontem dois homens com motos-serras deram inicio a derrubada das matas no morro lado oposto a de uma área alagada e onde moradores dizem haver água “muito boa num poço de nascente”. Mas onde a Fatma determinou que fosse mantida a área verde, "se tinha um poço, secou", constatou ontem o fiscal da Fatma, Afrânio Ladeira, após vistoriar o local. "A água daquele poço não prestava nem para lavar roupa, porque fedia”, disse ontem a tarde uma moradora cujo imóvel faz margem com o pequeno capão de matas, de 4.378,51 metros quadrado, segundo o documento de autorização da Fatma. Já na área alagada, de várzea e que fica praticamente no centro da área a ser desmatada, que outrora teria sido usada para cultivo de arroz irrigado – arrozeiras -, e em parte fora aterrada por outro loteador, a Fatma deu autorização para derrubar toda a vegetação com abertura de ruas, - o que significa que será aterrada. No entanto ontem no final da tarde, a reportagem do JORNAL ABSOLUTO viu umas saracuras e marrecas do mato fazendo festa nas águas do lago que já teve muito peixe, mas “acabaram com tudo”, disseram vizinhos, caracterizando que “até as aracuâs ou jacupembas que vinham todo dia aqui comer baguinhas naquela árvore tranqüilamente, é viviam por aqui, já devem ter sumido”, disse desolada uma senhora residente bem próximo à margem do lago, enquanto apontava para uma árvore com pequenos frutos. E tanto a jacupemba como aracuã fazem parte do anuário BRASIL 500 PÁSSAROS, que apresenta as 500 espécies de aves em vias ou em extinção pela devastação do seu habitat natural, mas alguns raros espécimes vivem em pequenos capões da flora.

Mas jacupemba ou aracuãs, igual saracuras grande e pequena e marrecas do mato não foram anotadas no laudo de estudo faunistico da área assinado pela engenheira florestal Gina da Silva Voz. Lá constam só essas espécies de aves comuns em todo o centro urbano, como rolinhas, juritis, anus, bico-de-lacre, coleirinhas e cambacicas entre outras espécies que são avistadas em toda a urbe. O processo foi protocolado em 2004 na Fatma pelo Loteador Paraíso – Construtora - Incorporadora e Terraplenagem Ltda., com endereço em Biguaçu, na Grande Florianópolis, solicitando autorização para derrubar a vegetação na área de propriedade de Waldomiro Elert, - morador antigo do bairro Chico de Paula.





Foi derrubada muita mata nativa, último refúgio de aves e animais silvestres em vias de extinção.


Ontem, depois que os fiscais da Fatma e Fujama deixaram o local, chegaram lá dois homens ocupando um jipe importado com placa de Biguaçu. “São os donos da loteadora”, disseram os trabalhadores contratados para fazer a derrubada de matas, e numa antiga Rural Wyllis tipo jipe, com placa de Jaraguá do Sul, chegou o dono da área aonde visam implantar 307 lotes, com metragem variando de 300 a 450 metros cada, e preços “acima de 40 mil, pois vão ter toda a infra-estrutura, até asfalto nas ruas”, contaram os trabalhadores contratados da empresa Novo Mundo, de Joinville, - especializada em fazer a extração da madeira. Se para os madeireiros é fato normal derrubar árvores ou trabalhar empilhando toras e lenha, para os moradores próximos significa "tristeza, porque a gente vê pela falta de chuva, e já falta água, a necessidade de se preservar o pouco que ainda resta de árvores", disse Ilton de Azevedo. Até o fiscal da Fatma, Afrânio Ladeira, ao ser entrevistado pelo radialista Sérgio Luiz, da tradicional rádio Jaraguá AM, demonstrou insatisfação ao declarar: "Eu, como fiscal, também não gosto de ver desmatamentos, mas se a Lei permitiu e foi autorizado pela Fatma, os serviços podem continuar", declarou. A verdade é que brechas nas Leis existem, como também na elaboração dos processos, - mas fato incontestável mesmo é que o homem, mesmo o depredador, até depois da morte precisa de madeira extraída das árvores para ser sepultado numa urna fúnebre, - pois os caixões são confeccionados com madeira...

Adelmo Luís Müller - Editor do JORNAL ABSOLUTO.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Pinus, Pinus e mais Pinus...

Para que tanto Pinus? Para fabricar os painéis que são usados para montar os móveis do tipo "use e jogue fora".

Meu pais tinham móveis de madeira maciça. Eles duravam muuuitos anos. Infelizmente nas minhas mudanças não pude trazer comigo alguns daqueles bons móveis. Mas meu sogro tem uma escrivaninha que deve beirar os cem anos.

Já hoje em dia fabricam-se os móveis de "aglomerado: MDF ou coisas parecidas. No primeiro contato com a umidade (que em nosso país não é pequena...), pode jogar fora. Ou então quando o dono enjoar do "design"... É a nossa sociedade de consumo. Sociedade do descartável. E haja Pinus! Resultado? Aí está:

Ibama, em uma operação contra o desmatamento, emite R$ 4,1 milhões em multas em SC

Nos últimos anos, Estado foi o que mais devastou mata atlântica no País


Diogo Vargas | diogo.vargas@an.com.br

Em uma operação de quatro semanas contra o desmatamento nas regiões do Planalto Norte e Meio-oeste de Santa Catarina, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu 64 multas que alcançam R$ 4,1 milhões.

Empresários ligados ao plantio de pínus no lugar da mata atlântica são os principais responsáveis pelo corte da vegetação.

A Operação Guardiões da Mata Atlântica mobilizou 24 agentes e acabou na última semana. Um helicóptero auxiliou os fiscais que também contaram com imagens de satélite para análise das áreas. Foram embargados 750 hectares, 30 deles de áreas de preservação permanente perto de cursos de água e nascentes.

As regiões visitadas compreenderam as cidades de Mafra/Caçador e divisa com o Paraná/Santa Cecília/Rio do Sul. Foram detectados 148 novos pontos de desmatamento por satélite ou sobrevôos de helicóptero.

Nos últimos anos, Santa Catarina foi o Estado que mais devastou mata atlântica no País, com 45.530 hectares destruídos, segundo dados divulgados em maio deste ano pela organização não-governamental SOS Mata Atlântica.

A informação foi confirmada pela ação prática do Ibama. O analista ambiental Olício Leão Marques, chefe do escritório do Ibama em Chapecó, disse que a principal causa é o uso alternativo do solo com a implantação de florestas exóticas como eucaliptos e pínus.

— O Ibama não está autuando pelo plantio de pínus e sim pelo desmatamento, ainda que se considere uma atividade importante sob o ponto de vista social e econômico para a região. O que não se admite é a perda do pouco que resta de mata nativa no nosso Estado — alertou Olício.

O Ibama não forneceu a relação das empresas e empresários multados. Um político do Planalto Norte recebeu notificação para se apresentar na sede do órgão, em Florianópolis, na última sexta-feira, por suspeita de desmatamento. O Ibama só pretende divulgar a sua identidade se a multa for confirmada, o que ainda não aconteceu.

As multas estão de acordo com o novo decreto 6.514, de 22 de julho de 2008, que prevê penalidades mais pesadas e aumentou o prazo de prescrição dos crimes ambientais para até cinco anos.

O diretor de relações públicas da Associação Catarinense de Empresas Florestais, Antonio Fukuyoshi Tsnuoda, garantiu que o desmatamento da mata atlântica apontado pelo Ibama não atinge as grandes empresas da indústria madeireira do Estado.

Na sua avaliação, o problema está nas pequenas propriedades de áreas e iniciativas particulares. Segundo Antonio, as 32 empresas ligadas à entidade atuam na atividade florestal de acordo com licenciamentos e também mantêm relação coerente com ONGs ambientais.

— Essa operação foi relativamente boa. Imaginamos que os responsáveis pelo desmatamento sejam ligados a cortes de eucaliptos ou a grandes lavouras — comentou Antonio.

A NOTÍCIA | Florianópolis (http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a2181704.xml)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Lixo? Que lixo? É tudo matéria prima!

Lixo é um conceito arcaico. Em lugar de extrair os fertilizantes do solo, em minerações não sustentáveis, é preciso re-obter o nitrogênio, o fósforo e o potássio da biomassa! E reciclar todo o resto.

Vejam isto:

Mostra revela como brasileiros e estrangeiros usam o lixo

As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações

da Folha Online

Nesta sexta-feira (29), é o último dia para visitar a mostra multimídia "Lixoútil", em exposição no andar térreo do shopping Eldorado (região oeste da capital paulista).

Divulgação
Mostra "Lixoútil" (foto) está em cartaz no shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo
Mostra "Lixoútil" fica em cartaz no shopping Eldorado (região oeste) até sexta-feira (29)

Em um espaço de 300 m2, há bastante informação acerca das diferentes formas de reciclagem de lixo e sobre as diferenças entre cada tipo de resíduo. A mostra é dividida em módulos montados sobre suportes feitos de materiais reciclados (krillon, papel, pet) ou reutilizados (pneus), e também oferece dados importantes sobre a valorização da consciência ecológica de brasileiros e estrangeiros.

Um painel exibe qual é a quantidade de lixo descartada nos principais países de cada continente. Em alguns países latino-americanos, chega a ser espantoso perceber que a maior parte deste lixo descartado é composto por detritos orgânicos, ou seja, comida.

Nos Estados Unidos e Japão, países onde há bem menos famintos, o papel lidera, enquanto o lixo orgânico nem aparece na listagem. O grande desperdício de papel levanta a questão do impacto ambiental e de como amenizá-lo.

A instalação teve sua estréia em São Paulo em 2005 e já passou por diversas capitais, como Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). O sucesso da iniciativa é a principal razão para a volta à capital paulista, desta vez em um shopping center.


(de http://guia.folha.com.br/exposicoes/ult10048u438925.shtml)

Plantando no deserto.

Eu sempre imaginei os países produtores de petróleo usando um pouco do dinheiro que arrecadam com as milionárias exportações em projetos de... Florestas no deserto! Fixariam carbono (carbono liberado pelos combustíveis fósseis...) e possibilitariam um estudo sobre as mudanças causadas pela presença de florestas em ambientes anteriormente desertos...
Pois vejam isto:

Projeto britânico quer produzir comida e energia em deserto

da Folha Online

Sahara Forest Project /Divulgação
Equipe de engenheiros e arquitetos combina tecnologias para produzir comida no deserto
Equipe de engenheiros e arquitetos combina tecnologias para produzir comida no deserto

Uma equipe de engenheiros e arquitetos baseados em Londres está combinando tecnologias para transformar imensas áreas desérticas em terrenos férteis com capacidade de produzir comida, água limpa e fontes alternativas de energia.

O Sahara Forest Project (Projeto Floresta Sahara) consiste em construir lado a lado estufas onde seria possível obter água limpa e cultivar alimentos, e painéis espelhados gigantes que captariam raios solares para gerar eletricidade.

A iniciativa combina tecnologias criadas pela empresa Seawater Greenhouse, que cultiva plantações em estufas instaladas em áreas áridas, e por arquitetos e engenheiros que desenvolveram uma técnica conhecida como Concentrated Solar Power (Energia Solar Concentrada, em tradução livre).

O criador da Seawater Greenhouse, Charlie Paton, explica que a técnica consiste em instalar evaporadores na entrada da estufa que convertem a água do mar em vapor. O vapor resfria a temperatura dentro do local em até 15 graus e favorece o crescimento da lavoura.

Do outro lado da estufa o vapor é condensado, transformando-se em água limpa que serve para regar as plantações. Segundo Paton, a quantidade de água obtida é cinco vezes maior do que a necessária para molhar as plantas, produzindo um excedente que pode ser usado para mover turbinas acopladas aos painéis que captam a energia solar, gerando energia.

Biodiesel

De acordo com os criadores do Sahara Forest Project, em fase de testes em Tenerife, Omã e Emirados Árabes Unidos, a iniciativa terá potencial para produzir comida e eletricidade que serão consumidas por moradores locais.

A energia também poderia ser enviada para a Europa por meio de um conversor. Com o excedente de água ainda seria possível cultivar pinhão manso, uma planta que serve de base para produzir biodiesel e que se adapta bem às terras desérticas.

Os criadores do projeto dizem que a iniciativa poderá ser uma ferramenta importante para combater a desertificação e trará múltiplos benefícios, como "grandes quantidades de energia renovável, comida e água'.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u442453.shtml)

e a busca em http://www.google.com.br/search?q=Sahara+Forest+Project&ie=utf-8&oe=utf-8&aq=t&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-a