quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Por um corredor ecológico ligando Parques de SC!

Na região centro-leste de Santa catarina há, na Grande-Florianópolis, o Parque estadual da Serra do Tabuleiro, e na região da Serra Geral, o Parque Nacional de São Joaquim. Estes dois Parques estão separados pela região onde se situam as cidades de São Bonifácio, Santa Rosa de Lima e Anitápolis.


Entre estes dois parques deveria ser incentivada a criação de RPPNs que constituíssem um Corredor Ecológico que facilitasse a sobrevivência dos grandes mamíferos que vivem nesta região. Como ocorre no artigo a seguir transcrito:


Corredor ecológico: Caminho seguro para as onças e outros animais

Publicado em dezembro 1, 2011 por 
O Projeto Corredor das Onças, uma iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), desenvolvido conjuntamente pelo Instituto de Biologia (IB) e pelo Instituto de Economia da Unicamp, pretende implantar na Região Metropolitana de Campinas (RMC) corredores ecológicos, cujo principal objetivo é proteger as onças, bem como outras espécies que ocorrem regionalmente. A ideia, conforme a professora Eleonore Setz, uma das pesquisadoras envolvidas na iniciativa, é promover a ligação entre duas importantes unidades de conservação federais, a Mata de Santa Genebra e o Matão de Cosmópolis, classificada como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), por meio da recomposição das Áreas de Preservação Permanentes (APPs), reservas legais e fragmentos florestais remanescentes. “Com isso, garantiríamos o trânsito discreto e seguro dessa fauna, sem que ela tenha que passar por áreas urbanizadas e deparar com pessoas ou tráfego de veículos”, afirma a docente do IB.
Segundo a professora Eleonore, o trabalho vem sendo desenvolvido de forma multidisciplinar. Além dela e de Márcia Rodrigues, chefe da ARIE Matão de Cosmópolis e pós-doutoranda do IE, participam a pesquisadora Jeanette Miachir, do Jardim Botânico de Paulínia, o professor Lindon Matias Fonseca, do Instituto de Geociências (IG), e o professor Ademar Romero, do IE, coordenador do projeto. Submetido a um edital do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) para pagamento por serviços ambientais, o projeto foi aprovado no primeiro semestre deste ano. “A partir do levantamento de mamíferos e de vegetação nos fragmentos florestais remanescentes e o consequente mapeamento, teremos os dados no marco zero do projeto, antes da reconexão, de modo a poder avaliar no futuro e eficácia do corredor. Em paralelo, será realizado o levantamento das propriedades e seus usos atuais, para que possa ser calculado o custo de oportunidade a ser pago aos proprietários rurais que cederem parte de suas terras para a implantação do corredor. Essa é uma medida importante, pois promoveria um maior envolvimento da sociedade na iniciativa”, acredita a docente do IB. Também será realizado um cadastro das possíveis fontes de financiamento, por exemplo, empresas com interesse em selos de biodiversidade.
Em 2002 uma aluna de doutorado da professora Eleonore registrou, por meio de uma armadilha fotográfica, a presença de uma onça-parda na Mata Ribeirão Cachoeira, localizada no distrito de Sousas, em Campinas. Depois deste, outros registros foram feitos. “Em seguida, outros orientandos meus começaram a estudar os fragmentos florestais da Área de Proteção Ambiental [APA] de Sousas e Joaquim Egídio com o intuito de investigar a presença da onça-parda e de outros felinos e identificar seus padrões de circulação. A chegada da Marcia Rodrigues, seu levantamento de felídeos na região e seu empenho na ligação das duas UCs federais concretizaram o projeto de circulação dos felinos, além de ampliar a área e trazer novos temas e especialistas que possam contribuir para a viabilização dos corredores”, detalha a docente.
E qual é a importância de se constituir um espaço para a circulação das onças? A professora Eleonore explica que esse animal é fundamental para o controle da fauna e manutenção da biodiversidade na região. Por ser o mais poderoso no ecossistema considerado, ele preda animais que, caso se multiplicassem em excesso, poderiam trazer problemas de saúde para a população da região. Entre essas presas do felino estão capivaras e tatus, hospedeiros do carrapato causador da febre maculosa e do protozoário provocador da leishmaniose, respectivamente. “Além disso, outros animais importantes, alguns ameaçados de extinção, vivem sob a ‘inspeção’ da onça parda. Entre eles podemos citar o gato maracajá, o gato-do-mato pequeno e o jaguarundi. Desse modo, protegendo a onça-parda nós estaremos ‘abrindo um guarda-chuva’ para proteger também esses outros bichos”, acrescenta.
Se fosse traçada uma linha reta entre a Mata de Santa Genebra e o Matão de Cosmópolis, esta teria 22 quilômetros de extensão. A professora Eleonore lembra, no entanto, que o corredor não será linear. Ademais, diz a professora da Unicamp, o trecho não deverá ser criado de uma só vez. A ideia é implantá-lo em etapas. A primeira fase consistiria na ligação do Matão de Cosmópolis com a Mata da Meia Lua, situada em Paulínia. Esse segmento tem cerca de 10 quilômetros de extensão. “Depois, faríamos a ligação com a Santa Genebra e, na medida do possível, com outras áreas verdes da RMC igualmente importantes”, diz a professora Eleonore. De acordo com ela, esses pontos passíveis de integrar o Corredor das Onças detêm, além de uma fauna diversificada, uma importante flora, além de inúmeros cursos d’água, entre eles os rios Atibaia e Jaguari. “Trata-se de um ecossistema fundamental para a região e seu abastecimento de água”, sentencia.
Márcia Rodrigues, do ICMBio, destaca que o estabelecimento do corredor por intermédio da recomposição das APPs, reservas legais e fragmentos florestais remanescentes não é tão complexo assim. “Na realidade, isso pode ser feito apenas com o cumprimento do que determina o atual Código Florestal. O que nós estamos fazendo, na realidade, é exigir que a legislação seja obedecida”, sustenta. Na relação do que deve ser realizado está, por exemplo, a recuperação das matas às margens de rios e córregos. Conforme a especialista, o avanço da urbanização e do desmatamento não somente está interferindo no habitat de animais, como também tem aproximado a comunidade deles.
Não por outra razão, estão ocorrendo cada vez mais episódios de bichos atropelados por automóveis e caminhões. Nos últimos seis meses, aponta ela, quatro onças-pardas foram colhidas por veículos, uma foi morta provavelmente por caçadores e a ossada de outra foi encontrada. Como se não bastasse, também estão aumentando os relatos de pessoas que vivem na zona urbana que dizem ter avistado esse tipo de felino. Em um dos casos mais recentes, dois filhotões de onça-parda foram vistos circulando, por volta das 8 horas da manhã (horário de verão), no playground de um condomínio de alto padrão localizado às margens da Rodovia D. Pedro I. O “passeio” dos felinos foi registrado pelas câmeras de segurança do empreendimento.
O episódio, conforme Márcia Rodrigues, assustou os moradores. “É natural que eles tenham ficado sobressaltados. Entretanto, precisamos lembrar que nós é que estamos invadindo o espaço desses animais. Também é bom esclarecer que não estão surgindo cada vez mais onças como algumas pessoas imaginam. Nós não temos uma superpopulação desses felinos. O que ocorre é que eles circulam muito e podem ser vistos em diferentes pontos. Outro aspecto importante de ser ressaltado é que em cerca de 300 anos de convívio dos seres humanos com essa espécie, não há um registro sequer de ataque por parte dos animais na nossa região. Claro que as pessoas precisam ter cuidado, mas não podemos criar um clima de temor entre elas”, considera.
O projeto do Corredor das Onças ganhou força com o apoio do Ministério Público Federal (MPF), que abriu um inquérito civil em abril deste ano. O procurador Paulo Gomes convidou empresas da região para participarem do esforço de forma espontânea. A proposta é fazer com que elas se interessem, adotem ou ajudem a financiar medidas para a recomposição das matas ciliares e dos fragmentos remanescentes. “A ideia é que, depois disso, caso fique constatado que o corredor esteja de fato beneficiando as onças e outros animais, estas empresas tenham direito de receber uma espécie de selo verde, que demonstraria o empenho delas na preservação da onça”, acrescenta a professora Eleonore.
De acordo com a docente do IB, o projeto também necessita da adoção de uma ação educativa junto a segmentos da população, para esclarecer as pessoas sobre a importância desse tipo de iniciativa. A professora Eleonore diz que ainda não há prazos definidos para a conclusão do projeto e nem tampouco para a efetivação do Corredor das Onças. “Neste inicio de projeto estamos avaliando a qualidade dos fragmentos, tanto da fauna de mamíferos como da vegetação, para assim priorizarmos sua conexão. Quanto à recomposição das matas, isso demanda tempo. Depende de vários fatores, entre eles que espécies vegetais serão utilizadas, dado que umas crescem mais rapidamente do que outras”, esclarece.
A onça-parda
A onça-parda é um animal que ocorre desde o norte do Canadá até o sul do Chile. Em países em que não convive com a onça-pintada, pode atingir até 120 quilos. No Brasil, como as espécies se sobrepõem, a onça-parda tem, em média, 60 quilos. Trata-se de um felino ágil e forte, e muito discreto. Sua dieta é composta basicamente por mamíferos. Entre suas presas estão capivara (normalmente filhotes ou animais velhos), tatu, lebre e gambá, este com menos frequência. Sua pelagem varia do castanho-avermelhado ao cinza-azulado, sendo esbranquiçada no focinho, garganta, peito, ventre e na parte interior das patas. O tempo de gestação é de aproximadamente 95 dias, ao fim do qual nascem de dois a quatro filhotes. Estes apresentam pelagem pintada, que desaparece em torno dos seis meses. Os filhotes acompanham a mãe por mais de um ano, aprendendo assim a caçar.
Matéria de Manuel Alves Filho, no Jornal da Unicamp Nº 515, publicada pelo EcoDebate, 01/12/2011
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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Produtos coloniais conquistam consumidores

Vejam comentário que deixei ficar de propósito ao final desta reportagem...


Queijos artesanais podem se extinguir, segundo produtores


LUIZA FECAROTTA
ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA
Os queijos artesanais brasileiros, preparados com leite cru, estão em risco de extinção.
Essa é a opinião de produtores, acadêmicos e associações sem fins lucrativos, que estiveram reunidos na última semana em Fortaleza, no primeiro Simpósio de Queijos Artesanais do Brasil.
Maria do Carmo/Folhapress
Pães de queijo preparados com o laticínio da serra da Canastra, vendidos no Lá da Venda
Pães de queijo preparados com o laticínio da serra da Canastra, vendidos no Lá da Venda
Um objetivo comum os uniu ali, por três dias de palestras, debates e discussões: preservar os processos seculares de produção desses queijos, que carregam, em si, valores culturais e históricos.
"É mais que um alimento, é uma expressão profunda da nossa forma de vida", disse Kátia Karan, do movimento Slow Food (a favor da pequena produção camponesa).
Não importa se o queijo é feito no Rio Grande do Sul, nas serras de Minas Gerais ou no agreste pernambucano.
Todos são de "terroir", ou seja, estão relacionados ao clima, à pastagem e ao tipo de bactérias de cada região.
São feitos em pequena escala com leite cru (não pasteurizado), em propriedades familiares, de receitas tradicionais -o saber fazer passa de geração para geração.
Entraves impostos pela legislação federal -que impede que esses produtos de leite cru circulem no país sem que haja cumprimento de uma série de exigências- são os principais elementos destacados por produtores e entusiastas para justificar a lenta perda dessa tradição.
Em comum, argumentam que a legislação federal é "antiga", de 1952, inspirada no "higienismo norte-americano", e impõe "padrões inatingíveis em nome da saúde".
"A legislação parte do princípio de que o leite precisa ser pasteurizado e despreza essa cultura de queijos produzidos há centenas de anos por causa de um conceito estreito de saúde", disse Helvécio Ratton, diretor do documentário "O Mineiro e o Queijo".
"Temos muitos aniversariantes da família com 100 anos. Minha avó morreu neste ano aos 101 anos e 206 dias", diz Francisco Nogueira Neto, de uma família que produz queijo de coalho há 140 anos no Ceará.
INDÚSTRIA
Para Luciano Machado, produtor da serra da Canastra, em Minas Gerais, o principal problema é "colocar as mesmas normas da indústria ao pequeno produtor".
"O que não pode acontecer é uma imposição dos valores do mundo industrial para omundo artesanal", disse Clóvis Dorigon, pesquisador da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).
Surge, então, o mercado informal desses queijos, nas próprias cidades e entre Estados. "São produtos que não se enquadram na forma da lei e isso não quer dizer que eles tenham problemas. Ilegal é narcotráfico", diz Dorigon.
Como viabilizar a saída do mercado informal sem excluir agricultores e sem descaracterizar os produtos é o grande problema que envolve esse tema, para a maioria dos participantes do simpósio.
Para o Ministério da Agricultura, o Estado "nunca esteve contra os pequenos produtores". "A gente não quer proibir, mas a questão é que precisamos regulamentar esse setor", diz Clério Alves da Silva, chefe do serviço de inspeção de produtos de origem animal em Minas.
Diante das exigências da lei, pela primeira vez surge uma articulação de produtores para pressionar o governo na criação de legislação que os contemple para que possam preservar os queijos artesanais brasileiros.
(de http://www1.folha.uol.com.br/comida/1013822-queijos-artesanais-podem-se-extinguir-segundo-produtores.shtml)

  1. TARCISIO AP PAUKA (865)
    (08h32) há 2 horas
    Não me importo. O "Seu Nico", caminhoneiro, vai continuar a trazer para mim o bom salame e o bom queijo de colônia em suas passagens por Santa Catarina.

Não apenas pousadas da Acolhida podem usar...

Hotéis de luxo também!


BA: agricultores familiares apresentam 
alimentos a hotéis de luxo24/11/2011 04:23



Foto: Divulgação














Um jantar com produtos da agricultura familiar que deverão passar a fazer parte do cardápio da rede baiana de hotéis é o que a Associação Brasileira de Hotéis da Bahia (ABIH-BA) está promovendo na sexta (25), às 20 h, no Hotel Catussaba, em Salvador, em parceria com o governo do Estado e a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, a convite da ABIH-BA.


A Bahia é o estado com o maior número de agricultores familiares do Brasil: são 665.831 estabelecimentos familiares, o que corresponde a 87% de todos os estabelecimentos agropecuários do estado, e uma contribuição em torno de 11% para o PIB baiano. Para estimular o setor, o MDA está investindo na Bahia esse ano R$ 900 milhões dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), durante a safra 2011/2012. No Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), são R$ 8,8 milhões.


O cardápio do jantar promovido pela ABIH-BA, todo elaborado com alimentos fornecidos por cooperativas de agricultores familiares baianas, prevê cordeiro e tilápia como prato principal, caipifrutas, entradas e sobremesas – doces, chocolates e frutas, tudo produzido pela agricultura familiar. A decoração será à base de flores, também cultivadas pelos agricultores familiares.


Além de comemorar com esse evento o Dia do Hoteleiro, a ABIH baiana trabalha na elaboração de um catálogo de alimentos a serem fornecidos por estas cooperativas – que estarão no hall de entrada do Catussaba com estandes montados e seus produtos em exposição, informa o superintendente de Agricultura Familiar do governo estadual, Wilson Dias. Segundo Dias, existem em torno de 200 cooperativas de agricultores familiares na Bahia, 25 delas certificadas dentro do padrão de qualidade que as habilita a fornecer produtos para a rede hoteleira baiana interessada: somente no jantar são esperados 200 donos de hotéis padrão quatro e cinco estrelas.


Ao final do jantar, os empresários receberão das cooperativas um kit com produtos da agricultura familiar: uma garrafa de cachaça, chocolates, um pote de doce de leite de cabra, geléia de umbu e doce de maracujá.


Agricultura familiar na Bahia


A Bahia é o estado com o maior número de agricultores familiares do Brasil. São 665.831 estabelecimentos familiares, o que corresponde a 87% dos estabelecimentos agropecuários do estado. Eles ocupam 34% da área total dos estabelecimentos agropecuários e são responsáveis por 81% do pessoal ocupado no meio rural (1,8 milhão de pessoas), e 44% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do estado. Na Bahia, a agricultura familiar responde por 91% da produção de mandioca, 83% do feijão, 76% dos suínos, 60% de aves e 52% da produção de leite.


Desde 2003, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) já investiu R$ 2,8 bi no estado dentro do Pronaf.. Neste Plano Safra, lançado na Bahia em julho, o MDA destina R$ 900 milhões ao estado. Deste montante, R$ 500 milhões são para operações de investimento e R$ 400 milhões para operações de custeio.


O Plano Safra reforça o atendimento a agricultores e agricultoras familiares do semiárido baiano. Uma das medidas amplia o número de cotas do Programa Garantia-Safra, seguro que cobre perdas nas safras de milho, arroz, feijão, mandioca e algodão causadas por estiagem. Com isso, a Bahia passa a contar com 200 mil cotas do Garantia-Safra, e já há mais de 97 mil inscrições que ainda vão ser encerradas em fevereiro de 2012 . O seguro é pago ao agricultor familiar quando há perda da safra igual ou superior a 50% da produção no município que aderiu ao Programa.
(de http://www.mda.gov.br/portal/noticias/item?item_id=8924774)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aproveitar lixo (resíduos) orgânico

Este pode ser o tema de uma das palestras que estou planejando para Anitápolis...


DECOMPOSITORES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS
Os resíduos sólidos orgânicos são parte da problemática ambiental urbana na maioria dos municípios catarinenses. Itapiranga, apesar de ser um município pequeno, segundo o IBGE tem 15.430 habitantes, sendo que 7.635 deles vivem no meio urbano e produzem 230 toneladas de lixo por mês. Deste montante 60% são resíduos sólidos orgânicos que podem ser transformados em composto orgânico através da utilização do decompositor.  Para difusão desta tecnologia, são realizadas oficinas em espaços públicos como a feira livre municipal e a praça. Uma nova oportunidade de apresentação aconteceu no dia 19 de novembro, com a participação de 13 famílias. Para a construção são necessárias uma bombona de 200 litros de polipropileno, (½) meia bombona, que serve de fundo falso, onde fica armazenado o chorume que é o liquido resultado da decomposição dos resíduos e, ainda, as conexões para sua montagem. A empresa Seara/Marfrig, parceira do projeto, destina em forma de doação, meia bombona por decompositor. Os demais custos ficam por conta da família beneficiada. “Temos um decompositor há mais de 1 ano onde armazenamos os restos orgânicos. Conseguimos diminuir pela metade o lixo que precisa ser recolhido pela prefeitura e usamos o composto como adubo para a horta e árvores frutíferas. O decompositor é prático e muito útil”, revelou a Secretária da Assistência Social de Itapiranga, Elisa Frantz, que é usuária da tecnologia. O Secretário da Administração, Sergio Luis Kessler vê o decompositor como um equipamento de tecnologia simples, prático e acessível a qualquer cidadão que visa a reciclagem dos resíduos sólidos orgânicos gerado nas casas, nas escolas ou outros estabelecimentos. “Como usuário desse decompositor deve-se destacar duas questões: primeiro o baixo custo do material utilizado (ou material reutilizado) para sua construção, bem como a simplicidade na sua montagem. Como segundo ponto a facilidade que permite dar destino na própria casa do material orgânico produzido”, afirmou Kessler, que garante ter conseguido criar o hábito da separação dos resíduos sólidos orgânicos dos materiais recicláveis em todos os membros da família. “Aconselho a todas as famílias construírem seu decompositor”, concluiu. “Parabenizo as famílias usuárias, pela atitude. Lembramos que para novos interessados as inscrições estão abertas junto ao escritório local da Epagri de Itapiranga, pelo telefone: 49 36770527 ou pessoalmente. As oficinas são realizadas quando chegamos a um grupo de 10 a 12 famílias inscritas”, informa a extensionista da Epagri de Itapiranga, Alesia Ines Lauschner Gesing.

(do Jornal Absoluto de 29/11/11 - http://www.jornalabsoluto.com.br/
)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Saneamento é fundamental! Orleans é exemplo!

Continuo questionando: porque não começar as redes de esgoto enquanto as cidades são pequenas? É mais fácil! Faltam administradores de visão!


ORLEANS/SC: 94% DE COBERTURA EM SANEAMENTO BÁSICO.
A Superintendência Estadual da Funasa de SC inaugurou mais uma etapa de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário da cidade de Orleans. Com a conclusão dessa obra, o município, situado no sul de Santa Catarina, com 21 mil habitantes, alcançará 94% de cobertura de esgotamento sanitário coletado e tratado no perímetro urbano, segundo informou o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Samae), sendo um dos maiores índices em saneamento básico no País. A ampliação foi viabilizada por convênio celebrado com a Funasa em 2006, que possibilitou a construção de uma estação elevatória e 10.723 metros de rede coletora, com 305 ligações domiciliares.  Mais de 1.200 moradores dos Bairros São Gerônimo, Murialdo e Corridas foram beneficiados com a obra em que foram investidos R$ 400 mil da Funasa e 148,3 mil de contrapartida do município, totalizando R$ 548,3 mil. A solenidade contou com a presença do superintendente estadual da Funasa Adenor Piovesan (Noi), secretários, vereadores, assessores e representantes das comunidades beneficiadas.
A senhora Rosalia Agostinho Espindola, de 43 anos, moradora do bairro Corridas, conta que nos últimos anos o saneamento básico na cidade melhorou muito: “antes nosso esgoto era jogado no rio, hoje graças ao empenho de todos podemos dizer que temos um ótimo saneamento básico”. O diretor do Samae de Orleans, Antonio Ironildo Willemann, destacou a atuação da Funasa desde a década de 1970 na implantação do saneamento básico do município. Na época o trabalho era desenvolvido pela Fundação Sesp (Serviço Especial de Saúde), órgão que deu origem à Funasa. “Esta parceria constitui um modelo de gestão que deu certo. A meta do município é chegar a 100% de cobertura do perímetro urbano e rural com esgoto sanitário”, afirmou Antonio. O prefeito de Orleans, Jacinto Redivo, salientou que a cooperação técnica da Funasa tem sido imprescindível para o desenvolvimento dos programas de saneamento ambiental no município: “Desde a criação do Samae, a Fundação não mediu esforços para o atendimento de nossas demandas de saneamento, mostrando que a cooperação técnica é fundamental para alcançarmos ótimos índices de cobertura sanitária”. O superintendente da Suest/SC Adenor Piovesan (Noi) ressaltou que o município de Orleans é um exemplo na elaboração e execução de projetos de saneamento. “Sabemos dos entraves burocráticos que existem nos convênios mas a cooperação técnica da Funasa e a eficiência dos gestores locais resultou no atendimento dos pleitos e na perfeita aplicação dos recursos, melhorando assim o saneamento básico do município”, completa Piovesan.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

#Anitápolis: num Corredor Ecológico

Interessante saber, pois Anitápolis está no meio de um Corredor Ecológico!


01/11/2011 - FLORAM - Meio Ambiente
Saiba mais sobre Corredor Ecológico
Apesar de não ocorrer em Florianópolis, conheça sua importância

foto/divulgação: 

Mata Atlântica
O corredor ecológico é uma faixa de vegetação que liga fragmentos florestais ou unidades de conservação que foram separados por atividades humanas como estradas e agricultura. Sua função é possibilitar o deslocamento da fauna entre as áreas protegidas, e a troca genética das espécies. Os corredores desta forma, permitem que os animais que seriam isolados devido as intervenções humanas, possam passar de um fragmento florestal para outro. No Brasil, os corredores são planejados e executados pelo governo e pelas ONG ambientais.

No Artigo 2º da Lei nº 9.985/2000, entende-se por corredor ecológico “porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais”.

Em Florianópolis, desconhece-se a existência destes corredores. No estado, há dois corredores ecológicos.
O corredor ecológico do Timbó, criado pelo Decreto Estadual nº 2956/2010, localizado no Planalto Norte com 4900 km². O corredor protege os remanescentes de Floresta de Araucária e Campos de Altitude.
O Corredor Ecológico de Chapecó, localizado no oeste de Santa Catarina, possui 5 mil km², contem importantes remanescentes de Floresta de Araucária, Campos de Altitude e de Floresta Estacional Decidual. Criado pelo Decreto Estadual nº 2957/2010, a região possui 37 assentamentos de Reforma Agrária, onde predomina-se a produção de leite.

Alguns corredores brasileiros:

- Corredor Norte da Amazônia;
- Corredor Central da Amazônia;
- Corredor Leste da Amazônia;
- Corredor Oeste da Amazônia;
- Corredor dos Ecótonos Sul-Amazônicos;
- Corredor Central da Mata Atlântica;
- Corredor da Serra do Mar;
- Corredor Araguaia- Bananal;
- Corredor do Cerrado;
- Corredor Jalapão-Mangabeiras;
- Corredor Cerrado-Pantanal;
- Corredor Ecológico do Amapá;
- Corredor Ecológico Atlântico de Santa Catarina;
- Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná;
- Corredor da Mata Atlântica do Interior;
- Corredor do Descobrimento;
- Corredor da Serra do Mar ou Corredor Sul da Mata Atlântica.
(de http://portal.pmf.sc.gov.br/noticias/index.php?pagina=notpagina&noti=5565)

Se é possível para todos lá, porque não aqui?


Sim, é possível o saneamento para todos na Sub-Bacia Hidrográfica de Jacarepaguá, artigo de Donato Velloso

Então é possível também na sub-bacia do rio Braço do Norte!

Publicado em novembro 4, 2011 por 
[EcoDebate] O desejo de zerar o despejo de esgoto e lixo é comum a todos nós, fundamental para avançar na construção de um lugar mais sustentável.
O grande desafio é mudar as mentes, cultivar novos valores, suscitar mudanças de comportamento, exercitar a consciência ecológica o comprometimento com práticas de responsabilidade e educação ambiental de todos os níveis governamentais, dos estabelecimentos de ensino, empresariado, mídia e passando por atitudes pró ativa através de campanhas de mobilização e intensa participação comunitária.
Como acelerar os programas de saneamento e drenagem, atender a uma demanda crescente e garantir a água em quantidade e qualidade suficientes para a população da nossa sub-bacia? Como intensificar e reverter este processo vergonhoso de degradação e poluição que ao longo das ultimas décadas tomou conta dos nossos rios, lagoas alcançando nossas praias sem que déssemos conta da gravidade da questão?
Tudo isto é possível sim, pois temos vários exemplos de situações semelhantes onde corpos hídricos foram revitalizados e são permanentemente conservados.
A busca de boa gestão compartilhada e participativa passa por uma visão sistêmica e agora com a criação do nosso SUBCOMITÊ de bacia hidrográfica, representatividade compartilhada com o poder público, usuários da água e sociedade civil organizada, uma eficaz oportunidade para garantir uma agenda de intervenções concretas locais sobre o manejo da água e a atenção de todos os envolvidos para este cuidado, espaço adequado pautado na nossa legislação das águas, que poderá enfim contribuir e reverter este processo de poluição dos corpos hídricos da região.
Esta nova representatividade poderá obter resultados à medida que seus componentes souberem aproveitar esse espaço, pela qualidade de seus membros, fundamentação das opiniões, propostas e intervenções, resultante de consenso, sintonia, transparência e igualdade dos componentes eleitos onde podemos adquirir progressivamente legitimidade e criar confiabilidade da comunidade como um todo. É fundamental ter convicção de que todos que queiram dialogar com o SUBCOMITÊ, serão ouvidos e considerados nos momentos decisivos das intervenções.
A maior conquista desse novo ente é dar um basta e quebrar o monopólio aparente do estado onde grupos políticos procuram direcionar ações de seu interesse e orientá-las de madeira clientelista, lembrando que esta representatividade não substitui nenhuma outra e sim fortalece a todas.
Trata-se de evoluir conceitos, uma nova postura das partes interessadas, vamos proceder a estudos, diagnósticos, monitoramento, informações, denuncias, fiscalização e proceder às intervenções pontuais necessárias nos nossos rios e lagoas.
Equacionar a questão do esgotamento sanitário em especial onde habita os menos assistidos é problema para toda comunidade, o nosso SUBCOMITÊ deve atuar de forma articulada com os órgãos governamentais afins, empresas, universidades, escolas e contar com efetiva participação e comprometimento dos segmentos da comunidade local para que os programas sejam bem sucedidos.
Hoje já temos exemplos de intervenções com bons resultados e novas tecnologias nas áreas de abastecimento, esgoto, drenagem e disposição de resíduos sólidos.
O maior empecilho é romper com o processo dominante, técnico, dispendioso e burocrático herdeiro de concepção autoritária, centralizada e resistente a participação, marca comum que vigora no planejamento dos órgãos públicos.
Existe um vazio conceitual que necessita ser preenchida através de uma nova mentalidade, consciente e criativa. Há também uma crescente compreensão de que urgentes medidas devem ser tomadas por nós, a fim de enfrentarmos os tempos nada promissores que estão por vir. O nosso pensamento vai orientar as nossas ações, as nossas ações no presente irão dar forma ao novo mundo em que viverão nossos filhos e netos. Nós podemos e devemos ser os catalisadores dessas necessárias mudanças!
A construção do novo pensamento é tarefa difícil, que exige um pacto entre governo, mídia, empresariado e todos os segmentos da comunidade local.
Mãos a obra, não existe corrida fácil.
Junte-se a nós.
Donato Velloso, Presidente do LAGOA VIVA, Fundador e Coordenador do Movimento Evolutivo PACTO DE RESGATE AMBIENTAL
http://www.ecodebate.com.br/2011/11/04/sim-e-possivel-o-saneamento-para-todos-na-sub-bacia-hidrografica-de-jacarepagua-artigo-de-donato-velloso/)
EcoDebate, 04/11/2011 (