terça-feira, 29 de setembro de 2009

O absurdo do desperdício de energia.

Isto faz os nossos céus ficarem poluídos pelo excesso de luz. Então não podemos admirar as estrelas... :-(

João de Barro adere à Campanha Contra a Poluição Luminosa

Está mais do que na hora de dar um basta ao desperdício de energia na iluminação pública! Coloque na ponta do lápis os 20% de iluminação que se perdem nas luminárias (mal) projetadas e se surpreenda com o dinheiro jogado fora. A edição de novembro 2008 da revista National Geographic Brasil trouxe um artigo sobre o "Fim da Noite" mostrando o impacto que a poluição luminosa tem na vida animal: pássaros cantando em plena meia-noite, tartarugas deslocando-se à praia em épocas inapropriadas, etc... Mesmo assim, as cidades querem ser "Las Vegas".

Um tipo de luminária comum nas praças brasileiras é o cúmulo do desperdício. Conhecida nos catálogos de iluminação como "poste com rebatedor para iluminação indireta", o modelo normalmente usa uma ou duas lâmpadas do tipo vapor metálico com potência de 150W. A lâmpada ilumina uma placa curva e a luz refletida por esta placa é que ilumina os objetos. Nem precisa dizer que as intempéries interferem na refletividade da placa, diminuindo ainda mais a eficiência da luminária. Se as cabeças pensantes usassem uma luminária eficiente, a potência da lâmpada poderia ser reduzida pela metade (vapor metálico de 70W).

Pois bem, parece que até mesmo as aves resolveram dar um basta a este desperdício. Abaixo temos uma foto obtida na Praça Breno Valadares no Bairro Santa Mônica em Florianópolis, onde o heróico João de Barro quebrou todos os protocolos.

Recebi o link de um amigo, o Sérgio Schmiegelow: http://www.costeira1.astrodatabase.net/joao_de_barro.htm

Muitas das nossas cidades do interior também querem parecer Las Vegas... Infelizmente.

sábado, 26 de setembro de 2009

Fósforo, fosfato, fosfateira...

"Outro nutriente importante, o fósforo, também está tendo seu ciclo alterado, embora haja "grandes incertezas" sobre qual seria seu limite."

Humanidade esgota seu "espaço de operação", dizem cientistas


A humanidade pode estar tirando o planeta da excepcional estabilidade ambiental em que ele se encontra há 10 mil anos e lançando-o numa zona turbulenta com consequências "catastróficas". O novo alerta é feito por um grupo internacional de 29 cientistas, em artigo nesta semana na revista "Nature".
da Folha de S.Paulo

O time reúne alguns dos maiores especialistas no sistema terrestre, entre eles o holandês Paul Crutzen, Nobel de Química em 95 por seu trabalho sobre a camada de ozônio.

Eles identificaram nove fatores-chave do funcionamento do planeta que não deveriam ser perturbados além de um certo limite para que a estabilidade ambiental que permitiu o florescimento da civilização continue por milhares de anos.

Acontece que, dos nove "limiares planetários", como o artigo chama esses fatores, três já foram excedidos de longe: a mudança climática, a perda da biodiversidade e a alteração no ciclo do nitrogênio. Sobre dois deles, a poluição química e o lançamento de aerossóis na atmosfera, não há informação suficiente.

Outros três --uso de água doce, mudança no uso da terra e acidificação dos oceanos-- ainda não tiveram seus limites ultrapassados, mas terão, se as atividades humanas mantiverem o ritmo e o caráter atuais. Um único limiar, a destruição do ozônio estratosférico, está sendo revertido aos valores pré-industriais.

O ciclo do nitrogênio não costuma aparecer entre as pragas ambientais mais citadas. No entanto, os pesquisadores, liderados por Johan Rockström (Universidade de Estocolmo), apontam que a quantidade desse gás removida da atmosfera para uso humano --quase tudo como fertilizante para a agricultura-- já é quatro vezes maior do que o limite proposto. "É mais do que os efeitos combinados de todos os processos [naturais] da Terra", escrevem os autores. Nos fertilizantes, o nitrogênio é convertido a uma forma reativa e acaba no ambiente, poluindo rios e zonas costeiras e formando óxido nítrico, um gás-estufa.

Outro nutriente importante, o fósforo, também está tendo seu ciclo alterado, embora haja "grandes incertezas" sobre qual seria seu limite.

O grupo aponta que o fato de "apenas" três limiares terem sido cruzados não é garantia de que o mundo não sofrerá mudanças catastróficas. Afinal, há múltiplas interações entre os limiares. "Transgredir a barreira do nitrogênio-fósforo pode erodir a resiliência de alguns ecossistemas marinhos, potencialmente reduzindo sua capacidade de absorver CO2, afetando assim a barreira climática."

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u629600.shtml)


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mina de fosfato da Monsanto viola a lei. E a da Bunge, não violará?

Texto do artigo"Monsanto mine violates law" em http://www.minesandcommunities.org/article.php?a=9330, traduzido pelo Google e revisado por mim (este texto foi publicado em muitos sites, podem conferir no Google):

Mina da Monsanto viola a lei

Data de Publicação: 07-07-2009
Data captura: 26-06-2009

Agência de Proteção Ambiental (Environment Protection Agency) diz que Monsanto viola a lei

Por John Miller, AP

26 de junho de 2009

BOISE, Idaho - Os reguladores federais disseram quinta-feira que uma mina em Idaho de que a Monsanto Co. depende para fazer seu herbicida Roundup violou leis federais e estaduais de qualidade da água, despejando selênio e outros metais pesados em curso d´água da região.

(Texto original em inglês: BOISE, Idaho — Federal regulators said Thursday an Idaho mine that Monsanto Co. depends on to make its Roundup weed killer has violated federal and state water quality laws almost since it opened, sending selenium and other heavy metals into the region's waterways.)


A Agência de Proteção Ambiental disse que os problemas na empresa baseada em St. Louis Rasmussen Sul de Minas, perto da fronteira Idaho-Wyoming, foram documentados pela primeira vez em abril de 2002. Isto é, apenas 15 meses depois que a mina ganhou do Bureau of Land Management a aprovação, de acordo com os documentos divulgados pela EPA à Associated Press.

(Texto original em inglês: That's just 15 months after the mine won Bureau of Land Management approval, according to documents released by the EPA to The Associated Press.)


Água - Mais recentemente, a mina foi incapaz de parar as descargas de metais pesados de uma barragem de contenção, apesar de as conclusões BLM há quase uma década que as precauções não iriam "permitir selênio ou outros contaminantes para migrar do contrato de arrendamento."

(Texto original em inglês: More recently, the mine has been unable to stop discharges of heavy metal-laden water from a waste dump, despite BLM conclusions nearly a decade ago that precautions wouldn't "allow selenium or other contaminants to migrate from the lease.")


Monsanto leva minério da mina de fosfato e transforma-lo em fósforo elementar, um ingrediente-chave do herbicida (veneno "mata-mato") Roundup.

(Texto original em inglês: Monsanto takes phosphate ore from the mine and turns it into elemental phosphorous, a key Roundup ingredient.)


O Selênio tóxico e outros metais pesados também estão expostos durante a mineração a céu aberto e despejado em pilhas de resíduos de rocha, onde podem se concentrar e ser levado pela enxurrada ou nascentes.

(Texto original em inglês: Toxic selenium and other heavy metals are also exposed during open pit mining and dumped in waste rock piles, where they can concentrate and be carried away by runoff or natural springs.)


A divulgação dos problemas do sul de Rasmussen vem em um momento delicado para a Monsanto: Ela precisa obter a aprovação federal para uma nova mina próxima, Blackfoot Bridge, para se abastecer do componente do Roundup, uma vez que Rasmussen será desativada em 2011.

(Texto original em inglês: Disclosure of South Rasmussen's problems comes at a sensitive time for Monsanto: It's seeking federal approval for a new mine nearby, Blackfoot Bridge, to supply the Roundup component once Rasmussen is played out in 2011.)


Mas os ambientalistas alegam garantias da empresa de que as medidas irão manter naturalmente a propagação de selênio lembrando-os de promessas feitas de longa data foram quebradas.

(Texto original em inglês: But environmentalists contend the company's assurances that cutting-edge measures will keep naturally occurring selenium from spreading remind them of earlier promises long since broken.)


Em 2007, a EPA ordenou à Monsanto para deixar de liberar água contaminada com selênio na Ferradura Sul Rasmussen.

(Texto original em inglês: In 2007, the EPA ordered Monsanto to stop releasing selenium-tainted water from South Rasmussen's Horseshoe Dump.)


Embora a empresa tenha tentado resolver o problema, ela ainda viola a Lei da Água Limpa, disseram funcionários federais.

(Texto original em inglês: Though the company has tried to remedy the problem, it's still violating the federal Clean Water Act, federal officials said.)


As medidas que implementaram não estão funcionando", disse Eva DeMaria, uma oficial da EPA, em Seattle.

(Texto original em inglês: "The measures they have implemented aren't working," said Eva DeMaria, an EPA enforcement official in Seattle. ")


Monsanto "está consciente das nossas preocupações. Eles estão tentando resolver."

(Texto original em inglês: Monsanto "is aware of our concerns. They are trying to address it.")


Perguntado se a EPA novos planos de acção, DeMaria declinou (não quis) de comentar o assunto.

(Texto original em inglês: Asked if EPA plans further action, DeMaria declined comment.)


"Ele está sob investigação", disse ela.

(Texto original em inglês: "It's under investigation," she said.)


Na década de 1990, ovelhas e cavalos morreram de intoxicação por selênio relacionadas à mineração em outros locais do rico em fosfato cinturão sudeste do Idaho.

(Texto original em inglês: In the 1990s, sheep and horses died from selenium poisoning related to mining elsewhere in southeastern Idaho's rich phosphate belt.)


Pelo menos 17 minas de fosfato aqui estão agora sob a autoridade federal Superfund.

(Texto original em inglês: At least 17 phosphate mines here are now under federal Superfund authority.)


Apenas em maio deste ano, o Departamento de Qualidade Ambiental Idaho adicionou Sheep Creek, um afluente do rio Blackfoot sendo poluído pelo sul-Rasmussen, a sua lista de canais que não cumprem as normas do Estado, devido à contaminação de selênio.

(Texto original em inglês: Just this May, the Idaho Department of Environmental Quality added Sheep Creek, a Blackfoot River tributary being polluted by South Rasmussen, to its list of waterways that don't meet state standards due to selenium contamination.)


Agora os cientistas dizem que pelo menos 15 córregos ao sudeste de Idaho excedem os padrões de selênio, contra seis em 2002.

(Texto original em inglês: State scientists now say at least 15 streams in southeastern Idaho exceed selenium standards, up from six in 2002.)


Monsanto deve satisfazer as preocupações dos reguladores federais - e, eventualmente, os juízes, no caso de ações judiciais - de que operações como a Blackfoot Bridge não vão agravar a poluição.

(Texto original em inglês: Monsanto must satisfy the concerns of federal regulators — and eventually judges, in the event of lawsuits — that operations like Blackfoot Bridge won't exacerbate pollution.)


"Você vai ter que ter garantias de que lá não vai ter um aumento", disse Greg Mladenka, um cientista do DEQ da qualidade da água em Pocatello.

(Texto original em inglês: "You're going to have to have assurances that there's not going to be an increase," said Greg Mladenka, a DEQ water quality scientist in Pocatello.)


O lobista (o que faz pressão) da Monsanto, Trent Clark em Soda Springs, Idaho, disse que a empresa teria resolvido as questões levantadas pelos dois autos de infração EPA.

(Texto original em inglês: Monsanto lobbyist Trent Clark in Soda Springs, Idaho, said the company has resolved issues raised by two EPA violation notices.)


No mais tardar, em Setembro de 2007, os inspetores encontraram água contendo EPA "níveis muito elevados de selênio" decorrentes da mina ferradura de despejo, mesmo em tempo seco, "ilegal no âmbito do Clean Water Act", disse a agência.

(Texto original em inglês: In the latest, from September 2007, EPA inspectors found water containing "very high levels of selenium" flowing from the mine's Horseshoe Dump even in dry weather, "unlawful under the Clean Water Act," the agency said.)

Apesar dos esforços da Monsanto, os problemas continuaram, disseram os funcionários da EPA.

(Texto original em inglês: Despite Monsanto's efforts, the problems have continued, EPA officials said.)


Concentrações significativas de selênio, cádmio, níquel e zinco continuam a ser medidas a jusante.

(Texto original em inglês: Significant concentrations of selenium, cadmium, nickel and zinc continue to be measured downstream.)


A Monsanto está empenhada em resolver o problema, disse Clark.

(Texto original em inglês: Monsanto is committed to resolving the issue, Clark said.)


As exigências foram permitir que a Monsanto não deixaria problemas selênio quando nós estivermo efetuando a mineração", disse ele.

(Texto original em inglês: "The permit requirements were that Monsanto would leave no selenium problems when we're done mining," he said. ")


"Nós ainda não terminamos nossa mineração naquela área, e o nosso compromisso é, iremos abordar estas questões."

(Texto original em inglês: "We have not finished our mining in that area, and our commitment is, we will be addressing these issues.")


E, segundo ele, a poluição Blackfoot Ponte de medidas de controle, será muito melhor do Sul Rasmussen.

(Texto original em inglês: And, he said, Blackfoot Bridge's pollution-control measures will be much improved from South Rasmussen.)


"É um processo completamente diferente", disse Clark.

(Texto original em inglês: "It's a completely different process," Clark said.)


Fosfato extraído em Idaho sudeste é a chave para sua companhia estável de "Roundup Ready" para tudo, de sementes de algodão, milho e beterraba.

(Texto original em inglês: Phosphate mined in southeastern Idaho is key to his company's stable of "Roundup Ready" seeds for everything from corn to cotton and sugar beets.)


O herbicida mata as ervas daninhas, plantas geneticamente modificadas da Monsanto sobrevivem ao herbicida.

(Texto original em inglês: The herbicide kills weeds; Monsanto's genetically altered plants survive.)


Esta semana, a Monsanto informou que seus lucros no terceiro trimestre fiscal caíram 14 por cento e divulgou planos de cortar 900 postos de trabalho, após a competição de genéricos ter diminuído as vendas de herbicidas Roundup.

(Texto original em inglês: This week, Monsanto reported its fiscal third-quarter profit fell 14 percent and it disclosed plans to cut 900 jobs, after competition from generic herbicides dented Roundup sales.)


Ele pediu residentes do sudeste de Idaho para apoiar a sua proposta Blackfoot Bridge, instando-os a enviar cartas aos gestores BLM agora a preparar um projecto de declaração de impacto ambiental, que deve ser lançado em julho.

(Texto original em inglês: It's asked southeastern Idaho residents to support its Blackfoot Bridge proposal, urging them to send letters to BLM managers now preparing a draft environmental impact statement, due for release in July.)


Monsanto emprega 700 pessoas na região, com uma folha de pagamento e benefícios de quase US $ 30 milhões.

(Texto original em inglês: Monsanto employs 700 in the region, with a payroll and benefits of nearly $30 million.)


Em janeiro de 2001, os funcionários BLM que aprovou Sul Rasmussen escreveu que a mina da Monsanto não era susceptível de contaminar cursos de água circundantes.

(Texto original em inglês: In January 2001, BLM officials who approved South Rasmussen wrote that Monsanto's mine wasn't likely to contaminate surrounding waterways.)


O sitio das Minas Rasmussen do sul não tem rios perenes que podem servir como condutos para transportar o selênio, os funcionários" BLM escreveu em sua decisão.

(Texto original em inglês: "The South Rasmussen Mine site has no perennial streams and limited intermittent drainages that might serve as conduits to selenium transport," BLM officials wrote in their decision. ")


"A Monsanto tem o compromisso de implementar práticas operacionais e melhores práticas de gestão para minimizar e controlar a geração de selênio".

(Texto original em inglês: "Monsanto has committed to implement operational practices and best management practices to minimize and control selenium generation.")


Questionado sobre o que correu mal, Bill Stout, um geólogo da BLM em Pocatello, disse que os problemas ocorrem, por vezes, apesar das boas intenções da sua agência e as empresas de mineração.

(Texto original em inglês: Asked what went wrong, Bill Stout, a BLM geologist in Pocatello, said problems sometimes occur despite the best intentions of his agency and mining companies.)


A mina ao sul de Rasmussen, Stout, disse, foi a última nova mina de fosfato em Idaho em que apenas uma menos rigorosa análise ambiental foi exigido, após os animais foram mortos no final da década de 1990 por envenenamento por selênio, uma análise mais rigorosa é obrigatório.

(Texto original em inglês: South Rasmussen, Stout said, was the last new Idaho phosphate mine where only a less-stringent environmental analysis was required; after the livestock were killed in the late-1990s by selenium poisoning, a more rigorous analysis is now mandatory.)


"Mas nós fazemos a análise adequada, para tentar incorporar as medidas mitigadoras mais novo e melhor."

(Texto original em inglês: "There's never any guarantee," Stout said. "Nunca houve qualquer garantia", disse Stout. "But we do the appropriate analysis, to try and incorporate the newest and best mitigation measures.")


The Greater Yellowstone Coalition, que está lutando contra a expansão da mineração de fosfato, disse que está reservando o julgamento sobre o projeto da Monsanto na ponte do rio Blackfoot após a análise BLM é liberado.

(Texto original em inglês: The Greater Yellowstone Coalition, which is fighting phosphate mining expansion, said it's reserving judgment on Monsanto's Blackfoot Bridge project until after the BLM analysis is released.)


A coligação do diretor de Idaho Falls, Marv Hoyt, disse que é cético em relação a promessas da Monsanto.

(Texto original em inglês: The coalition's Idaho Falls director, Marv Hoyt, said he's skeptical of Monsanto's promises.)


"Esta não é a primeira vez que fomos informados de uma empresa de mineração de fosfato tem todas as respostas", disse ele.

(Texto original em inglês: "This is the not the first time we've been told a phosphate mining company has all the answers," he said.)



As preocupações ambientais do grupo sobre a proposta da nova mina

(Texto original em inglês: Environmental Group Raises Concerns Over New Mine Proposal)

11 de junho de 2009

Lauren Johnson, http://www.kpvi.com/Global/story.asp?S=10519360

A nova mina de fosfato é de consideração com as esperanças de tê-lo instalado e funcionando dentro de um ano.

(Texto original em inglês: A new phosphate mine is in consideration with the hopes to have it up and running within a year.)


Monsanto, junto com o Greater Yellowstone Coalition, se reuniram em frente ao Conselho Pocatello da cidade hoje para discutir as preocupações e esperanças para o novo Blackfoot Bridge Mine, e como ela pode afetar os moradores de Idaho oriental.

(Texto original em inglês: Monsanto, along with the Greater Yellowstone Coalition, met in front of Pocatello's city council today to discuss concerns and hopes for the new Blackfoot Bridge Mine, and how it may affect the residents of eastern Idaho.)


A mina seria exatamente ao norte de Soda Springs, em terras muito perto do rio Blackfoot.

(Texto original em inglês: The mine would be just north of Soda Springs, and lands very close to the Blackfoot River.)


Marv Hoyt, diretor da Grande Idaho Yellowstone Coalition: "Há muita preocupação. O rio Blackfoot já está contaminado com um monte de selênio eo que nós queremos garantir é que esta proposta não vai contaminar o rio e ameaçar a as trutas "Yellowstone cutthroat".

(Texto original em inglês: Marv Hoyt, Director of Idaho's Greater Yellowstone Coalition: "There's a lot of concern. The Blackfoot River is contaminated already with a lot of selenium and what we want to ensure is that this proposal doesn't further contaminate that river and threaten Yellowstone cutthroat trout.)


Trent Clark, Pública e Assuntos Governamentais da Monsanto: "Uma das coisas que aprendemos ao longo do tempo é o mais controlo podemos chegar bem lá na frente o melhor, porque é muito melhor para iniciar uma mina com ótimos planos de ir para a frente com a mina e descobrir que você perdeu alguma coisa depois do fato ".

(Texto original em inglês: Trent Clark, Public and Governmental Affairs for Monsanto: "One of the things we've learned over time is the more scrutiny we can get right up front the better, because it's much better to start a mine with excellent plans than to go forward with the mine and find out that you missed something after the fact.")


A Monsanto tem planos para o primeiro rascunho da sua Declaração de Impacto Ambiental feito pelo 1 º de julho.

(Texto original em inglês: Monsanto plans to have the first draft of its Environmental Impact Statement done by the 1st of July.)


Trent Clark, Pública e Assuntos Governamentais da Monsanto: "Uma declaração de impacto ambiental é uma oportunidade para o público a olhar para a análise e crítica. Se estamos recebendo essa atenção muito sobre uma declaração de impacto ambiental antes mesmo de ele ser lançado, é um bom sinal ".

(Texto original em inglês: Trent Clark, Public and Governmental Affairs for Monsanto: "An environmental impact statement is an opportunity for the public to look at and review and critique. If we're getting this much attention on an environmental impact statement even before it's released, it's a good sign.")


Marv Hoyt, diretor da Grande Idaho Yellowstone Coalition: "Estas são terras públicas e recursos públicos e que precisam ser gerenciados para o público em geral, não apenas o lucro de algumas empresas."

(Texto original em inglês: Marv Hoyt, Director of Idaho's Greater Yellowstone Coalition: "These are public lands and public resources and they need to be managed for the public at large, not just the profit of some companies.)


The Greater Yellowstone Coalition tem grandes esperanças para a Declaração de Impacto Ambiental.

(Texto original em inglês: The Greater Yellowstone Coalition has great hopes for the Environmental Impact Statement.)


Marv Hoyt: "Eles estão propondo algo que as outras empresas foram rejeitar fora de mão para o ano, e que está usando um revestimento sintético capa para proteger a disponibilidade de água".

(Texto original em inglês: Marv Hoyt: "They're proposing something the other companies have been rejecting out of hand for years, and that's using a synthetic liner cover to protect water availability.")


A Monsanto afirmou que o Blackfoot Bridge Minas vai estar entre as minas mais ambientalmente avançadas de fosfato na América do Norte.

(Texto original em inglês: Monsanto has stated that the Blackfoot Bridge Mine will be among the most environmentally advanced phosphate mines in North America.)


O Blackfoot Bridge Mine e sua operação de fabricação que empregam aproximadamente 770 pessoas em Idaho oriental.

(Texto original em inglês: The Blackfoot Bridge Mine and its manufacturing operation would employ roughly 770 people in eastern Idaho.)


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Brasil e o mundo (leia-se o agronegócio) precisam de fósforo/fosfato

Então, onde obter o fósfato de que a agricultura precisa? No lixo e nos esgotos das grandes cidades, que é onde todo este fósforo vai parar! Assim resolvem dois problemas numa só ação: despoluem os rios, lagos e águas costeiras. Isso sim é solução, não a estupidez de uma mineração a céu aberto que beneficia com lucro apenas à Bunge/Yara e a poucos mais, entre os quais, provavelmente muitos políticos com interesses ocultos.

Vejam os links a seguir:

Lodo de esgoto vira adubo: http://www.margaritasemcensura.com/blog/?p=2069

Lodo de esgoto pode ser utilizado como adubo: http://www.correiodeuberlandia.com.br/texto/2009/06/02/37792/lodo_de_esgoto_pode_ser_utilizado_como_adubo.html

Pesquisa da USP aprova uso de esgoto tratado como adubo: http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=48115

Utilização de Lodo de Esgoto como Fonte de Fósforo na Cultura de Soja: http://www.cnpma.embrapa.br/download/circular_6.pdf

Este último link é o que mais deveria interessar à Bunge (que produz a margarina Delicia (ugh!), o óleo Primor e etc.) e aos plantadores de soja (muitos da transgenica), que fornecem para ela...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tem gente que pensa!
É por aí!

Terça-feira, 22 de setembro de 2009, 16:12

Pacote do governo incentivará reciclagem de produtos

IVANA MOREIRA - Agencia Estado

BELO HORIZONTE - O governo federal deverá anunciar em breve três medidas que beneficiarão os catadores de lixo e estimularão a reciclagem no país. O pacote incluirá desoneração dos produtos reciclados, pagamento aos catadores por serviços ambientais e incentivo para transformação de gás metano em energia. A informação é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou hoje do Festival Internacional Lixo e Cidadania, em Belo Horizonte.



Segundo o ministro, uma das medidas mais importantes será a desoneração dos produtos recicláveis. "O produto reciclável já pagou imposto durante toda sua vida produtiva", argumentou Minc.

"Quem tira lixo do chão e o coloca de volta na cadeia produtiva deveria ter imposto negativo, deveria ter estímulo para isso."



A segunda medida, a remuneração por serviços ambientais, será uma renda complementar para os catadores de lixo. De acordo com o ministro, será uma forma de minimizar o impacto da oscilação de preços do material reciclável no mercado. Com a crise financeira mundial, por exemplo, os preços despencaram. "Muitos catadores ficaram na miséria absoluta", afirmou.



O incentivo para os aterros gerarem energia a partir do gás metano, de acordo com o ministro, será uma forma de aproveitar de forma positiva uma substância que é 21 vezes mais poluente do que o gás carbônico. A ideia do governo é que parte da receita com a venda de energia seja revertida para o fundo dos catadores de lixo. Carlos Minc não adiantou detalhes sobre a implementação do pacote.


(de http://www.estadao.com.br/noticias/geral,pacote-do-governo-incentivara-reciclagem-de-produtos,439240,0.htm)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Lucro, dinheiro: O sistema do mundo... E seus representantes: Bunge e cia ltda.

Para quem nunca refletiu sobre algumas das conseqüências mais dramáticas dos produtos na Bunge sobre a humanidade: Óleo de soja refinado, margarina == obesidade.

Uma pergunta para quem mora na Grécia, Itália, Espanha, Portugal, e de repente convive com quem entende: oliveiras precisam ser adubadas com fosfato?

As monoculturas de soja, sim!

Vejam esta notícia n"O Estadão" e o último comentário, de um defensor do atual estado de coisas (que resposta ele merece?):

Domingo, 20 de Setembro de 2009 | Versão Impressa

Mina vira alvo de protestos em SC

Empreendimento para explorar fosfato obteve aval de órgão de licenciamento, mas moradores são contra atividade

Eduardo Nunomura

Há sete anos, Fernando Monteiro decidiu ir embora para sua Pasárgada, e assim batizou o sítio que escolheu, no meio da mata atlântica de Santa Catarina. Hoje, ele está triste, triste de não ter jeito, com a história da construção de uma mineradora perto de seu quintal. Mas, ao contrário do que imaginava o poeta Manuel Bandeira, Monteiro não é amigo do rei nem da Indústria de Fosfatos Catarinense (IFC), dona do projeto Anitápolis. A IFC quer explorar a maior jazida ainda intacta no País em uma área de 300 hectares, cercada de florestas, rios e pequenas comunidades. Monteiro e outros tantos lutam para barrar a obra.

Duas multinacionais, a Bunge e a Yara Brasil Fertilizantes, formaram a IFC e compraram 1,8 mil hectares na pacata cidade de Anitápolis. Há décadas sabe-se que naquele chão há o minério vital para o agronegócio. É o fósforo, identificado pela letra química P. Com o nitrogênio (N) e o potássio (K), forma o fertilizante NPK. O Brasil importa a maior parte do fósforo, porque é mais barato. Explorar jazidas como a de Anitápolis reduziria a dependência externa.

Monteiro é um paulistano que se refugiou na montanha. Casou-se com Regina Capistrano, mãe de Miguel, de 11 anos, e com ela teve duas filhas, as pequenas Mariana e Ana Clara. Eles compraram 5,5 hectares cortados por dois rios e nove nascentes d"água. Plantaram uma horta e construíram três cabanas para receber hóspedes. A pousada Sítio Pasárgada faz parte de um programa de inspiração francesa, a Acolhida na Colônia, onde turistas experimentam a vida no campo sem televisão, telefone ou internet. "Falo de rios limpos, rãs e matas intactas. As multinacionais dizem que vão preservar, mas a lógica delas é de quem só pensa em produzir", diz ele.

"A IFC não entende que a atividade de mineração seja destrutiva ao meio ambiente", rebate o diretor da empresa, Ademar Fronchetti, que espera obter o aval para as obras até o início de 2010. "Hoje, tanto as operações de mineração quanto os complexos químicos devem ser projetados visando condições de sustentabilidade, gerando riqueza e desenvolvimento, não só para o País, mas principalmente para a região onde está inserida."

AGRICULTURA ECOLÓGICA

O agroturismo é uma atividade referência em Anitápolis e nas cidades vizinhas das encostas da Serra Geral, uma vasta área de vales e montanhas banhada pela Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão. Mais de 30 propriedades aderiram ao Acolhida na Colônia, que gera renda extra aos agricultores, mas exige preservar nascentes e tratar o esgoto. Outra vocação é a agricultura orgânica, praticada por famílias como a Willemann, em Santa Rosa de Lima. Cenouras, beterrabas, brócolis, vagens, pepinos e cebolas são produzidos sem agrotóxicos ou fertilizantes e vendidos a supermercados de São Paulo. "O maior problema é que vão mexer com a água. Ela é tudo para nós", preocupa-se Alexandre Willemann.

Na beira do Rio dos Pinheiros, afluente do Rio Braço do Norte, um dos principais formadores da bacia do Tubarão, os primos Antonio José e Valdenir Coelho identificaram uma grande rocha branca e levaram um especialista para conhecê-la. Descobriu-se que era o carbonatito, proveniente de uma mina de fosfato. Era fim dos anos 1970, quando agricultores das redondezas plantavam batatas e colhiam superbatatas. Havia fosfato demais no solo.

A empresa Adubos Trevo, hoje da Yara Brasil, arrematou o terreno e, com o fantasma da mineração, Anitápolis conheceu o êxodo rural - dos 8 mil habitantes, hoje são 3,3 mil.

Em 1987, quando a Adubos Trevo sondava o terreno, a Organização das Nações Unidas cunhava o termo "desenvolvimento sustentável". Desenvolver e preservar, dois lemas-chaves para o futuro, tem hoje interpretações distintas em Anitápolis. Prefeitura, Estado e União defendem o projeto da IFC. Outros prefeitos, ambientalistas e o Ministério Público são contra.

Por ano, a mina da IFC deve produzir 1,8 milhão de toneladas de fosfato, 500 mil toneladas de super fosfato simples, 200 mil toneladas de ácido sulfúrico (usado na mineração) e descartado 1,2 milhão de toneladas de material estéril. A área de lavra virará uma cratera a céu aberto e terá vida útil de 33 anos. A produção usará a água captada no Rio dos Pinheiros.

A previsão é de gerar 1,5 mil empregos na obra que durará três anos e 450 para a operação. Na região, não há trabalhadores especializados. A IFC vem pagando cursos de capacitação pelo Senai. "A mineradora atrairá outras empresas que gerarão empregos", diz o prefeito de Anitápolis, Saulo Weiss. Se o projeto vingar, a cidade verá o orçamento passar de R$ 4 milhões para R$ 6,5 milhões. O Estado e a União arrecadarão outros R$ 7,5 milhões em tributos.

TRANSPORTE DE CARGAS

Os prefeitos Evanísio Uliano, de Braço do Norte, e Celso Heidemann, de Santa Rosa de Lima, afirmam que só souberam do empreendimento após o aval do órgão de licenciamento estadual. "Há uma população em pânico. É preciso mais audiências e uma consultoria independente que ateste a segurança da obra", diz Uliano.

O transporte das cargas, desde o enxofre para a mineração que virá importado pelo Porto de Imbituba até o destino final do fosfato em Lages, ocorrerá pelas rodovias BR-101, BR-282 e SC-407. A partir de Lages, o produto será escoado por ferrovia. O prefeito de Rancho Queimado, Evanísio Leandro, teme pelo vaivém de caminhões, que passam, em média, a cada dez minutos. Sua cidade possui mais de 30 condomínios com casas de fim de semana para moradores de Florianópolis.

Exploracao toxica

Dom, 20/09/09 20:58 , monicakoe@estadao.com.br

O assunto eh muito mais serio do que parece.Uma das regioes mais belas e intocadas do pais recebera uma "serra pelada", com um desmatamento inicial de 500 ha. de mata atlantica.Mais de cem caminhoes gigantescos abertos carregados de enxofre irao por uma estradinha de serra, cortando cidades que provaram que o fosfato nao e necessario para a producao agricola. O ecoturismo, que mantem a populacao fixada nas cidades locais, sera prejudicado, o que trara desemprego.A mina a ceu aberto tem como subproduto o acido sulfurico.Alem da chuva acida, o terreno eh sujeito a desmoronamentos, ainda mais desmatado.O dejeto ira para a agua que abastece 3 rios. A empresa nao tera que reflorestar ou dar destino ao lama toxica ao acabar a concessao, que permite minerar qualquer minerio que la for encontrado(fala-se em uranio). Num local onde nao ha favelas e a qualidade de vida eh invejavel,a populacao nao foi consultada, foi tudo feito por debaixo dos panos.O fosfato pode ser obtido se outras fontes, como eh feito na Europa.

ROMANTISMO EGOISTA

Dom, 20/09/09 18:47 , abraaobastos@estadao.com.br

ESTE SITIANTE É IGUAL AOS ECOLOGISTAS QUE IMPEDEM A DRENAGEM DE UM PÂNTANO POR CAUSA DE UM NINHO DE PASSARINHO, MAS DEIXAM CRIANÇAS VIVEREM NA LAMA. OU OUTROS QUE IMPEDEM UMA ESTRADA POR CAUSA DA FAUNA , MAS DEIXAM FAMILIAS ISOLADAS. O BRASIL PRECISA DO FÓSFORO. É QUASTÃO DE SEGURANÇA ALIMENTAR. SUGIRO QUE ESTE INCOMODADO VÁ VIVER NO MEIO DE UMA RESERVA ECOLÓGICA, ELE NÃO SERÁ INCOMODADO POR NINGUEM, SÓ INCOMODA ELE PRÓPRIO A ECOLOGIA.



(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090920/not_imp438002,0.php)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Felicidade x Produtividade - FIB x PIB

Quer ser feliz?

O índice de felicidade e o mundo a seu redor - Artigo

Que se deve pensar quando se chega à conclusão de que é preciso ensinar às crianças o que é felicidade e como buscá-la? Não é mais uma possibilidade implícita nos nossos modos de viver? É preciso ir buscar fora do cotidiano?

Washington Novaes - Jornalista especializado em meio ambiente

Há duas semanas, ganhou muito destaque na comunicação a notícia de que o Arquipélago de Vanuatu - 83 ilhas no Pacífico, com 209 mil habitantes, na maioria pescadores e agricultores que vivem numa economia pouco além do nível da subsistência - foi considerado pelo Happy Planet Index "o lugar mais feliz do planeta".

Criado pela New Economics Foundation e pela ONG Friends of Earth, o índice quer evidenciar que "não é necessário esgotar os recursos naturais da Terra para se ter uma vida relativamente longa e feliz".

E os habitantes de Vanuatu tiveram a melhor média de três indicadores básicos - esperança de vida ao nascer, bem-estar humano e nível dos danos ambientais causados ao país.

Nesse índice, o Brasil ficou em 65º lugar, atrás da Colômbia, da Argentina, do Chile e do Paraguai - até de Bangladesh. Os Estados Unidos ficaram com o 150º lugar, um dos últimos entre 178 países (Estado, 13/7).

Curiosamente, o noticiário não informou que Vanuatu é um dos países mais ameaçados do planeta - por mudanças climáticas.

Quem freqüenta as reuniões da Convenção do Clima certamente se tem encontrado ali com os representantes de Vanuatu, Tuvalu e outros dos mais de 30 países-ilhas ameaçados de desaparecimento pela elevação do nível dos oceanos em conseqüência da intensificação do efeito estufa.

Eles se cansam de mostrar que sua contribuição para as mudanças climáticas é praticamente zero - mas serão os que mais caro pagarão.

Da mesma forma, o noticiário pouca ênfase deu ao modestíssimo nível de consumo dos habitantes de Vanuatu - que, por isso mesmo, em quase nada contribuem para o segundo grande problema planetário do nosso tempo, a insustentabilidade dos padrões de produção e consumo, além da capacidade de reposição da biosfera terrestre.

Teria sido oportuno porque ainda recentemente se divulgou o estudo de 1.300 cientistas de 95 países, apoiados pelo Banco Mundial e pelo World Research Institute no projeto Millenium Ecosystem Assessment, mostrando que "60% dos serviços dos ecossistemas terrestres estão sendo degradados ou usados insustentavelmente", de uma forma que acentua os riscos de mudanças climáticas, colapso das reservas pesqueiras e muitos outros dramas.

Entre várias coisas, o estudo sugere eliminar por completo subsídios à agricultura, pagar a proprietários pela conservação e criar impostos proporcionais aos custos ambientais gerados.

Um terceiro relatório, do WorldWatch Institute (Vital Signs), acentua que o uso de recursos e serviços naturais já está 23% acima da capacidade de reposição, neste mundo em que o produto bruto chegou, em 2005, a US$ 59,6 trilhões.

Para dotar todos os habitantes do planeta do padrão de consumo dos países industrializados - diz o relatório - a população teria de ser reduzida para 1,8 bilhão de pessoas (está acima de 6,5 bilhões).

São advertências que se multiplicam e fazer pensar no recém-lançado livro O Mito do Progresso (Editora Unesp), do professor Gilberto Dupas, coordenador-geral do Grupo de Conjuntura Internacional da USP e co-editor da revista Política Externa.

Diz ele que "o progresso parece ter perdido o rumo", o que estaria evidenciado pela exclusão social, pela concentração da renda e pela degradação ambiental que esse progresso produz, juntamente com os riscos da microbiologia, da engenharia genética, da robótica, da nanotecnologia.

E tudo ameaçando a própria governabilidade no nosso mundo, onde a venda de armamentos já supera a casa de US$ 1,1 trilhão.

Há todo um capítulo do livro dedicado ao "meio ambiente e ao futuro da humanidade", no qual afirma que "são inúmeras as evidências das relações entre padrão tecnológico, lógicas da produção humana e danos ao meio ambiente".

Chega a incursionar até por um terreno pouco freqüentado, em que lembra que "o planeta foi-se tornando um imenso emissor de ondas eletromagnéticas, produto das múltiplas emissões de rádio, televisão, telefone celular e radar, cujas conseqüências sobre o meio ambiente e a saúde humana estão por ser determinadas".

No início de tudo, diz o autor, está a "naturalização da idéia de progresso" como algo em que é preciso "aceitar riscos", onde "não se pode voltar atrás", por maiores que sejam as ameaças.

Faz lembrar a famosa escritora norte-americana Hazel Henderson, para quem "economia é política disfarçada". "Urge uma nova ética da responsabilidade", diz o professor Dupas, depois de examinar a evolução do conceito de progresso e a "economia política como ciência do progresso".

Talvez uma evidência de quanto procedem essas preocupações esteja em outra notícia (Estado, 11/7), a de que 2 mil alunos de escolas públicas britânicas, na faixa dos 11 anos, começarão a ter "aulas de felicidade" (técnicas de respiração, jogos em grupo, entre outras), numa tentativa de enfrentar comportamentos anti-sociais e depressão (esta já atinge 10% das crianças inglesas nessa faixa de idade).

Que se deve pensar quando se chega à conclusão de que é preciso ensinar às crianças o que é felicidade e como buscá-la? Não é mais uma possibilidade implícita nos nossos modos de viver? É preciso ir buscar fora do cotidiano?

Ou a questão já estará muito mais agravada, a ponto de levar o famoso físico Stephen Hawking (autor de Uma Breve História do Tempo) a dizer, há poucos dias, que a humanidade precisará migrar para outros planetas (e para isso precisaria começar imediatamente a buscar esses lugares)?

Qualquer que seja a visão que se tenha, não é possível escapar da questão fundamental: já não se trata de "proteger o meio ambiente"; trata-se de limites à ação humana, já evidenciados e que, se não forem respeitados, porão tudo em risco, como tem advertido o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Se as nossas lógicas se contrapõem a essas evidências, terão de ser modificadas.


(de http://www.ufcg.edu.br/prt_ufcg/assessoria_imprensa/mostra_noticia.php?codigo=2837)

Não se pode separar economia e ecologia

Não se pode separar economia e ecologia, diz Jeffrey Sachs

Economista afirma que planeta segue 'trajetória totalmente insustentável e profundamente perigosa'

O renomado economista americano Jeffrey Sachs

BBC

O renomado economista americano Jeffrey Sachs

- O renomado economista americano Jeffrey Sachs, professor da universidade americana de Columbia, afirmou nesta quarta-feira, 16, que o planeta está em uma "trajetória totalmente insustentável e profundamente perigosa" e que não é mais possível separar economia e ecologia.

Veja também:

linkAquecimento pode reduzir PIB de países em até 20%, diz estudo

link Derretimento no Ártico pode afetar 25% da população mundial

link Mundo deve estar pronto para crise climática, diz Reino Unido

link Mudança no clima custará US$ 400 bi anuais, diz estudo

especialExpansão econômica vs. sustentabilidade

especialMapa da emissão de carbono

"Não podemos mais pôr economia e ecologia em categorias separadas. Elas nunca estiveram em categorias separadas", afirmou Sachs, que presta consultoria a vários governos, durante uma conferência em Genebra, na Suíça.

Na palestra, promovida pela agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), Sachs criticou o formato do atual processo de negociações sobre mudança climática.

Para ele, em vez de diplomatas, engenheiros e cientistas deveriam sentar-se à mesa para discutir.

"O problema das mudanças climáticas não é uma negociação de comércio. É simplesmente o problema mais complexo de engenharia, economia e social que a Humanidade jamais enfrentou", afirmou o estudioso.

A pouco mais de dois meses do início da conferência de Copenhague que deve criar uma política de combate ao aquecimento global para o mundo a partir de 2012, o economista não poupou críticas às negociações - atualmente paradas em impasses.

'Bobagem'

"A questão sobre uma meta nacional ser obrigatória ou não é uma das questões menos interessantes. De que adianta ser obrigatória se você não é capaz de cumpri-la? É bobagem. Deveríamos estar discutindo o que podemos fazer, não o que obrigatório, o que podemos fazer agora, em cinco, dez anos."

O economista fez um apelo por um esforço coordenado de especialistas para que se saiba o que pode ser feito para permitir desenvolvimento econômico e melhoria das condições de vida de milhões miseráveis, ao mesmo tempo em que se enfrenta problemas ambientais já "insustentáveis ressaltados pelas mudanças climáticas".

Para abordar um problema tão complexo, em vez de discutir metas de emissões, Jeffrey Sachs afirma que a convenção da ONU para mudanças climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) deveria criar um corpo técnico que analisaria opções e custos para ações de curto prazo em cada país.

Em sua palestra, Sachs sugeriu uma nova parceria pública-privada para criar os grandes sistemas técnicos necessários.

"Podemos alcançar um crescimento econômico com impacto muito menor se pensarmos claramente, sistematicamente, em termos de sistemas, e baseados em objetivos globais."

O economista americano criticou a falta de sustentabilidade não só na área de meio ambiente. Para ele o mundo atual é "socialmente insustentável".

"A distância entre os ricos e os pobres está aumentando. Muitas das pessoas mais miseráveis do planeta estão morrendo por causa de sua pobreza, e se não morrem, sofrem e ficam cada vez mais para trás."

Jeffrey Sachs concluiu que a mensagem da comunidade científica é de que o mundo está à beira de um futuro quadro potencialmente catastrófico,

"Mais cedo ou mais tarde, cientistas vão nos dizer que essa área é inabitável."

O economista afirmou ainda que então será "tarde demais", porque mesmo que as emissões sejam cortadas a zero, o atual acúmulo de gases na atmosfera terá efeito durante um longo tempo.

"Estamos vivendo apenas a metade daquilo que já provocamos", concluiu.



(de http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,nao-se-pode-separar-economia-e-ecologia-diz-jeffrey-sachs,435825,0.htm)

RPPNs

RPPN: inscrições abertas para 8.º edital - http://bit.ly/hFsKS

Deu n´O Estadão (http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,rppn-inscricoes-abertas-para-8-edital,435730,0.htm)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mais uma cidade "de costas para o rio" perdendo dinheiro...

Rios Iguaçu e Paraná expõem contrastes entre Brasil e Argentina

Plantão | Publicada em 14/09/2009 às 11h10m

(de http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/09/14/rios-iguacu-parana-expoem-contrastes-entre-brasil-argentina-767596960.asp)

Portal RPC

Hotel Hilton erguido do lado argentino das Cataratas do Iguaçu - Reprodução Portal RPC/Afiliada TV Globo

CURITIBA - Duas realidades opostas compõem o mapa geográfico da Tríplice Fronteira. Na Argentina, empreendimentos de luxo prosperam às margens do Rio Iguaçu, em plena área de mata nativa. No Brasil, a orla do Rio Paraná é dominada por moradias irregulares e operações noturnas de narcotraficantes. As decisões políticas passadas pesam no cenário atual.

Os argentinos preservaram boa parte da mata nativa à beira do Rio Iguaçu e conseguiram conter a ocupação irregular. No Brasil, a história é diferente. A barranca do Rio Paraná começou a ser tomada por moradias irregulares a partir de 1970, impulsionada pelo boom populacional desencadeado pela construção da hidrelétrica de Itaipu. A população de Foz do Iguaçu, de 33.970 habitantes em 1970, passou para 136.320, em 1980.

Com a beira do Rio Iguaçu preservada, os argentinos conseguiram colher frutos e preparar um cenário ideal para atrair investimentos milionários na atualidade, além de acomodar os turistas que visitam as Cataratas do Iguaçu. Assim, surgiu um projeto do governo de Misiones, província vizinha ao Paraná, detentor das terras: um megacomplexo turístico com 45 empreendimentos, entre hotéis, quadras de golfe e parques temáticos. O condomínio, 'ecologicamente correto' começou a ser construído há quatro anos em uma área de 600 hectares, em Puerto Iguazú, cidade vizinha a Foz do Iguaçu.

Dos 600 hectares, o governo destinou 280 para uma reserva indígena Mbya guarani onde vivem 50 famílias. Outros 320 hectares foram divididos em 45 lotes para atrair os investidores da iniciativa privada. Nesta fatia de terra há 25 projetos de hotéis de três e quatro estrelas, 10 hotéis de cinco estrelas, centros para criação de animais e cinco parques temáticos, um deles dedicado ao resgate da história das Reduções Jesuíticas - comunidades criadas para catequizar índios.

Esse parque terá hotel e um teatro com capacidade para 300 pessoas, cujo anfiteatro será ornamentado por um rio artificial propício para encenar a saga indígena. Dos 45 projetos, 15 já saíram do papel e estão em fase de construção. Três já foram inaugurados. Outros quatro empreendimentos começam a funcionar no próximo ano, incluindo o Hotel Hilton, às margens do Iguaçu. Há também estabelecimentos da bandeira Lois Suítes, Hyatt e Radisson.

Os investimentos, que passam de US$ 1 bilhão, segundo o diretor geral da Secretaria de Turismo em Puerto Iguazú, Eduardo Allou, não param por aí. Uma rede da Índia, que já tem um estabelecimento em Dubai, está negociando com o governo a construção de um hotel sete estrelas. Somam-se aos hotéis, um anfiteatro a céu aberto e um restaurante com 400 lugares, que será inaugurado ainda este mês, também à margem do Iguaçu. Com os projetos, os argentinos irão disponibilizar mais 4.500 leitos à fronteira e gerar 3.800 empregos diretos e outros 2 mil indiretos. Hoje, Puerto Iguazú comporta 7 mil leitos. Em Foz do Iguaçu, a rede hoteleira oferece 18.800 leitos.

Segundo Allou, os empreendimentos precisam respeitar rigorosamente normas ambientais.

- Nenhum prédio pode ter mais de quatro andares para não superar a altura das árvores - diz.

Em lotes de 10 hectares, a área construída não pode passar de 20%.

Do lado de cá

No lado brasileiro, a orla do Rio Paraná não tem hotéis, mas sobram mato e barracas. A única edificação marcante é o Espaço das Américas, anfiteatro público inaugurado em 1997, situado junto ao Marco das Três Fron­teiras, onde os rios Iguaçu e Para­ná se encontram. Dois clubes privados de pesca mantêm restaurantes próprios no local. Mas o fluxo de turistas na pe­­que­­na área turística ainda é tí­­mido por dois motivos: falta de atrativos e de segurança. A construção de um restaurante com vista panorâmica, prevista para o local, está parada.

A maior parte da orla, entre a região da Ponte da Amizade até o Marco das Três Fronteiras, pertence à União por estar em uma área de fronteira e atualmente é dominada por moradias irregulares. São 910 famílias que vi­­vem em cinco favelas à beira do Rio Paraná, nos limites com o Paraguai. À noite, o lugar ocupado por moradores e pescadores dá espaço para barcos que saem do Paraguai em direção ao Brasil com mercadorias e drogas. A prefeitura está pleiteando junto ao governo federal recursos para remover 100 famílias de umas das favelas, a do Bambu. Para as demais não há previsão nem dinheiro disponível, pelo menos em curto prazo.

A realidade incomoda o setor de turismo de Foz do Iguaçu, principalmente a rede hoteleira, que deve ver uma migração de turistas em direção a Puerto Iguazú.

Para o presidente do Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (Comtur), Paulo Angeli, seria possível Foz do Iguaçu alavancar o turismo a partir da construção de restaurantes, mirantes, áreas de lazer e de esportes nas proximidades dos rios Iguaçu e Paraná. No entanto, os investimentos es­­ barram na legislação.

- A barranca do Rio Paraná está ocupada pelas favelas e pela marginalidade. Entendemos que existe gente de bem lá, mas não há legislação que incentive o empresário a ter responsabilidade se ele puder investir na área - diz.

O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) Irineu Rodrigues Ribeiro diz que a Lei 4.771 de 1965 impede a construção em áreas de preservação permanente. A faixa de recuo varia conforme o tamanho dos rios. No Rio Paraná, em Foz do Iguaçu, a média é 200 metros. Caso a obra seja de utilidade pública, como é o caso do Espaço das Américas, podem ser feitas concessões após minucioso estudo para minimizar o impacto ambiental.

Culturas diferentes

O pesquisador do mestrado de História da Unioeste German Sterling diz que na Argentina já existe uma cultura que privilegia a relação entre a população e o rio. O exemplo começa em Posadas, capital do estado de Misiones, onde as margens do Rio Paraná são movimentadas pela prática de esporte, por restaurantes e por festivais, constituindo um verdadeiro dinamismo cultural.

- Os moradores de Foz estão de costas para o rio. Não há uma cultura como existe em Puerto Iguazú, onde os moradores se reúnem próximo ao rio ao entardecer e às noites - diz Sterling

Na análise dele, a revitalização ribeirinha sairia mais barata ao Brasil do que o custo social decorrente da realidade atual.

- O prejuízo social causado pelo tráfico poderia ser amenizado por uma ocupação racional, sustentável e ecológica - sugere.

No entanto, segundo Sterling, é preciso pensar em um projeto que inclua os moradores atuais da área. Para o sociólogo Afonso de Oliveira, Foz do Iguaçu sentirá um impacto no futuro.

- O que pode acontecer é o turista preferir se hospedar na Argentina e vir a Foz só para visitar as Cataratas - alerta.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Onde buscar o fósforo para adubação? Nos esgotos das cidades!

A matéria orgânica dos esgotos das cidades é rica em fósforo. Os esgotos são um problema. Precisam ser tratados antes de se lançar ao mar ou nos rios. As estações de tratamento atualmente apenas oxidam a matéria orgânica (decomposição aeróbica), liberando muito nitrogênio no ar. O Nitrogênio é outro elemento dos adubos atualmente utilizados na agricultura (NPK = Nitrogênio, Fósforo, Potássio).

Os esgotos e o lixo orgânico das cidades podem ser utilizados em biodigestores. Estes, durante a decomposição anaeróbica, FIXAM o nitrogênio em lugar de libera-lo. Além disso as bactérias anaeróbicas geram o METANO, um gás que pode ser utilizado como combustível. Este gás é muitas vezes gerado nos LIXÕES e é um dos responsáveis pela destruição da camada de OZÔNIO (O3).

Vejam artigo da Folha de São Paulo abaixo:

08/09/2009 - 09h12

Pesquisa da USP aprova uso de esgoto tratado como adubo

REINALDO JOSÉ LOPES
da Folha de S.Paulo

Irrigar plantações com esgoto tratado não só é perfeitamente seguro para vegetais e seus consumidores humanos como faz lavouras de cana, milho e tifton (gramínea usada em pastagens e para produzir feno) produzirem 30% mais.

Os resultados são de uma parceria entre a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e pesquisadores da USP de Piracicaba, que testaram o uso dos efluentes das estações de tratamento em plantações experimentais numa área de sete hectares do município de Lins, a 446 km da capital paulista.

"O aumento na produtividade se deve à própria água e aos nutrientes contidos nela, como nitrogênio e fósforo", explica Célia Regina Montes, especialista em mineralogia de solos da USP. Esses dois nutrientes são justamente os mais comuns no que sobra do tratamento do esgoto doméstico, rico em matéria orgânica, diz Luiz Paulo de Almeida Neto, superintendente da Unidade de Negócio Baixo Tietê e Grande da Sabesp.

Almeida Neto explica que as estações de tratamento mais comuns no interior paulista removem cerca de 85% da carga orgânica do esgoto. "O ideal é que os 15% que sobram voltem para o solo, até porque esses nutrientes originalmente vieram do solo por meio dos produtos de origem vegetal e animal que nós consumimos", diz.

Menos adubo

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As vantagens para os agricultores seriam consideráveis. Primeiro, eles não precisariam pagar pelo nitrogênio e fósforo dos adubos industriais --só pelo potássio, que normalmente forma uma tríade com os outros dois elementos. "Além disso, a carga orgânica também melhora a estrutura do solo e diminui a erosão", afirma ele.

Os bons resultados obtidos em Lins são similares aos que se vê em países com pouca chuva e interesse em reaproveitar o máximo de água, como Israel, Egito e Austrália, diz Montes. "No Brasil, essa técnica ainda não é utilizada pelo fato de não existir, até agora, uma legislação específica sobre o assunto", explica a pesquisadora da USP.

A ideia é que os estudos sejam utilizados como base para regulamentar a prática no Brasil. Para Montes, desde que a irrigação seja bem planejada, não há risco de contaminar o lençol freático ou os rios. "Temos muitos agricultores interessados na ideia", diz Almeida Neto.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u620734.shtml)