quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Mudança climática pode abalar paz mundial, diz documento

Mais razões para preservarmos o Ambiente da Serra:
Mudança climática pode abalar paz mundial, diz documento
da Efe, em Washington

A mudança climática não supõe apenas um risco para o meio ambiente, mas também pode representar "profundas ameaças" para "a paz e a estabilidade no planeta". As informações estão em relatório conjunto do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) e do Centro para uma Nova Segurança nos Estados Unidos (CNAS, em inglês).

Os dois centros de estudos publicaram na terça-feira (6) em suas páginas de internet o relatório intitulado "A Era das Conseqüências: a Política Externa e as Implicações na Segurança Nacional da Mudança Climática Global".

No estudo, o CSIS e o CNAS apontam as conseqüências da mudança climática sobre as relações exteriores e a segurança no mundo. Os órgãos afirmam ainda que o problema será um dos maiores desafios na área da segurança interna nos EUA.

Crise

O estudo lembra que as primeiras conseqüências da mudança climática nas relações internacionais já foram sentidas, como, por exemplo, no último dia 2 de agosto, quando dois batiscafos (pequenos submarinos) fincaram a bandeira da Rússia a mais de quatro mil metros de profundidade no Pólo Norte.

Os russos queriam demonstrar com isso que a cordilheira submarina Lomonossov faz parte da plataforma continental da Sibéria.

A área sobre a qual Moscou reivindica direitos tem uma vasta superfície e acredita-se que possua um quarto das reservas mundiais de hidrocarbonetos.

No entanto, a colocação da bandeira russa fez com que o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, fosse aos territórios de Nunavut e do Nordeste, no extremo norte do país, para reforçar a soberania do Canadá sobre as regiões do Ártico.

Tensão

A desertificação na região sudanesa de Darfur também é mencionada no estudo como responsável por um "suposto aumento das tensões".

O risco de inundações no litoral de Bangladesh representaria outro caso, pois poderia provocar o deslocamento de 30 milhões de pessoas em um país que já vive sob constantes turbulências políticas e sob ameaça do extremismo islamita.

O estudo afirma que a Índia já está construindo um muro em sua fronteira com Bangladesh.

Por último, o relatório afirma que a concessão do Prêmio Nobel da Paz deste ano ao ex-vice-presidente americano Al Gore é um "reconhecimento claro de que a mudança climática representa um risco para a paz no planeta".

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Orgão considera combate às mudanças climáticas a Terceira Guerra Mundial
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Entenda as alterações climáticas causadas pelo aquecimento global
Livro apresenta 1001 maneiras de salvar o planeta
(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u343375.shtml)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

EPAGRI PROPÕE A CRIAÇÃO DE OVELHAS LEITEIRAS COMO ALTERNATIVA DE RENDA A FAMÍLIAS RURAIS

Boa alternativa para os a região rural das cidades da serra próximas a Florianópolis...

EPAGRI PROPÕE A CRIAÇÃO DE OVELHAS LEITEIRAS COMO ALTERNATIVA DE RENDA A FAMÍLIAS RURAIS

Um projeto entre Governo do Estado de SC, por intermédio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (Epagri), produtores rurais, uma empresa de laticínios e prefeituras da região da Secretaria Regional de São Miguel do Oeste dará início a uma nova alternativa de renda às famílias rurais: produção de ovelhas leiteiras. O objetivo é de tornar a região em um pólo do ramo. O modelo foi baseado em criações européias e apresentado nesta terça-feira (30) pelo diretor-geral da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Gerson Sorgato, ao secretário regional de São Miguel do Oeste, João Carlos Grando, e conselheiros, durante reunião do Conselho do Desenvolvimento Regional de São Miguel do Oeste, no Cedup Getúlio Vargas, em São Miguel do Oeste. A criação de ovelhas leiteiras representa uma nova oportunidade aos agricultores familiares, pois é uma atividade que não requer investimentos de grande vulto e pode ser associada às atividades já existentes na propriedade, como criação de vacas leiteiras, devido à forma de pastoreio de cada um dos animais, citricultura, dentre outras. Além do leite, os animais têm potencial para produção de carne. “As ovelhas descartadas do plantel leiteiro poderão servir para produção de carne”, colocou Sorgato. As informações de Sorgato foram complementadas pelo engenheiro agrônomo da Epagri, José Milani Filho. “É uma atividade de baixo custo e que se adapta perfeitamente às condições de nossos agricultores, além do clima, solo e qualidade das pastagens”, complementou. Uma indústria de laticínios da região já se interessou pelo projeto que lhe permitirá produzir um queijo diferenciado, com maior rendimento: para fazer um quilo de queijo com leite de vaca, são gastos de nove a dez litros de leite, contra cinco a seis litros para o queijo de leite de ovelha.

de http://jornalabsoluto.com.br/ de 31/10/2007

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Muito bom! Ajuda a preservar as sementes criolas, tradicionais, contra a imposição das multinacionais das sementes geneticamente modificadas...

Muito bom! Ajuda a preservar as sementes criolas, tradicionais, contra a imposição das multinacionais das sementes geneticamente modificadas...
O pessoal das ecovilas que pratica a agricultura orgânica devia criar bancos de sementes parecidos nas diversas regiões, nos diversos microclimas...

Banco de semente salva a lavoura no Nordeste
Carolina Mandl
26/10/2007
Depois que virou banqueiro, Inácio Tota diz que deixou a pobreza para trás. "Foi o início do meu enriquecimento", afirma o agricultor de Soledade, município do semi-árido paraibano.
A sede do banco, porém, dá mostras de que "seu Tota" não preside uma instituição tradicional. É de uma sala instalada no fundo da casa do agricultor - uma pequena propriedade rural a 70 km de Campina Grande - que sai toda sua riqueza.
No lugar de um cofre com cédulas e moedas protegido por senhas e alarmes, uma portinhola se abre para várias pilhas de garrafas PET de refrigerante cheias de sementes de feijão, milho, gergelim, fava e sorgo. Trata-se de um banco de sementes comunitário.
Bastante comuns na Paraíba, onde estão em mais de 60 cidades, os bancos de sementes começam a se espalhar pelo território nordestino por meio de ações da Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA), grupo de 700 organizações da sociedade civil. Só na Paraíba, em Alagoas e no Ceará - Estados onde os bancos estão mais desenvolvidos - cerca de 13 mil famílias e 300 bancos estão envolvidos no projeto. Como acontece nas instituições financeiras, os bancos de sementes também emprestam, permitem que se invista e se guarde recursos neles. O objetivo é servir como um estoque de sementes para o pequeno agricultor do semi-árido. Em anos bons, planta-se e guarda-se no banco parte dos grãos da colheita para a próxima safra. Assim, se faltar semente - ou dinheiro para comprá-la - no próximo ano, é só ir ao banco sacar o depósito.
Quem não tem um estoque pode pegar um empréstimo. Mas, como em qualquer banco, ali também se paga juro. Quando for feita a colheita, devolve-se, além da quantidade de semente que se pegou emprestada, um pouco a mais para recompensar os associados do banco. O agricultor que tem milho, mas quer plantar fava, por exemplo, também pode trocar sua "moeda" lá.
No lugar de um cofre com cédulas e moedas protegido por senhas e alarmes, uma portinhola se abre para várias pilhas de garrafas PET de refrigerante cheias de sementes de feijão, milho, gergelim, fava e sorgo. Trata-se de um banco de sementes comunitário.
Bastante comuns na Paraíba, onde estão em mais de 60 cidades, os bancos de sementes começam a se espalhar pelo território nordestino por meio de ações da Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA), grupo de 700 organizações da sociedade civil. Só na Paraíba, em Alagoas e no Ceará - Estados onde os bancos estão mais desenvolvidos - cerca de 13 mil famílias e 300 bancos estão envolvidos no projeto.
Como acontece nas instituições financeiras, os bancos de sementes também emprestam, permitem que se invista e se guarde recursos neles. O objetivo é servir como um estoque de sementes para o pequeno agricultor do semi-árido. Em anos bons, planta-se e guarda-se no banco parte dos grãos da colheita para a próxima safra. Assim, se faltar semente - ou dinheiro para comprá-la - no próximo ano, é só ir ao banco sacar o depósito.
Quem não tem um estoque pode pegar um empréstimo. Mas, como em qualquer banco, ali também se paga juro. Quando for feita a colheita, devolve-se, além da quantidade de semente que se pegou emprestada, um pouco a mais para recompensar os associados do banco. O agricultor que tem milho, mas quer plantar fava, por exemplo, também pode trocar sua "moeda" lá.
"A guarda da semente é uma resposta à escassez. Antes, tínhamos que esperar a semente do governo. Muitas vezes, ela chegava atrasada, quando a chuva já tinha passado. Ou vinha semente de má qualidade", afirma Tota, que preside o banco de Lajedo do Timbaúba, comunidade de Soledade. O agricultor é responsável por registrar todos os depósitos, os saques e organizar as assembléias que definirão os juros e os empréstimos. "A plantação é importante em diversos aspectos da vida do agricultor. Ela garante a alimentação dele próprio e dos animais, além da receita com \n a venda dos produtos. Daí a importância de se garantir a oferta constante de sementes", afirma o agrônomo Emanoel Dias da Silva, do Patac, uma organização não-governamental que trabalha com agricultura familiar no semi-árido paraibano e que faz parte da Articulação do Semi-Árido Brasileiro.
Neste ano, o que salvou a plantação dos agricultores da comunidade Caiçara, também em Soledade, foi o banco de semente. "Como a chuva foi pouca no ano passado, quase todo mundo teve que recorrer ao banco. O problema é que também faltou água neste ano, aí ninguém lucrou para repor o estoque", conta José Maciel, presidente do banco de Caiçara e agente de saúde. A saída será pegar novos empréstimos do banco de sementes de Soledade, criado por uma lei municipal em agosto deste ano. "Foi um meio que encontramos de garantir uma reserva estratégica para os agricultores familiares", explica José Bento Leite do Nascimento, vice-prefeito e n secretário de desenvolvimento rural de Soledade, cidade com 13 mil habitantes.

"A guarda da semente é uma resposta à escassez. Antes, tínhamos que esperar a semente do governo. Muitas vezes, ela chegava atrasada, quando a chuva já tinha passado. Ou vinha semente de má qualidade", afirma Tota, que preside o banco de Lajedo do Timbaúba, comunidade de Soledade. O agricultor é responsável por registrar todos os depósitos, os saques e organizar as assembléias que definirão os juros e os empréstimos.
"A plantação é importante em diversos aspectos da vida do agricultor. Ela garante a alimentação dele próprio e dos animais, além da receita com a venda dos produtos. Daí a importância de se garantir a oferta constante de sementes", afirma o agrônomo Emanoel Dias da Silva, do Patac, uma organização não-governamental que trabalha com agricultura familiar no semi-árido paraibano e que faz parte da Articulação do Semi-Árido Brasileiro.
Neste ano, o que salvou a plantação dos agricultores da comunidade Caiçara, também em Soledade, foi o banco de semente. "Como a chuva foi pouca no ano passado, quase todo mundo teve que recorrer ao banco. O problema é que também faltou água neste ano, aí ninguém lucrou para repor o estoque", conta José Maciel, presidente do banco de Caiçara e agente de saúde.
A saída será pegar novos empréstimos do banco de sementes de Soledade, criado por uma lei municipal em agosto deste ano. "Foi um meio que encontramos de garantir uma reserva estratégica para os agricultores familiares", explica José Bento Leite do Nascimento, vice-prefeito e secretário de desenvolvimento rural de Soledade, cidade com 13 mil habitantes.
Mas, além de garantir um estoque, os agricultores querem com os bancos resguardar as sementes locais. "Se não preservarmos nossas sementes, virão n outras de diversas partes do país, que não estão acostumadas ao semi-árido", avalia o agricultor de Soledade Antônio José Borges Ramos. É comum entre quem planta o discurso de que as sementes nativas vingam mais do que as compradas e precisam de menos defensivos agrícolas. Muitas sementes são guardadas pelos agricultores há diversas gerações de uma mesma família. No entanto, por trás da sabedoria popular está uma explicação mais científica. "Em termos de genética faz todo sentido dizer que as sementes nativas são mais adaptadas ao semi-árido. Elas passaram por toda uma interação genética para criar resistência ao ambiente", afirma Ciro Scaranari, que é engenheiro agrônomo da Embrapa Transferência de Tecnologia. No ano passado, os bancos de sementes começaram a ser apoiados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Para incentivar a formação dos bancos, compramos sementes dos agricultores e doamos para novos se formarem", explica Valéria Fernandes, gerente de projetos da Conab. A experiência abrangeu 300 famílias em Alagoas, que receberam cerca de 35 quilos de sementes cada. O projeto é espalhar a experiência por todo o n semi-árido, transformando outros agricultores em banqueiros enriquecidos como o "seu Tota".

Mas, além de garantir um estoque, os agricultores querem com os bancos resguardar as sementes locais. "Se não preservarmos nossas sementes, virão outras de diversas partes do país, que não estão acostumadas ao semi-árido", avalia o agricultor de Soledade Antônio José Borges Ramos.
É comum entre quem planta o discurso de que as sementes nativas vingam mais do que as compradas e precisam de menos defensivos agrícolas. Muitas sementes são guardadas pelos agricultores há diversas gerações de uma mesma família.
No entanto, por trás da sabedoria popular está uma explicação mais científica. "Em termos de genética faz todo sentido dizer que as sementes nativas são mais adaptadas ao semi-árido. Elas passaram por toda uma interação genética para criar resistência ao ambiente", afirma Ciro Scaranari, que é engenheiro agrônomo da Embrapa Transferência de Tecnologia.
No ano passado, os bancos de sementes começaram a ser apoiados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Para incentivar a formação dos bancos, compramos sementes dos agricultores e doamos para novos se formarem", explica Valéria Fernandes, gerente de projetos da Conab.
A experiência abrangeu 300 famílias em Alagoas, que receberam cerca de 35 quilos de sementes cada. O projeto é espalhar a experiência por todo o semi-árido, transformando outros agricultores em banqueiros enriquecidos como o "seu Tota".

de http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/agronegocios/179/Banco+de+semente+salva+a+lavoura+no+Nordeste,072610,,179,4606100.html

Uma força para nós usarmos mais orgânicos. E mais uma força para o pessoal da Agreco, que cultiva orgânicos na Serra Geral, em Anitápolis, Santa Rosa

Uma força para nós usarmos mais orgânicos. E mais uma força para o pessoal da Agreco, que cultiva orgânicos na Serra Geral, em Anitápolis, Santa Rosa de Lima e arredores:

Alimento orgânico "é melhor" para saúde, indica pesquisa
da BBC Brasil
Alguns tipos de alimentos orgânicos são melhores para a saúde do que os convencionais, de acordo com os resultados preliminares de um estudo financiado pela União Européia.
A pesquisa da Newcastle University, na Grã-Bretanha, vem sendo conduzida há três anos e deve ser concluída em 2008.
O estudo indica que legumes e frutas orgânicos contêm até 40% mais antioxidantes do que seus equivalentes não-orgânicos.
O leite orgânico pode conter entre 50% e 80% mais antioxidantes (substâncias que, acredita-se, ajudam a combater câncer e problemas cardíacos) do que o leite normal.
Os resultados também sugerem que os orgânicos contêm menos ácidos graxos trans, considerados nocivos à saúde. Os pesquisadores admitiram, no entanto, que ainda não conseguem explicar as causas dessa diferença.
"Os primeiros resultados mostram variações significativas na quantidade de antioxidantes presentes em frutas e legumes orgânicos em comparação com variedades não-orgânicas", disse o responsável pelo estudo, Carlo Leifert.
"O projeto ainda está em andamento e, embora tenhamos alguns resultados encorajadores, ainda há muito trabalho a ser feito", acrescentou.
Nutrientes
Os resultados do estudo contrariam a opinião de especialistas que dizem que não há evidência de que o alimento orgânico seja melhor para a saúde.
Os cientistas analisaram frutas, legumes e rebanhos orgânicos e não-orgânicos cultivados ou criados lado a lado em vários pontos da Europa, inclusive em uma fazenda próxima à universidade.
Trigo, tomate, batata, repolho, cebola e alface orgânicos contêm entre 20 e 40% mais nutrientes do que seus equivalentes não-orgânicos, de acordo com a pesquisa.
Leifert diz que os especialistas estão agora tentando entender o que causa as diferenças entre o alimento orgânico e o convencional. Ou seja, os pesquisadores querem saber o que, na agricultura orgânica, dá um conteúdo nutricional maior e menos substâncias indesejadas ao alimento. O pesquisador afirma esperar que o estudo ajude os fazendeiros que optam pelos produtos orgânicos a melhorar a qualidade de seus alimentos. Os resultados finais devem ser publicados dentro de até 12 meses. A FSA, a entidade britânica que oferece informações e aconselhamento sobre alimentos, diz que ainda não há evidências científicas de que os alimentos orgânicos sejam mais seguros ou contenham mais nutrientes do que os convencionais.
Leifert diz que os especialistas estão agora tentando entender o que causa as diferenças entre o alimento orgânico e o convencional.
Ou seja, os pesquisadores querem saber o que, na agricultura orgânica, dá um conteúdo nutricional maior e menos substâncias indesejadas ao alimento.
O pesquisador afirma esperar que o estudo ajude os fazendeiros que optam pelos produtos orgânicos a melhorar a qualidade de seus alimentos. Os resultados finais devem ser publicados dentro de até 12 meses.
A FSA, a entidade britânica que oferece informações e aconselhamento sobre alimentos, diz que ainda não há evidências científicas de que os alimentos orgânicos sejam mais seguros ou contenham mais nutrientes do que os convencionais.
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(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u340996.shtml)

Fogo na Califórnia pode ter conseqüências graves para o ambiente

Mais um fato que gera "conseqüências graves para o ambiente"... :-(
E o fogo das queimadas aqui no Brasil? Não gera?

Fogo na Califórnia pode ter conseqüências graves para o ambiente
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KERRY SHERIDAN
da France Presse, em San Diego

Os bombeiros que lutam contra as chamas que arrasaram a Califórnia durante a última semana se viram favorecidos neste domingo por melhores condições climáticas, mas a catástrofe deixou uma paisagem de cinzas e espessas nuvens de fumaça tóxica.

Temperaturas mais baixas, ventos mais calmos e uma chuvinha discreta permitiram aos bombeiros conter a maioria dos 23 incêndios ocorridos desde domingo passado, e provocaram sete mortes, destruíram 1.800 casas e obrigaram à evacuação de quase 700 mil pessoas.

Os bombeiros informaram que três grandes incêndios estarão sob controle nos próximos dez dias no estado mais povoado da costa oeste dos Estados Unidos.

Mas a autoridades advertiram para as nefastas conseqüências dos incêndios.

Em sete dias, os incêndios emitiram para a atmosfera o equivalente a gases de efeito estufa emitidos em um ano por 440 mil veículos.

Patricia Rey, porta-voz da Agência de Proteção ao Meio Ambiente, anunciou que as autoridades solicitavam às pessoas nas zonas afetadas pelo fogo para que ficassem dentro de casa.

"Aos grupos mais sensíveis, queremos mantê-los dentro de suas casas, orientando-os para que evitem a prática prolongada de exercícios. Se puderem realizar suas atividades em locais fechados seria ainda melhor. Dizemos também para que liguem o ar condicionado ao invés de abrir as janelas", enumerou.

A presença de pequenas partículas no ar é muito perigosa. As autoridades também aconselharam prudência na hora de retirar as cinzas que se acumularam em alguns lugares devido à irritação que pode provocar na pele, no nariz e na garganta.

Mas o conjunto das conseqüências dos incêndios no ambiente só será conhecido depois de muito tempo.

"Os dejetos, as cinzas, os materiais tóxicos não são bons para o meio ambiente", afirmou Bill Rukeyser do departamento de controle da qualidade da água da Califórnia.

As chuvas deverão limpar as toxinas deixadas em terras, mas as levarão para rios e oceanos, explicou.

Além disso, espécies de flora e fauna poderão desaparecer por causa do fogo. Cerca de 200 mil hectares foram queimados e outras 20.600 casas continuam ameaçadas.

Com a ajuda de aviões-tanque, os bombeiros californianos continuavam neste domingo com sua luta contra o fogo, com o apoio de colegas chegados do México.

Mas os serviços de meteorologia advertiram que as condições climáticas, que melhoraram neste fim de semana, podem piorar durante os próximos dias, com rajadas de vento quente e seco que atiçarão as chamas.

Alguns incêndios podem ter sido provocados por postes jogados ao solo pelo vento, mas alguns focos, como os de Orange County, foram atribuídos a piromaníacos.

O governador Arnold Schwarzenegger advertiu que as autoridades serão implacáveis.

"Se eu fosse a pessoa que provocou o fogo, não dormiria tranqüilo", afirmou.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite o endereço wap.folha.com.br

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Chamas ainda ameaçam 22 mil casas na Califórnia
Suspeito nega que tenha causado incêndios na Califórnia
de http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u340557.shtml

O biogás sim, é um biocombustível legal... A Dinamarca está certa!

Aqui no Brasil poderíamos resolver dois problemas: a poluição dos rios e mares próximos às cidades e ao mesmo tempo gerar energia!

Dinamarca inaugura usina de biogás
da Efe, em Copenhague

A ministra de Agricultura, Pesca e Alimentação dinamarquesa, Eva Kjær Hansen, inaugurou na terça-feira (30) a usina experimental de biogás (combustível produzido a partir de resíduos orgânicos) do Centro de Pesquisa de Foulum, na península da Jutlândia.

A usina, que possui quatro reatores, tratará 29.000 toneladas de adubo líquido e 2.000 toneladas de biomassa para produzir cerca de 850.000 metros cúbicos de gás ao ano. O combustível será utilizado para fornecer calefação e energia elétrica, informou o Ministério da Agricultura.

A produção equivalerá ao consumo de eletricidade de 800 casas e ao uso de calefação em 200 lares.

As instalações estarão à disposição de pesquisadores, estudantes e empresas.

O objetivo do projeto, que começou em 2002, é melhorar o aproveitamento do biogás e os efeitos da produção no ambiente e no clima, assim como reduzir a emissão de gases poluentes.

de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u341305.shtml

sábado, 20 de outubro de 2007

Herbicidas: Quem sabe me responder sobre...

...os efeitos a longo prazo no meio-ambiente?
Depois de quanto tempo se decompõe? Qual seu efeito sobre as algas, o plancton?

Vejam a notícia abaixo (de http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u338277.shtml):
Cientistas avisam que oceanos estão absorvendo menos CO2
da Efe, em Londres
A quantidade de dióxido de carbono que os oceanos absorvem vem diminuindo sensivelmente nos últimos 10 anos, o que pode acelerar o efeito estufa, segundo um estudo da Universidade de Ânglia Oriental (Inglaterra).
Os pesquisadores analisaram a absorção de CO2, gás que contribui para o aquecimento do planeta. Eles analisaram 90 mil medições feitas em navios mercantes no Atlântico Norte, entre meados dos anos 90 e 2005.
Os dados mostram uma redução pela metade do CO2 absorvido pela massa oceânica.
Segundo os autores do estudo, publicado no "Journal of Geographysical Research", os resultados são ao mesmo tempo surpreendentes e inquietantes. Eles indicam que com o tempo o oceano pode ficar saturado com as emissões de CO2, produto da atividade humana.
Os pesquisadores não puderam estabelecer por enquanto se a menor absorção de CO2 pelos oceanos é conseqüência direta da mudança climática ou um fenômeno natural.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

do Jornal Absoluto de 17/10/2007 (http://jornalabsoluto.com.br/)

E o esgoto das casas nas cidades da Serra, para onde vai???

do Jornal Absoluto de 17/10/2007 (http://jornalabsoluto.com.br/)

SECRETÁRIO APRESENTA DIAGNÓSTICO DOS RECURSOS HÍDRICOS CATARINENSES
O secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável de SC, Jean Kuhlmann apresentou à imprensa na manhã de ontem, em Florianópolis, o resultado de um diagnóstico dos recursos hídricos catarinenses, elaborado para a construção do Plano Estadual de Recursos Hídricos – o Perh/SC. "Pela primeira vez Santa Catarina, através do Perh/SC, está desenvolvendo uma ação geral para a preservação dos recursos hídricos, e reversão do quadro atual, que já apresenta problemas com a qualidade da água", afirmou o secretário. Conforme o diagnóstico, no que se refere à qualidade das águas dos rios catarinenses, a situação é preocupante, pois mesmo em anos considerados normais, várias regiões do Estado apresentam cursos de água com a qualidade comprometida, principalmente no Sul e no Oeste. Na bacia do rio Tubarão a baixa qualidade da água é conseqüência da mineração de carvão; do lançamento de dejetos oriundos da suinocultura; e do lançamento de esgotos domésticos sem tratamento. A região oeste do Estado, que engloba as bacias dos rios do Peixe, Irani, Chapecó, Antas e de Peperi-Guaçu é que apresenta a situação mais crítica, em termos de qualidade da água. Nestas bacias, o lançamento de esgotos domésticos, sem tratamento; e os dejetos oriundos da criação de suínos são os principais responsáveis pela baixa qualidade das águas dos rios e arroios.
\u003cbr\>Referente à possibilidade de falta de \n água, segundo os dados apresentados, ao comparar a quantidade de água \n disponível nos rios e os volumes de água que atualmente são retirados para \n os diversos usos (abastecimento humano, irrigação, indústria e \n dessedentação animal) ainda há uma situação de relativo conforto na maior \n parte do Estado, em anos em que as chuvas ocorrem dentro da normalidade. \n Apenas na Região Sul do Estado, na bacia do rio Araranguá e do rio Tubarão \n existe escassez de água devido ao intenso uso para irrigação nos meses de \n setembro a janeiro. "Nestas áreas já existem conflitos de uso da água, \n mesmo em anos considerados normais em termos de precipitação. Da mesma \n forma, esse problema ocorre na bacia do rio Camboriú na alta estação, \n devido ao aumento da população", explicou Kuhlmann. \u003cbr\>\u003cbr\>"Em termos \n médios, a disponibilidade de água do Estado, em todas as bacias \n hidrográficas, é suficiente para atender aos atuais usos. No entanto, são \n freqüentes os períodos em que a disponibilidade de água existente nos \n mananciais se mostra insuficiente para atender, com um razoável nível de \n garantia, os vários usos da água. Tais situações, decorrentes de variações \n meteorológicas, se mostram de forma mais intensa nos períodos de verão, \n gerando prejuízos sociais e econômicos", destacou. O diagnóstico \n representa uma das etapas do Perh/SC e será apresentado para a sociedade, \n a partir do dia (23/10), numa série de Encontros Preparatórios, a serem \n realizados nas dez Regiões Hidrográficas do Estado. "O objetivo é que a \n sociedade conheça o diagnóstico de sua região; valide essas informações, \n numa discussão conjunta com o governo; e ajude na construção de propostas \n e estratégias para reverter o atual quadro hídrico catarinense, expondo o \n que ela deseja para o futuro de suas águas", disse o secretário. O \n objetivo principal do Perh/SC, que está sendo construído pela Secretaria \n de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, através da empresa \n Magna Engenharia Ltda, com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente, é \n dotar Santa Catarina de um planejamento estratégico de curto, médio e \n longo prazo, para o uso, conservação e controle das águas do Estado. \n Maiores informações estão disponíveis no site ",1]
Referente à possibilidade de falta de água, segundo os dados apresentados, ao comparar a quantidade de água disponível nos rios e os volumes de água que atualmente são retirados para os diversos usos (abastecimento humano, irrigação, indústria e dessedentação animal) ainda há uma situação de relativo conforto na maior parte do Estado, em anos em que as chuvas ocorrem dentro da normalidade. Apenas na Região Sul do Estado, na bacia do rio Araranguá e do rio Tubarão existe escassez de água devido ao intenso uso para irrigação nos meses de setembro a janeiro. "Nestas áreas já existem conflitos de uso da água, mesmo em anos considerados normais em termos de precipitação. Da mesma forma, esse problema ocorre na bacia do rio Camboriú na alta estação, devido ao aumento da população", explicou Kuhlmann. "Em termos médios, a disponibilidade de água do Estado, em todas as bacias hidrográficas, é suficiente para atender aos atuais usos. No entanto, são freqüentes os períodos em que a disponibilidade de água existente nos mananciais se mostra insuficiente para atender, com um razoável nível de garantia, os vários usos da água. Tais situações, decorrentes de variações meteorológicas, se mostram de forma mais intensa nos períodos de verão, gerando prejuízos sociais e econômicos", destacou. O diagnóstico representa uma das etapas do Perh/SC e será apresentado para a sociedade, a partir do dia (23/10), numa série de Encontros Preparatórios, a serem realizados nas dez Regiões Hidrográficas do Estado. "O objetivo é que a sociedade conheça o diagnóstico de sua região; valide essas informações, numa discussão conjunta com o governo; e ajude na construção de propostas e estratégias para reverter o atual quadro hídrico catarinense, expondo o que ela deseja para o futuro de suas águas", disse o secretário. O objetivo principal do Perh/SC, que está sendo construído pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, através da empresa Magna Engenharia Ltda, com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente, é dotar Santa Catarina de um planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo, para o uso, conservação e controle das águas do Estado. Maiores informações estão disponíveis no site
www.aguas.sc.gov.br Por Soledad Urrutia. REDAÇÃO: Sugerimos ao internauta que agora acesse, - se for assinante – e vote na Enquête que entrou no ar nesta edição com o seguinte tema: Diante da cada vez mais escassa água própria para consumo, devido à ação do homem sobre as nascentes e vale dos mananciais, você se mantém:
Indiferente;
Indignado;
Preocupado;
Denúncia os poluidores;
É um dos poluidores...

AGRICULTURA DIANTE DA GRAVE ESCASSEZ DE FOSFATO

Anitápolis que se cuide...

AGRICULTURA DIANTE DA GRAVE ESCASSEZ DE FOSFATO
do Jornal absoluto de 17/10/2007 (http://jornalabsoluto.com.br/)
As reservas mundiais de fósforo, imprescindível para os cultivos, podem se esgotar nos próximos 60 a cem anos, alertam especialistas. O escasso fosfato, um fertilizante indispensável para a agricultura, preocupa os especialistas em solo, diante dos vorazes planos do Brasil e de muitos outros países na corrida pelos biocombustíveis. Sal do ácido fosfórico, o fosfato é um composto químico formado por fósforo e oxigênio. O fósforo é um mineral “finito e insubstituível”, cujas reservas conhecidas e de exploração economicamente viável podem se esgotar em prazo de 60 a cem anos, se for mantido o ritmo atual de crescimento do seu consumo mundial, disse ao Terramérica Eurípedes Malavolta, agrônomo e pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Universidade de São Paulo (USP). “Sem fósforo não haverá agricultura, nem biocombustível, nem vida. A humanidade acabará”, enfatizou Malavolta. Outros minerais, como nitrogênio, potássio, cobalto, magnésio e molibdênio, também são indispensáveis, mas têm fontes menos limitadas e, fora os dois primeiros, são de baixo consumo. “O fosfato corre o risco de esgotar-se antes do petróleo”, corroborou José Oswaldo Siqueira, professor de Microbiologia do Solo na Universidade Federal de Lavras, em um encontro sobre Bioenergia realizado no dia 26 de setembro, em São Paulo. Uma forte expansão da agricultura com fins energéticos aceleraria esse esgotamento, o que é um dado a ser considerado “em uma visão estratégica”, disse ao Terramérica.
\u003cbr\>Denominar como \n “renováveis” os biocombustiveis – etanol e biodiesel destilados da \n cana-de-açúcar, do milho e de diversas oleaginosas – não deve nos fazer \n ignorar que alguns fatores de produção agrícola, como solo e nutrientes \n minerais, não são infinitos, destacou Siqueira, diretor de Programas \n Temáticos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e \n Tecnológico. A Austrália não se interessa em incentivar a agroenergia por \n causa de suas limitações hídricas, acrescentou. Sem uma “pouco provável” \n descoberta de novas e grandes jazidas, as reservas atuais de fosfato \n durarão apenas até meados deste século, disse ao Terramérica Jean Marc von \n der Weid, coordenador de Políticas Públicas da não-governamental \n Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa, que defende a \n agroecologia.\u003cbr\>\u003cbr\>As técnicas agroecológicas reduzem muito a perda de \n fertilizantes, promovendo a recuperação do que resta nos dejetos vegetais, \n afirma Weid. Além disso, pode-se priorizar espécies e variedades mais \n adaptáveis a solos pobres em fósforo, acrescentou. “Sou uma voz clamando \n no deserto, como São João Batista”, queixa-se Malavolta, durante muito \n tempo uma voz solitária no Brasil, alertando para a importância de um uso \n mais eficiente do fosfato. Melhorando a terra ácida com a cal “pode-se \n usar um terço do fosfato que empregamos hoje”, acrescenta. E o Brasil tem \n um solo muito ácido e pobre em fósforo, ressalta. A modificação genética \n para desenvolver variedades que requerem menos fertilizantes é outro \n caminho que já se percorre. “Nenhuma mágica da engenharia genética \n produzirá uma espécie que não precise de fosfato”, mas chegará a uma que o \n consuma em menor quantidade, disse Malavolta. O problema no Brasil é que \n não são usadas tecnologias disponíveis para utilizar melhor o \n fertilizante, como análise de solo e de plantas, e acaba-se aplicando mais \n do que o necessário, desperdiçando um bem que “é impossível fazer durar \n indefinidamente”, lamentou o especialista.",1]
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Denominar como “renováveis” os biocombustiveis – etanol e biodiesel destilados da cana-de-açúcar, do milho e de diversas oleaginosas – não deve nos fazer ignorar que alguns fatores de produção agrícola, como solo e nutrientes minerais, não são infinitos, destacou Siqueira, diretor de Programas Temáticos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A Austrália não se interessa em incentivar a agroenergia por causa de suas limitações hídricas, acrescentou. Sem uma “pouco provável” descoberta de novas e grandes jazidas, as reservas atuais de fosfato durarão apenas até meados deste século, disse ao Terramérica Jean Marc von der Weid, coordenador de Políticas Públicas da não-governamental Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa, que defende a agroecologia.As técnicas agroecológicas reduzem muito a perda de fertilizantes, promovendo a recuperação do que resta nos dejetos vegetais, afirma Weid. Além disso, pode-se priorizar espécies e variedades mais adaptáveis a solos pobres em fósforo, acrescentou. “Sou uma voz clamando no deserto, como São João Batista”, queixa-se Malavolta, durante muito tempo uma voz solitária no Brasil, alertando para a importância de um uso mais eficiente do fosfato. Melhorando a terra ácida com a cal “pode-se usar um terço do fosfato que empregamos hoje”, acrescenta. E o Brasil tem um solo muito ácido e pobre em fósforo, ressalta. A modificação genética para desenvolver variedades que requerem menos fertilizantes é outro caminho que já se percorre. “Nenhuma mágica da engenharia genética produzirá uma espécie que não precise de fosfato”, mas chegará a uma que o consuma em menor quantidade, disse Malavolta. O problema no Brasil é que não são usadas tecnologias disponíveis para utilizar melhor o fertilizante, como análise de solo e de plantas, e acaba-se aplicando mais do que o necessário, desperdiçando um bem que “é impossível fazer durar indefinidamente”, lamentou o especialista.
\u003cbr\>O excesso de fosfato na \n plantação faz com que apenas 30% sejam absorvidos pelas plantas e reduz a \n produtividade, disse Siqueira. A maior parte fica no solo. Outra parte, \n com a erosão, contamina águas e faz proliferar vegetações aquáticas, \n prejudiciais para a saúde humana. A absorção de 30% ocorre na primeira \n semeadura, mas as seguintes podem aproveitar boa parte do fosfato retido \n no solo. Porém, por desconhecimento, os agricultores aplicam fosfato a \n cada ano, gerando desperdício e danos ao cultivo, explica Malavolta. A \n semeadura direta, que deixa na terra os resíduos da colheita, fertilizando \n e retendo umidade no solo, é outra forma de reaproveitar o fósforo, diz \n Malavolta. Reciclar lixo e esgoto para recuperar o fosfato é outra medida \n fundamental para prolongar as reservas existentes, concordam este \n especialista e Von der Weid. Nos dejetos se perde muitos nutrientes, \n inclusive porque uma pessoa adulta não precisa da mesma quantidade que uma \n criança. Outra complicação mencionada por Malavolta é a concentração das \n jazidas nos países do norte da África, especialmente no Marrocos, que \n possui cerca de 42% das reservas mundiais, incluindo o Saara Ocidental, um \n território que luta por sua independência. A China, com 26%, e os Estados \n Unidos, com 8%, são outros privilegiados, mas também consomem muito e não \n podem exportar tanto quanto o Marrocos. Se os países árabes perderem a \n força que exercem no mercado do petróleo, a terão no do fosfato, que \n também ficará escasso e caro, prevê o especialista. Não me surpreenderia \n se surgisse uma organização de países exportadores de fosfato, brincou \n Malavolta. O Brasil, com apenas 0,4% das reservas mundiais, depende das \n importações. Seus maiores fornecedores são Estados Unidos, Rússia e \n Marrocos. Por Mario Osava - correspondente da \n IPS.\u003c/span\>\u003c/div\>\u003c/td\>\u003c/tr\>\u003c/tbody\>\u003c/table\>\u003c/div\>\u003c/div\>\n",0]
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O excesso de fosfato na plantação faz com que apenas 30% sejam absorvidos pelas plantas e reduz a produtividade, disse Siqueira. A maior parte fica no solo. Outra parte, com a erosão, contamina águas e faz proliferar vegetações aquáticas, prejudiciais para a saúde humana. A absorção de 30% ocorre na primeira semeadura, mas as seguintes podem aproveitar boa parte do fosfato retido no solo. Porém, por desconhecimento, os agricultores aplicam fosfato a cada ano, gerando desperdício e danos ao cultivo, explica Malavolta. A semeadura direta, que deixa na terra os resíduos da colheita, fertilizando e retendo umidade no solo, é outra forma de reaproveitar o fósforo, diz Malavolta. Reciclar lixo e esgoto para recuperar o fosfato é outra medida fundamental para prolongar as reservas existentes, concordam este especialista e Von der Weid. Nos dejetos se perde muitos nutrientes, inclusive porque uma pessoa adulta não precisa da mesma quantidade que uma criança. Outra complicação mencionada por Malavolta é a concentração das jazidas nos países do norte da África, especialmente no Marrocos, que possui cerca de 42% das reservas mundiais, incluindo o Saara Ocidental, um território que luta por sua independência. A China, com 26%, e os Estados Unidos, com 8%, são outros privilegiados, mas também consomem muito e não podem exportar tanto quanto o Marrocos. Se os países árabes perderem a força que exercem no mercado do petróleo, a terão no do fosfato, que também ficará escasso e caro, prevê o especialista. Não me surpreenderia se surgisse uma organização de países exportadores de fosfato, brincou Malavolta. O Brasil, com apenas 0,4% das reservas mundiais, depende das importações. Seus maiores fornecedores são Estados Unidos, Rússia e Marrocos. Por Mario Osava - correspondente da IPS.

EFEITO ESTUFA ATINGIU NÍVEL SÓ ESPERADO DAQUI A 10 ANOS

do Jornal absoluto de 17/10/2007 (http://jornalabsoluto.com.br/)

EFEITO ESTUFA ATINGIU NÍVEL SÓ ESPERADO DAQUI A 10 ANOS
O boom da economia global levou a emissão de gases do efeito estufa a um perigoso patamar que só era esperado dentro de uma década e que poderá gerar danos climáticos potencialmente irreversíveis, afirmou um dos maiores cientistas da Austrália. Tim Flannery, um especialista em questões climáticas reconhecido mundialmente e vencedor do Prêmio Australiano do Ano em 2007, afirmou que o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas a ser divulgado em novembro mostrará que os gases do efeito estufa já atingiram níveis perigosos. Segundo Flannery, o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) mostrará que os gases do efeito estufa presentes na atmosfera na metade de 2005 haviam atingido uma concentração de cerca de 455 partes por milhão de dióxido de carbono equivalente -- um cenário previsto para instalar-se daqui a 10 anos. "Acreditamos que chegaríamos a esse limiar em cerca de uma década", disse Flannery a canais de TV australianos na noite de segunda-feira. "Segundo o relatório, a quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera já está acima do limite e já há a possibilidade de haver mudanças climáticas perigosas." Flannery, da Universidade Macquarie, disse ter visto os dados que integrarão o documento do IPCC. O cientista afirmou que a expansão da economia global, com destaque para a China e a Índia, é um fator de peso por detrás da inesperada aceleração dos níveis de concentração dos gases do efeito estufa. Representantes de todo o mundo reúnem-se em dezembro, em Bali (Indonésia), a fim de dar início a negociações sobre um acordo capaz de substituir o Protocolo de Kyoto, que fixa limites compulsórios de emissão e que deixa de vigorar em 2012. Por Michael Perry.

Greenpeace: ativistas impedidos de deixar Ibama

Madeireiros, assassinos de árvores. Ganham a vida com isso. Ganham dinheiro matando árvores. Vão procurar outra coisa para fazer!
(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u337297.shtml)

Ativistas do Greenpeace são impedidos de deixar sede do Ibama no Pará
da Folha Online

Sete ativistas do Greenpeace estão sendo impedidos de sair de uma base do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Castelo dos Sonhos (oeste do Pará) por cerca de 300 madeireiros. O grupo tenta transportar uma tora de castanheira queimada até São Paulo.

Rodrigo Baleia/Divulgação

Soldados fazem a segurança de ativistas do Greenpeace no Pará
O grupo conseguiu a liberação do órgão para transportar a tora da castanheira (Bertholletia excelsa), que é protegida por lei federal e não pode ser derrubada ou queimada.

De acordo com o Greenpeace, o tora foi queimada dentro de uma área pública em Castelo dos Sonhos. Os madeireiros ameaçam queimar o caminhão do grupo, que impedido de deixar o local desde às 14h. Doze soldados do Exército, dois policiais civis e 4 PMs estão no local fazendo a segurança.

A tora seria transportada até São Paulo como parte de uma mostra intinerante que o Greenpeace faz para mostrar para a população do Sudeste a realidade do desmatamento da floresta amazônica.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

POR TRÁS DA CONSERVAÇÃO ESTÃO AS PESSOAS

do Jornal Absoluto:
ÁREAS PROTEGIDAS: POR TRÁS DA CONSERVAÇÃO ESTÃO AS PESSOAS.


Com uma declaração de forte cunho social e contendo críticas ao modelo de desenvolvimento por ser insustentável, cientistas, ambientalistas, indígenas e funcionários de áreas protegidas encerraram no sábado, na Argentina, o II Congresso Latino-americano de Parques Nacionais e Outras Áreas Protegidas. Mais de 2200 representantes da região estiveram reunidos desde 30 de setembro em San Carlos de Bariloche, 1.600 quilômetros a sudoeste de Buenos Aires, para concluir, entre outros pontos, que “as áreas protegidas são espaços estratégicos” para os países, “indispensáveis” para seu desenvolvimento e o bem-estar de seus povos.
Ao contrário do primeiro congresso, realizado na cidade colombiana de Santa Marta há 10 anos, a Declaração de Bariloche tem um profundo conteúdo social. Reconhece a liderança mundial da região, não apenas em biodiversidade, mas na participação de comunidades locais e povos indígenas na gestão dos parques. O documento exorta os Estados a tornarem efetiva a implementação dos direitos dos povos originários sobre seus territórios, na maioria declarados áreas protegidas, e a administrá-los assegurando sua “plena e efetiva participação na tomada de decisões para o manejo e a proteção” da natureza. A reunião foi convocada, entre outros, por União Mundial para a Natureza (UICN), Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, e Redparques (Rede Latino-americana de Parques Nacionais, Outras Áreas protegidas, Flora e Fauna silvestres). Após uma semana de conferencias, simpósios e cerca de 70 oficinas, um grupo procedente de diversos setores chegou a um consenso quanto à redação da declaração final. Outro documento, de conclusões e recomendações, surgiu das contribuições de todas as oficinas realizadas durante o encontro.
\n \u003cp\>Em entrevista à IPS, o mexicano Enkerlin Heflich, coordenador \n latino-americano da Redparques, disse que neste congresso “foi referendada \n uma visão humanista e pragmática da conservação, que reconhece que em \n muitas áreas protegidas os habitantes são parte da equação e é preciso \n trabalhar com eles”. Heflitch disse, ainda, que “também superamos a idéia \n de que apenas o Estado administra os parques, e entendeu-se que o Estado \n tutela e aglutina um setor mais amplo”, que inclui a sociedade civil. De \n todo modo, admitiu que “será um desafio para a próxima década” conseguir \n que a preservação das zonas sob proteção seja política dos governos. Na \n Costa Rica, a questão ambiental está incorporada nas políticas públicas, \n mas no resto da região há muito atraso, acrescentou Heflitch. “Depende \n muito das políticas do grupo no poder, e gostaríamos transcender isso para \n ter um horizonte de maior estabilidade”, afirmou. A declaração final do \n encontro também contém críticas ao modelo de desenvolvimento econômico, \n embora com menos ênfase do que se prenunciava na abertura e em alguns \n simpósios. “A exploração mineira e de hidrocarbonos” em áreas protegidas \n “é contrária aos objetivos de conservação da biodiversidade”, ressalta o \n texto.\u003c/p\>\n \u003cp\>A declaração também questiona “o desenvolvimento descontrolado” de \n megaprojetos de infra-estrutura que atravessam áreas de conservação, a \n extensão da monocultura, os plantios para biocombustíveis e a \n superexploraçao de recursos pesqueiros, que afetam os serviços ambientais \n proporcionados por essas áreas. Neste sentido, Enkerlin disse que desde a \n Cúpula de Desenvolvimento Sustentável de Johannesburgo (África do Sul) em \n 2002 “se perdeu o foco sobre a sustentabilidade do desenvolvimento. É um \n desafio que devemos reverter rapidamente”, ressaltou. Segundo Enkerlin \n disse que entre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, aprovados em \n 2000 na Organização das Nações Unidas, deu-se prioridade ao combate da \n pobreza, e o que propõe alcançar o desenvolvimento sustentável é a sétima \n meta, e para muitos governos a sétima prioridade, em lugar de ser o \n guarda-chuva no qual estão contidos todos os demais. “Se os ODM não forem \n constituídos sobre uma base de sustentabilidade ambiental, serão uma \n ilusão, porque iremos nos aproximando das metas e quando as alcançarmos \n desaparecerão por falta de sustentação”, alertou. Quanto aos desafios para \n os parques nacionais, Enkrelin destacou que houve “avanços significativos” \n desde o primeiro congresso, sobretudo no aumento da superfície protegida, \n que duplicou em toda a região. Mas, considerou que esses êxitos são ainda \n “insuficientes” para alcançar os objetivos. Como exemplo, disse que o \n México aumentou seu orçamento para o setor nos últimos 13 anos \n consecutivos, e mesmo assim ainda não chega aos US$ 5 por hectare, \n alcançados pela Costa Rica, líder neste tipo de investimento. De todo \n modo, comparativamente, a Espanha investe US$ 20 por hectare, disse.",1]
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Em entrevista à IPS, o mexicano Enkerlin Heflich, coordenador latino-americano da Redparques, disse que neste congresso “foi referendada uma visão humanista e pragmática da conservação, que reconhece que em muitas áreas protegidas os habitantes são parte da equação e é preciso trabalhar com eles”. Heflitch disse, ainda, que “também superamos a idéia de que apenas o Estado administra os parques, e entendeu-se que o Estado tutela e aglutina um setor mais amplo”, que inclui a sociedade civil. De todo modo, admitiu que “será um desafio para a próxima década” conseguir que a preservação das zonas sob proteção seja política dos governos. Na Costa Rica, a questão ambiental está incorporada nas políticas públicas, mas no resto da região há muito atraso, acrescentou Heflitch. “Depende muito das políticas do grupo no poder, e gostaríamos transcender isso para ter um horizonte de maior estabilidade”, afirmou. A declaração final do encontro também contém críticas ao modelo de desenvolvimento econômico, embora com menos ênfase do que se prenunciava na abertura e em alguns simpósios. “A exploração mineira e de hidrocarbonos” em áreas protegidas “é contrária aos objetivos de conservação da biodiversidade”, ressalta o texto.
A declaração também questiona “o desenvolvimento descontrolado” de megaprojetos de infra-estrutura que atravessam áreas de conservação, a extensão da monocultura, os plantios para biocombustíveis e a superexploraçao de recursos pesqueiros, que afetam os serviços ambientais proporcionados por essas áreas. Neste sentido, Enkerlin disse que desde a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável de Johannesburgo (África do Sul) em 2002 “se perdeu o foco sobre a sustentabilidade do desenvolvimento. É um desafio que devemos reverter rapidamente”, ressaltou. Segundo Enkerlin disse que entre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, aprovados em 2000 na Organização das Nações Unidas, deu-se prioridade ao combate da pobreza, e o que propõe alcançar o desenvolvimento sustentável é a sétima meta, e para muitos governos a sétima prioridade, em lugar de ser o guarda-chuva no qual estão contidos todos os demais. “Se os ODM não forem constituídos sobre uma base de sustentabilidade ambiental, serão uma ilusão, porque iremos nos aproximando das metas e quando as alcançarmos desaparecerão por falta de sustentação”, alertou. Quanto aos desafios para os parques nacionais, Enkrelin destacou que houve “avanços significativos” desde o primeiro congresso, sobretudo no aumento da superfície protegida, que duplicou em toda a região. Mas, considerou que esses êxitos são ainda “insuficientes” para alcançar os objetivos. Como exemplo, disse que o México aumentou seu orçamento para o setor nos últimos 13 anos consecutivos, e mesmo assim ainda não chega aos US$ 5 por hectare, alcançados pela Costa Rica, líder neste tipo de investimento. De todo modo, comparativamente, a Espanha investe US$ 20 por hectare, disse.
\n \u003cp\>Por fim, a respeito das áreas marinho-costeiras protegidas, os \n presentes admitiram grandes vazios. Na região, mais de 10% da superfície \n terrestre está nessa situação e menos de 0,5% do mar, um dado que \n contrasta com a enorme superfície marinha sob soberania latino-americana e \n sua biodiversidade. Imene Melián, especialista em áreas marinhas \n protegidas da UICN, disse à IPS ser a primeira vez que este tema ganha \n destaque em um congresso latino-americano. Houve especialistas, \n ambientalistas e pescadores em múltiplas oficinas. Porém, Melián \n lamentou que esse entusiasmo não esteja refletido em toda sua magnitude na \n declaração final. “Nos parabenizamos por sermos líderes na preservação da \n biodiversidade terrestre, mas continuamos ignorando os mares, dos quais \n vivem muitas famílias de pescadores”, lamentou esta especialista tunisina \n radicada na Costa Rica. O documento considera “prioritário” aumentar áreas \n no mar e, em apoio a este esforço, exortou os governos a declararem o \n período 2008-2018 com a “década das áreas marinhas protegidas”, incluindo \n áreas de conservação em alto mar, para manter a biodiversidade e a pesca \n sustentável. Por Marcela Valente, da IPS/ \n Envolverde.\u003c/p\>\u003c/span\>\u003c/div\>\u003c/td\>\u003c/tr\>\u003c/tbody\>\u003c/table\>\u003c/div\>\u003c/div\>\n",0]
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Por fim, a respeito das áreas marinho-costeiras protegidas, os presentes admitiram grandes vazios. Na região, mais de 10% da superfície terrestre está nessa situação e menos de 0,5% do mar, um dado que contrasta com a enorme superfície marinha sob soberania latino-americana e sua biodiversidade. Imene Melián, especialista em áreas marinhas protegidas da UICN, disse à IPS ser a primeira vez que este tema ganha destaque em um congresso latino-americano. Houve especialistas, ambientalistas e pescadores em múltiplas oficinas. Porém, Melián lamentou que esse entusiasmo não esteja refletido em toda sua magnitude na declaração final. “Nos parabenizamos por sermos líderes na preservação da biodiversidade terrestre, mas continuamos ignorando os mares, dos quais vivem muitas famílias de pescadores”, lamentou esta especialista tunisina radicada na Costa Rica. O documento considera “prioritário” aumentar áreas no mar e, em apoio a este esforço, exortou os governos a declararem o período 2008-2018 com a “década das áreas marinhas protegidas”, incluindo áreas de conservação em alto mar, para manter a biodiversidade e a pesca sustentável. Por Marcela Valente, da IPS/ Envolverde.

Blogueiros fazem movimento para trocar dicas ambientais

Blogueiros fazem movimento para trocar dicas ambientais
da Folha Online
Milhares de blogueiros no mundo inteiro, entre eles um comissário da União Européia, trocaram dicas nesta segunda-feira numa "blitz" na internet sobre como enfrentar as mudanças no clima e outros problemas ambientais.
Os organizadores do "Dia de Ação dos Blogs" disseram que cerca de 15.800 sites inscreveram-se e estavam dando idéias nos diários pessoais na Internet. Os conselhos vão desde como plantar mais árvores a como reciclar o plástico.
"Nosso objetivo é fazer todo mundo falar sobre como conseguir um futuro melhor", afirmou o site do movimento (www.blogactionday.com).

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Por uma nova sociedade

Nos meus tempos de jovem radical, quando morava na Costa da lagoa e trabalhava na UFSC eu dizia: - "Derretam a lata dos automóveis e fabriquem com ela trilhos para os transporte COLETIVO!" É isso! Abaixo a era do automóvel! Transporte coletivo para todos! De graça, a toda hora, e de qualidade!

de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u335294.shtml

10/10/2007 - 08h24
Nobel de Física defende "nova sociedade" para conter mudanças no clima
da Efe, em Potsdam
Os efeitos socioeconômicos da mudança climática estão sendo tão devastadores que a única maneira de impedir a catástrofe é inventar uma nova sociedade, afirmou o ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1984, o italiano Carlo Rubbia.
"Estamos de acordo com o diagnóstico: estamos em estado crítico. É preciso criar uma nova sociedade", afirmou Rubbia. Ele é um dos 15 Nobel reunidos em Potsdam para debater com 30 economistas e cientistas as conseqüências da mudança climática.
O encontro, aberto e apoiado pela chanceler alemã, Angela Merkel, chega ao fim nesta quarta-feira (10), com a adoção de um memorando para a Conferência sobre o Clima da ONU (Organização das Nações Unidas). O evento será realizado em dezembro na Ilha de Bali, na Indonésia.
Rubbia, que previu uma "revolução energética", argumentou que a solução para o problema criado pela mudança climática é econômica, política, moral e científica.
Para ele, não basta somente reduzir as emissões nocivas, mas também desenvolver um modelo energético novo.
"Precisamos de novas fontes de energia abundantes e baratas. Eu, pessoalmente, só vejo duas: a energia solar e a nuclear", afirmou Rubbia

Acolhida na Colônia

"Cesario (home)"
to me
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Oct 10 (1 day ago)
Ontem eu li de manhã uma revista Globo Rural que fala do projeto Acolhida na Colônia. Um dos colonos, quando disseram para ele que podia receber hóspedes de outros países, da Europa, da Alemanha, disse: "Nein, nein, nein!" Ele nunca pensou que iria receber gente que iria se interessar em ver como é que ele plantava alho, cebola... Quando eu li aquilo meus olhos se encheram d'água... Bom... As lágrimas lavam nossos olhos de tanta imundície...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

'Madeira plástica' com reciclados

Quantos moirões de madeira poderiam ser economizados?

(de http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/empresasetecnologia/empresas/Igel+faz+'madeira+plastica'+com+reciclados,07410,,51,4566797.html)

Igel faz 'madeira plástica' com reciclados
André Vieira
04/10/2007

Marisa Cauduro/Valor

Rogério Igel, acionista do grupo Ultra e sócio da Wisewood: "Nunca gostei de fazer o que todo mundo faz"
Um ano atrás, três engenheiros formados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com ajuda de uma pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tinham chegado ao desenvolvimento, em laboratório, de um processo para a produção de "madeira plástica", um substituto ao bem natural, fabricado com material reciclado como garrafas plásticas, fibra de vidro, pó de pneu e óleo lubrificante.


Por inspiração de Ozires Silva, um dos criadores da Embraer, o plano de negócios dos engenheiros caiu nas mãos de Rogério Igel, um dos acionistas do grupo Ultra, e controlador da Ecosorb, uma empresa de gestão ambiental.


"Antes de encontrar com eles, já tinha um rascunho do que se tratava e nem precisei ler o plano de negócios. Era algo inovador", conta Igel. "Nunca gostei de fazer o que todo mundo faz. O pioneirismo está no sangue da gente", diz o filho mais velho de Pery e neto de Ernesto Igel, empreendedor e fundador do grupo Ultra.


Da união dos engenheiros e da pesquisadora com Igel, surgiu a Wisewood, a primeira empresa de madeira plástica em larga escala do país, que dá início à sua produção neste mês em Itatiba, a 90 quilômetros de São Paulo. São dormentes, cruzetas para postes de linhas de transmissão, pallets e tapumes, itens onde a madeira agrega pouco valor. Igel será o principal acionista, com 60% do negócio, ocupando o cargo no conselho de administração.


O investimento foi de R$ 20 milhões, dos quais R$ 12 milhões da linha do Finame do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por mês, a fábrica produzirá 900 toneladas de produtos acabados, podendo quadruplicar caso haja necessidade. "Um fator limitante é a capacidade de coleta de matérias-primas", diz Igel.


"As empresas não querem comprar um passivo ambiental", diz o presidente da Wisewood, Vladimir Kudrjawzew, um dos engenheiros do ITA, que já tinha atuado em reciclagem de PET, resina usada em garrafas de refrigerante. Ele conheceu a tecnologia de transformação de reciclados em materiais plásticos na Feira K, na Alemanha, em 1999, e juntou-se à pesquisadora Elen Pacheco, do Instituto de Macromoléculas da UFRJ, que investiga os usos dos reciclados.


Numa das pontas, a empresa mapeou suas necessidades de matérias-primas, que hoje vão para os lixões. Precisará de 1 mil toneladas de resíduos por mês, mais de 60% de plásticos. A escolha recaiu sobre o polietileno de alta densidade, utilizado largamente em embalagens, mas cujo índice de reciclagem é baixo na comparação com o PET. "Já temos uma estrutura para recolher esse material na região", diz Kudrjawzew. Cooperativas de reciclagem, resíduos de fabricantes e postos de combustíveis vão abastecer a empresa. "Uma das idéia é recolher as embalagens plásticas de óleos dos postos da Ipiranga", afirma Igel, citando a rede de distribuição adquirida em março pelo grupo Ultra. A Wisewood é acionista da OilPacking, especializada neste tipo de coleta.


Na outra ponta, a empresa está negociando seus produtos com potenciais clientes, tendo obtido as especificações técnicas para elaboração dos moldes. "Será uma empresa com pouco clientes", diz Igel, acrescentando que a empresa já contatou a Vale do Rio Doce, Coca-Cola, Método Engenharia e Bragantina, do grupo Rede, de distribuição de energia.


A Vale do Rio Doce, que não possui contrato formal com a empresa, está usando dormentes reciclados em fase experimental em duas ferrovias. Na Estrada de Ferro Carajás (EFC), foram instalados 600 dormentes de plástico e 600 de borracha. Na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), já há 500 dormentes de plástico. Mas o programa de substituição de dormentes da mineradora prevê o uso mais intenso do aço, com mais de 2 milhões de unidades instaladas. Em 2006, a Vale comprou cerca de 600 mil dormentes para as suas ferrovias.


Embora haja um custo de até quatro vezes maior em relação a um dormente de madeira (que sai por volta de R$ 100), a Wisewood avalia que a vantagem do produto plástico está em relação à durabilidade. "Pode durar 50 anos, em vez dos 15 de um dormente de eucalipto", afirma Kudrjawzew.

Pegada de suçuarana em Anitápolis

Há alguns anos vi uma pegada que acredito ser de suçuarana num sítio na Bela Vista, a 7 km de Anitápolis. O que reforça a minha idéia de que seja um "leão-baio" é o fato de meu amigo e vizinho do sítio, o falecido sr Celso, ter-me contado de ovelhas que apareciam mortas nas terras dele, o que ele atribui aos cães... A notícia abaixo, embora o fato tenha ocorrido longe de Anitápolis, me deixa muito triste, pois a suçuarana devia ser protegido pela população.
Do "Jornal Absoluto" (http://jornalabsoluto.com.br/), de Adelmo Müller, J. do Sul:

PUMA É ENCONTRADO MORTO NA SC 467

Um animal da espécie Puma (conhecido também por suçuarana, leão baio ou onça parda)que esta em vias de extinção, foi encontrado morto no km 10 da SC 467. Um motorista se deparou com o corpo do animal e acionou a Polícia Militar de Abelardo Luz, que informou o 8º Pelotão da Guarnição Especial de Polícia Militar Ambiental de Chapecó. Os policiais ambientais estiveram no local e recolheram o animal, que foi encaminhado a Universidade Regional de Chapecó, - a Unochapecó, onde ficou a disposição de especialistas, para estudos. De acordo com o Comandante do 8º pelotão PMA, 1º tenente Robson Xavier Neves, é importante que criadores de rebanhos de bovinos e ovelhas fiquem atentos à ocorrência de ataques de animais da espécie puma. “Se houver algum ataque por parte desses animais, a Polícia Ambiental deve ser informada, e as pessoas devem evitar qualquer tipo de abate, pois se trata de infração administrativa e penal, passível de punição conforme a legislação em vigor” advertiu o tenente.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Chamam-me de "poeta", por amar as joaninhas...

...e por outras coisas mais... Realmente já vivi de vender poesias na rua... Poesias e ramalhetes de flores silvestres... Mas aí vai alguma coisa sobre as joaninhas, que mostra que devemos ama-las...

"O artigo publicado hoje, terça-feira, 25 de Setembro de 2007, em minha coluna nos jornais O Estado de S. Paulo e O Tempo, de MG, intitula-se "JOANINHA AMIGA". Caso não disponha dos jornais, o artigo encontra-se abaixo. A relação completa das publicações pode ser encontrada em www.agrobrasil.agr.br.
Receba um abraço do
Xico Graziano
AgroBrasil"

JOANINHA AMIGA

Biodiversidade. Capturado da ecologia, o conceito, embora de complexo significado, se popularizou. Proteger a diversidade biológica virou unanimidade no discurso ambiental. Sinal dos tempos.

O termo "biodiversidade" tem uso recente. Foi sugerido, pela primeira vez, em 1986, substituindo a expressão "diversidade biológica", visando facilitar a comunicação dos cientistas ligados ao Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA. Deu certo.

Um dos maiores apelos, em defesa da biodiversidade, surge na ameaça de extinção das espécies, devido à supressão dos habitats naturais. Segundo a IUCN, União Internacional para a Conservação da Natureza, a terrível lista dos animais, ou vegetais, ameaçados de sumiço, relaciona 16 306 organismos. No último ano, novas 178 espécies se somaram ao famigerado rol, liderado pelos gorilas. No total, 785 já desapareceram e outras 65 sobrevivem unicamente em cativeiro, ou domesticadas. Triste situação.

O Brasil é considerado país da "megadiversidade". Sua flora, riquíssima, apresenta 20% das espécies conhecidas no mundo. A concentração de mamíferos é recorde mundial, com 514 espécies. Na Mata Atlântica, cada hectare de floresta conta até 450 espécies de plantas.

Favorece a biodiversidade a condição tropical. Elevadas temperaturas, muita pluviosidade e farta energia solar ajudam a multiplicação da vida. As cadeias produtivas são mais longas e complexas nos trópicos. Já nas regiões temperadas, o inverno gelado encurta o ciclo vital e reduz a variabilidade. A neve causa dormência.

Na agronomia, a biodiversidade interessa especialmente ao estudo das pragas agrícolas. O pioneiro nessa tarefa foi Adilson Pascoal, professor da Esalq/USP. Seu magnífico livro, "Pragas, Praguicidas e a Crise Ambiental", mostrava, já em 1976, o desequilíbrio ecológico da produção rural.

Ensina o professor Pascoal que a simplificação trazida no agroecosistema estimula o surgimento das pragas. Nasce aqui o drama da agricultura. Derrubar mata nativa para implantar lavoura significa, sempre, reduzir a complexidade da natureza, abrindo caminho para desequilíbrios ecológicos. Com um agravante.

O uso indiscriminado de agrotóxicos aniquila os inimigos naturais, reduzindo ainda mais a estabilidade do sistema. A cada ciclo da cultura, piora a situação. Besouros, lagartas, percevejos, insetos de toda sorte, livres de seus predadores, atacam com força total as lavouras. Afinal, eles habitam a Terra há milhões de anos.

O caso dos pulgões tornou-se exemplar. E pedagógico. O principal inimigo natural dos afídeos é a joaninha, bichinho famoso pela formosura de sua colorida carapaça. Cada joaninha devora até 70 pulgões por dia, e essa terrível batalha pela vida sempre manteve o equilíbrio das espécies. Até que chegaram a agricultura e os primeiros pesticidas. Estes, pulverizados sobre as plantações, matavam tudo que é inseto.

Acontece que os insetos-praga são menos específicos que seus inimigos naturais. Quer dizer, a joaninha não vive sem o pulgão, seu alimento predileto. Mas o pulgão se vira bem sugando plantas variadas. Sem o broto da laranjeira, ataca a mangueira, o capim, o feijão, o que vier. A eclética preferência é sua sorte.

Azar dos agricultores. Os agrotóxicos vieram para salvar as plantas e, ao aniquilarem junto os inimigos naturais, pioraram a situação. No começo, parecia uma beleza. Alguns ciclos depois, verdadeira tragédia. Entre 1958 e 1976, o número de pragas que atacavam as culturas brasileiras subiu de 193 para 400. Era somente o começo.

A reação da inteligência agronômica chegou através do controle integrado de pragas, valorizando o controle biológico. Mas, primeiro, era necessário desenvolver nova geração de inseticidas. Foram proibidos os inseticidas clorados, persistentes e abrangentes. Novas moléculas químicas geraram pesticidas mais seletivos, que fazem mal às pragas, mas aliviam os inimigos naturais. Matam lagartas, mas deixam abelhas em paz. Melhorou bastante o problema.

Nesse processo de evolução tecnológica, laboratórios das universidades começaram a criar, em condições artificiais, levas de insetos e demais organismos capazes de realizar o controle biológico de pragas. Casos de sucesso se destacam, como o uso da vespa Cotesia flavipes no combate à broca da cana-de-açúcar. Ou do Baculovirus anticarsia, um fungo, no controle da lagarta da soja.

Em 30 anos, tudo mudou. Na década de 1970, o pacote tecnológico da (suposta) moderna agricultura mandava aplicar agrotóxicos a cada 15 dias, faça chuva ou faça sol. O preceito era manter a lavoura "limpa". Saiu tudo errado.

Hoje, mandam os "pragueiros". Com lupas na mão, técnicos realizam a contagem das pragas nos talhões e indicam a necessidade, ou não, da pulverização de defensivos químicos. O momento certo depende do equilíbrio, na lavoura, entre a praga e seus predadores. Condições climáticas também definem a equação. Acabou o pacote fechado.

Práticas agronômicas, como intercalação e a rotação de cultivos, cobertura verde nas entre-linhas, plantio direto, aliadas às melhorias genéticas, permitiram equilibrar a batalha contra as pragas. Nessa luta prepondera a visão holistica.

Os agricultores descobriram, assim, a importância da biodiversidade. Perceberam que as matas escondem um exército amigo, os inimigos naturais das pragas. O refúgio natural ajuda a salvar a lavoura. Protegendo a bela joaninha.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O "nickname" que dei a meu filho é...

...Grilo Verde. Um dia digito a história que inventei para ele. Poderia até mesmo "virar" livro infantil... Mas o que me lembrou um grilo foi a notícia que li em http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u332413.shtml...
O som da telemetria do Sputnik... Lembrou-me os grilos, que tanto amo!
Vejam a notícia:
50 anos depois do Sputnik, espaço ainda vê Guerra Fria
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RAFAEL GARCIA, da Folha de S.Paulo
Em 4 de outubro de 1957, quando os soviéticos colocaram em órbita o primeiro satélite artificial --o Sputnik-1--, o mundo vivia sob tensão constante. Com a polarização entre EUA e União Soviética, o temor era que o planeta acabasse de um dia para o outro, destruído por armas nucleares. E a corrida espacial foi alimentada pelo medo que essas nações tinham uma da outra.
Hoje, a Guerra Fria não existe mais, mas o clima no espaço ainda está longe de refletir o ambiente de interação globalizada que mudou a economia, a política e a ciência em terra firme. A contrário do que acontece em outras áreas tecnológicas, o país que quiser lançar satélites por conta própria hoje tem de aprender sozinho.
"Os americanos não querem que a tecnologia de lançadores de satélites --que pode ser utilizada para lançar bombas-- caia na mão de determinados países, mesmo que sejam amigos", diz Fernando Ramos, assessor de cooperação internacional do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
"Mesmo quando existe um projeto envolvendo vários países, como a Estação Espacial Internacional, a colaboração se dá mais pela divisão do trabalho do que pela transferência da tecnologia entre os países."
Reeditadas em 2006 pelo governo Bush, as diretrizes do programa espacial dos EUA deixam clara a visão do país. O documento "rejeita qualquer limitação do direito fundamental dos Estados Unidos de operar e adquirir informação no espaço". Americanos "negarão a adversários, se preciso, o uso de capacidades no espaço hostis a interesses americanos".
Sobrou até para o Brasil, que nem está entre os países do chamado "eixo do mal", alvos de sanções dos EUA. O programa sino-brasileiro de satélites de observação da Terra, o CBERS, tem dificuldade de comprar material que passa pelos EUA. "Isso tem ocasionado problemas para o Brasil, sim, desde o início, mas sobretudo depois do ensaio que os chineses fizeram de destruir um satélite em órbita [em janeiro]", diz Ramos, do Inpe, entidade que participa do CBERS.
Apesar de a cooperação ter levado ao sucesso na área de satélites de imagem, os chineses tampouco mostram disposição em ensinar aos brasileiros como fazer foguetes. O Brasil ainda tenta, com orçamento limitado, levar a cabo o programa VLS (Veículo Lançador de Satélites), na infâmia desde a explosão que matou 21 pessoas no Centro de Lançamento de Alcântara (MA), em 2003.
Hoje, apenas EUA, União Européia, Rússia, China, Índia e Japão são capazes de colocar satélites em órbita. Cada um aprendeu a fazê-lo sozinho.
O fim da Guerra Fria, afinal, também não selou uma paz espacial definitiva. "Que existe a possibilidade de uma militarização do espaço não há a menor duvida" afirma o físico e historiador Shozo Motoyama, da USP.Segundo ele, porém, a revolução das comunicações e a globalização da economia tornam o mundo menos vulnerável a uma polarização como da Guerra Fria. "Acho que isso vai impedir a hegemonia de um único país querendo militarizar o espaço." Para o historiador da USP, o evento que desencadeou a corrida espacial mostrou sobretudo que a ciência ajuda a moldar a geopolítica.
"O Sputnik-1 foi o triunfo de uma política centralizada em direção a um determinado objetivo, e isso fez com que a URSS conseguisse uma vitória num primeiro momento", diz Motoyama. "Enquanto isso, nos países capitalistas, tudo estava ocorrendo de maneira dispersa, também em laboratórios de pesquisa das empresas."
Um "mutirão científico" ocidental já havia sido feito com o projeto Manhattan --que construiu a primeira bomba atômica--, mas o governo dos EUA não dera continuidade a uma política de Estado com direcionamento claro à ciência.
Ouvir os bipes da primeira máquina em órbita, em outubro de 1957, mudou o modo americano de fazer ciência. E isso mudou a cara do século 20.

O que é idealismo.

É uma coisa que anda meio em falta nowadays, no?

Um exemplo de idealismo.
Abaixo, parte de um texto que um amigo escreveu.
Ele é um poço de conhecimento e gosto de me abastecer nele...
e, ps: ele tem cerca de 70 anos de idade!

(...) mantenho, como propriedade particular, há mais de 45 anos, um dispendioso parque florestal com mais de hum milhão de metros quadrados inteiramente cercado com palanques de granito, no qual tbm resido e, além da diversidade em essências arbóreas antropicamente assentadas, nele introduzi grande variedade de animais de nossa fauna que antes encontravam-se confinados em míseros viveiros domésticos por toda região do Vale do Itajaí. As aves e animais cuja apreensão os fiscais do Ibama, Fatma e Aema procederam, foram por mais de 20 anos conduzidos pelos próprios servidores públicos ao habitat-santuário que, esforçadamente, conservo continuamente trabalhado por cerca de doze funcionários (já foram 40 empregados) fixos, cuja remuneração leva-me mensalmente ao sufoco financeiro.
Não bastasse isto, exerço pessoalmente a fiscalização diária para aferir as condições ambientais, assim dirigindo-me à locais de difícil acesso na mata.
Muito cômodo seria para mim, aproveitar-me do conforto que oferece um centro urbano, mas optei por este espinhoso ideal.
Somente para que se faça superficial idéia das condições do habitat-santuário, revelo que, nos últimos meses, meus empregados observaram, o inusitado aparecimento de duas onças pintadas, uma de grande porte e outra com metade do tamanho da primeira ( creio seja sua cria) , nos altos dos morros da Fazenda. Avaliaram o peso da maior em 120 kg e como até aqui chegaram, é mistério.
Três vezes por semana estão levando, cada vez, 6 frangos Macedo,congelados, para as bichanas. (...)

Porque não uma campanha para recuperar a mata ciliar em Anitápolis e outros municípios da serra catarinense?

Porque não uma campanha para recuperar a mata ciliar em Anitápolis e outros municípios da serra catarinense?


CAMPANHA PARA RECUPERAR MATA CILIAR NO VALE DO RIBEIRA É LANÇADA EM SP E NO PARANÁ

Campanha lançada este final de semana na cidade paulista de Registro pretende mobilizar 33 municípios do Paraná e de São Paulo para a implementação de ações voltadas à recuperação de matas ciliares do Vale do Ribeira, situado entre os dois estados. Chamada Cílios do Ribeira, a iniciativa é coordenada pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pelo Instituto Ambiental Vidágua. Segundo o coordenador do ISA Nilto Patto, o Vale do Ribeira abriga a maior extensão contínua da Mata Atlântica no Brasil. Dos 100 mil quilômetros quadrados da vegetação remanescente no país, 23% situam-se na Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape. O vale tem uma cobertura de 80% de Mata Atlântica, segundo o coordenador. Mas nas últimas décadas tem sofrido com o desmatamento de matas ciliares, que ficam nas beiras dos rios e protegem o solo, a água e a biodiversidade. Patto diz que cerca de 60% das matas ciliares, consideradas áreas de proteção permanente no Vale do Ribeira, foram extraídas nos “últimos vinte, trinta anos”. Inicialmente, o objetivo da campanha é recuperar, em um ano e meio, 120 hectares de matas ciliares. A idéia, de acordo com Patto, é que em cada município governo e sociedade civil se comprometam a recuperar pelo menos 3,6 hectares. Segundo ele, a devastação da mata ciliar traz danos ambientais, como assoreamento do rio e diminuição da biodiversidade. “Também tem o impacto social, à medida que milhares de famílias de pescadores têm a pesca como fonte de alimentação e renda”. Ações de recuperação das matas ciliares envolvem tanto o replantio em áreas devastadas como o isolamento de vegetações preservadas. O primeiro município a aderir à campanha foi Ilha Comprida (SP). “Os 3,6 hectares destinados a Ilha Comprida (SP), graças a um acordo com a prefeitura e outros atores locais que estão participando da campanha, se transformaram em 18 hectares”. Patto calcula que, se os demais municípios seguirem o exemplo de Ilha Comprida, será possível recuperar em torno de 600 hectares. As entidades que estão à frente da campanha vão destinar R$ 2,5 mil para a recuperação de cada hectare. “O município entra com mais recursos e aí vamos ampliando esses hectares recuperados”, afirma o coordenador, ao acrescentar que os projetos também terão recursos para ações na área de mobilização social. No estado de São Paulo, 10,5 mil hectares de matas ciliares precisam ser recuperados. De acordo com Patto, o levantamento referente ao Paraná ainda não está pronto. “Mas, a olho nu, a gente sabe que a situação das matas ciliares no Paraná é pior que a situação do Vale do Ribeira, em São Paulo”. O coordenador destaca, ainda, que a campanha tem caráter contínuo. "Ela é permanente, porque extrair a mata é rápido, mas para recuperá-la são anos, por isso estamos trabalhando num processo contínuo”. Por Juliana Andrade/ABr.

PACTO BUSCA ZERAR DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA ATÉ 2015

PACTO BUSCA ZERAR DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA ATÉ 2015

Foi lançado ontem em reunião da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, o Pacto Nacional pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia Brasileira. A meta do pacto é reduzir o desmatamento florestal até atingir a conservação total da floresta amazônica. Além disso, há projetos para recuperar as áreas florestais já devastadas. Para se conseguir esse objetivo, a proposta se baseia em três eixos: valorizar economicamente as florestas, recuperar áreas desmatadas e controlar o desmatamento ilegal. A idéia é utilizar recursos públicos, recursos externos provenientes do mercado de carbono e de empresas nacionais e investidores. Com essas ações, o pacto nacional prevê que o desmatamento florestal da Amazônia termine totalmente em sete anos. Participam da iniciativa nove organizações não-governamentais (ONGs): Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, Instituto Centro da Vida, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), The Nature Conservancy (TNC), Conservação Internacional, Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e WWF-Brasil. A ministra Marina Silva disse que 20 anos atrás havia incentivos que promoviam o desmatamento, na busca pelo progresso econômico, e afirmou que nos últimos quatro anos, os esforços do governo têm mudado a situação. Ela citou novamente números do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDA) e falou sobre as metas do governo para a redução do desmatamento neste ano: “O governo favorece o desmatamento ilegal zero. E, se se confirmarem os dados de 2007, nós vamos ter uma redução de desmatamento de 65%”. Para que a floresta seja preservada, o pacto prevê também a conservação da biodiversidade e a preservação do modo de vida de povos indígenas e populações tradicionais da região. A maior fonte de devastação da floresta amazônica é a conversão da floresta em pastagens para gado e exploração de madeira. Por Leandro Martins/ABr.

do "Jornal Absoluto" de Adelmo Múller (jaraguá do Sul - SC)
http://jornalabsoluto.com.br/

Porque não "desmatamento zero" na mata Atlântica da serra catarinense?

de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u333640.shtml:
ONGs propõem "desmatamento zero" na Amazônia em 7 anos
da BBC Brasil

Ambientalistas de nove organizações não-governamentais lançaram uma proposta nesta quarta-feira em Brasília para acabar com o desmatamento na Amazônia em sete anos.

A iniciativa, chamada Pacto Nacional pela Valorização na Amazônia, prevê metas progressivas de redução, a começar por 25% no primeiro e no segundo anos, e ampliando anualmente as reduções em relação à área desmatada de 2005/2006, até eliminar totalmente o problema no sétimo ano.

O plano foi apresentado numa sessão da Câmara de Deputados, na qual estavam presentes a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e autoridades dos Estados amazônicos, incluindo o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi.

O coordenador de projetos da ONG Imazon, Paulo Barreto, diz que a proposta tem mais chance de ir adiante do que outras que não saíram do papel porque "inova" ao prever mecanismos de compensação econômica para quem se beneficia do desmatamento.

"O sucesso vai depender da parte econômica da equação, da rapidez e da escala em que vamos conseguir implementá-los. Se [os que ganham com os desmatamento] tiverem alguma compensação, eles vão aderir à idéia."

Um dos mecanismos mais simples, segundo ele, seria oferecer ao dono de uma área que ainda tem direito a desmatar uma parte dela os R$ 100 por hectare/ano que ele ganharia ao derrubar a floresta.

Para que esses mecanismos fossem adotados de forma eficaz, seria preciso firmar um contrato com o proprietário e adotar uma fiscalização extensiva, por meio de acompanhamento por satélite.

A Imazon e as outras ONGs que apóiam a proposta estimam que financiar esses mecanismos e a infra-estrutura inicial para implementá-los exigiriam R$ 1 bilhão por ano, que poderiam ser pagos pelo governo e pela iniciativa privada.

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