sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pronto! Não precisa mais virem tirar o fosfato daqui!

No Mato Grosso, pertinho de onde precisam, tem bastante fosfato! Não mais é necessário explorar o de Anitápolis! E quando acabar o do MT, retirem o fosfato dos dejetos da suínocultura de Santa Catarina!


MT anuncia descoberta de minério de ferro e fosfato

VENILSON FERREIRA  Agencia Estado

CUIABÁ - O governo de Mato Grosso anunciou hoje a descoberta de depósitos com 11,5 bilhões de toneladas de minério de ferro e 450 milhões de toneladas de fosfato. As jazidas ficam na região oeste de Mato Grosso, no município de Mirassol D''Oeste. O secretário de Estado de Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, afirmou que o teor médio de ferro nas rochas é de 41% e no caso do fosfato é de 6,5%. As áreas onde estão localizados os depósitos são de propriedade particular e a exploração já foi requerida pela empresa mineradora GME4.
Nadaf comemora a descoberta das jazidas de ferros, que não estavam nos planos do governo de Mato Grosso, que há anos vem realizando pesquisas, em parceria com o Serviço Geológico do governo federal (CRPM) para prospecção de depósitos de fosfato, uma das principais matérias-primas utilizadas na fabricação de fertilizantes, que é 100% importada de outros estados e do exterior. Nadaf compara as jazidas de ferro são "o pré-sal de Mato Grosso".


(de http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,mt-anuncia-descoberta-de-minerio-de-ferro-e-fosfato,33849,0.htm)

Começa implantação de rede de esgotos em Joinville

Em Anitápolis ainda é fácil porque é pequena... Vão esperar a cidade crescer para depois fazer?


OBRA DE ESGOTO COMEÇA
RECUPERAR RIO CACHOEIRA
O prefeito de Joinville, Carlito Merss, autorizou na tarde de ontem o início das obras de implantação da rede de esgoto sanitário em ruas próximas à sede da Prefeitura. Mais do que a continuidade das obras da Bacia 5, que contempla todo o bairro do Saguaçu e parte do Iririú, a cerimônia teve um caráter emblemático: permitir que a rede hidrossanitária da sede da Prefeitura possa ser ligada em breve à rede de esgoto, evitando o despejo dos dejetos diretamente no rio Cachoeira. "Chega de esconder os problemas, de fazer de conta que está tudo bem. Não está. Mas nós estamos trabalhando para mudar esta situação", destacou Carlito. O custo total da obra da Bacia 5 está orçado em R$ 6 milhões e faz parte dos R$ 220 milhões em investimento em água e esgoto da Companhia de Águas Joinville. A previsão de conclusão das obras no trecho é para a segunda quinzena de setembro. Carlito lembrou que os recursos que estão sendo investidos em esgotos equivalem à construção de 10 Arenas ou 15 centreventos. "Quero ficar conhecido como o prefeito que implantou o esgoto sanitário em Joinville. O meu desejo é terminar o governo com 52¨% da cidade atendida pela rede de esgoto", destacou o prefeito.
O presidente da Companhia Águas de Joinville, Atanásio Pereira Filho, também destacou os investimentos. "A história de Joinville será eternamente grata a este trabalho que estamos iniciando hoje", observou. Em função das obras, a rua Leopoldo Lepper (lateral da Prefeitura) está interditada. O acesso ao estacionamento está sendo feito pela Rua Otto E. Lepper (Rua da Ponte Azul), que está funcionando em mão dupla. O estacionamento nessas duas vias está proibido. As obras da Bacia 5 representam o primeiro passo para, efetivamente, despoluir o Rio Cachoeira, melhorar as condições ambientais e proporcionar mais qualidade de vida na região. Com o esgoto tratado, a comunidade terá muitos benefícios como a valorização dos imóveis atendidos pela rede coletora, a diminuição do risco de doenças causadas por água contaminada, a preservação do meio ambiente com a recuperação do rio Cachoeira e a melhoria na qualidade de vida.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Será preciso recorrer à justiça para que se pare de jogar esgoto nos rios?

Em Angelina, em Anitápolis, em Rancho Queimado, em Urubici...?


JUSTIÇA FEDERAL CONDENA FLORIANÓPOLIS
A IMPLANTAR SISTEMA DE ESGOTO NA TAPERA
A Justiça Federal condenou o Município de Florianópolis e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) a dotarem a região da Tapera, na Capital, de rede coletora e sistema de tratamento de esgoto sanitário. A obrigação deve ser cumprida em dois anos, por meio da execução de projeto a ser aprovado em licenciamento ambiental. O município também foi condenado a promover a recuperação ambiental de cursos d’água, matas ciliares e mangues da Tapera. A sentença é do juiz Sérgio Eduardo Cardoso, da Vara Federal Ambiental de Florianópolis, e foi registrada segunda-feira (30/8/2010). Segundo o juiz, embora haja notícia de que a infraestrutura sanitária estaria sendo fornecida pelo poder público, os danos ambientais estão comprovados. “É de se crer, então, que o dano ambiental consistente na poluição da Tapera decorre da falta de implementação de adequado sistema de tratamento de esgoto”, afirmou o juiz.
O município deve apresentar um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad) a ser aprovado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). A sentença estabelece a proibição de ruas e a retirada de postes naquelas áreas – cursos d’água, matas ciliares e mangues – e a colocação de cercas e sinalização nessas últimas. O prazo para cumprimento é de um ano, sob pena de multa de R$ 100 mil. Ainda cabe recurso e os prazos começarão a ser contados depois de a sentença se tornar definitiva. De acordo com o juiz, a decisão não implica intervenção do Poder Judiciário em opções políticas do Executivo estadual e municipal, que já havia decidido implementar o sistema de tratamento de esgoto. “O que se busca, na verdade, é efetivar essa decisão política, concretizá-la”, observou Cardoso. “A ausência de recursos não pode servir de desculpa, pois já há notícias de que o projeto estava ultimado e que apenas faltava a liberação do montante equivalente à área da Tapera”, concluiu.

Quando as pequenas cidades serranas terão suas redes de esgoto?

É como está neste artigo: Os políticos não dão prioridade a isto! Preferem fazer pirâmides e coretos nas praças... Sabem de onde falo, não?

1 de setembro de 2010 | N° 8915

SANEAMENTO

Quando SC terá cobertura total?

Um grande desafio para quem irá governar o Estado será o de equacionar o déficit da rede de coleta e tratamento do esgoto. A série Vida Real, busca saber dos candidatos ao governo respostas sobre questões que não fazem parte das generalidades da campanha. É um jeito de ajudar o eleitor a descobrir o que pensam os postulantes ao cargo de governador. Esta é a quinta matéria da série, que já abordou temas sobre segurança pública, educação, saúde e cultura.

Os números sobre saneamento básico são desfavoráveis para as estatísticas catarinenses. De acordo com pesquisa divulgada no dia 20 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os principais problemas estão relacionados à coleta e tratamento de esgoto.

Dos 293 municípios catarinenses, apenas 103 possuem rede coletora e só 47 deles tratam os dejetos recolhidos. A justificativa da Casan, órgão estadual responsável, e dos municípios é a mesma: falta de dinheiro.

Segundo o superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Casan, Cláudio Floriani, até 2002 poucos recursos foram liberados pelo governo federal e os critérios para aprovação eram muito rígidos.

Quando a empresa conseguiu os recursos financeiros, segundo ele, foi necessário rever os projetos para a implantação de esgotamento sanitário em diversos municípios. Para 2011, Floriani afirma que está previsto o valor de R$ 1 bilhão em investimentos.

O presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Saulo Sperotto, também afirma que o maior problema é conseguir financiamento para a implantação dos sistemas de esgoto nos cidades.

– O que nós esperamos do próximo governador é que seja parceiro dos municípios e que cobre da Casan responsabilidade sobre os serviços que deve prestar – afirma ele.

A falta de coleta e tratamento de esgoto é refletida na saúde, no meio ambiente e na economia do Estado. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, em parceria com o Instituto Trata Brasil, o risco de crianças morrerem antes de completar seis anos de idade aumenta em 22% quando esses serviços não estão presentes.

O diretor da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Paulo José Aragão, explica que diversas doenças se proliferam, entre a população mais carente, devido à ausência de esgotamento sanitário.

O especialista destaca, também, os problemas com o meio ambiente e a economia. Um exemplo bastante evidente é a balneabilidade das praias. De acordo com dados do último relatório publicado pela Fatma, 57 dos 194 pontos pesquisados estavam impróprios para banho.

– A falta de balneabilidade está ligada ao saneamento. Nós medimos exatamente a quantidade de coliformes fecais presentes na água – diz o presidente da Fatma, Murilo Flores.

Além da poluição das águas, a questão da balneabilidade afeta o turismo catarinense.

Para Aragão, o problema não é resolvido por falta de recursos, mas também porque os políticos não colocam o saneamento básico como prioridade. Duas soluções sugeridas pelo especialista são criar um fundo de investimentos em que uma parte seria destinada a saneamento ou trazer investimentos do capital privado, por meio de parcerias e concessões.


mayara.rinaldi@diario.com.br