terça-feira, 24 de junho de 2008

Não vai ser possível...

...fazer o que ele diz para fazermos. Infelizmente. Para as usinas de Capivari? Jorge Lacerda I, II, III, IV??? Está louco... triste!

Cientista quer moratória a carvão mineral

da Folha de S.Paulo

O mundo tem até o ano que vem para desarmar a "bomba-relógio" da mudança climática. O alerta foi feito ontem pelo climatologista James Hansen, da Nasa (agência espacial americana), um dos principais porta-vozes da comunidade científica na necessidade e urgência de cortes de emissões de gases de efeito estufa.

Há 20 anos, em 23 de junho de 1988, Hansen deu um depoimento famoso ao Senado americano que colocou o aquecimento global na pauta da opinião pública e nas manchetes dos jornais pela primeira vez. Ele disse então que os cientistas tinham "99% de certeza" de que o aquecimento da Terra causado por seres humanos provocaria mudanças climáticas catastróficas no século 21.

Hansen falou ontem ao Congresso americano outra vez. Mais cedo, em entrevista ao jornal "The New York Times", o cientista propôs uma moratória às usinas termelétricas a carvão que não tiverem equipamento de captura do gás e o banimento dessas usinas até 2030.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u415468.shtml)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Por "cidades Legais" ambietalmente, como Lucas do Rio Verde

Que tal "Anitápolis Legal"? "Angelina Legal"? Santa Rosa de Lima Legal"? "Rancho Queimado Legal"?

Lucas do Rio Verde, o único município 100% mapeado
Bettina Barros
20/06/2008

As pastas brancas etiquetadas por ordem alfabética já estavam postas sobre as mesas quando os mais de 300 agricultores chegaram ao principal salão de eventos de Lucas do Rio Verde, município cravado no corredor agrícola que rasga o Mato Grosso de norte a sul. Um a um, eles recebem a pasta com uma foto de satélite colorida e uma folha explicativa. Ali está o raio-x de suas propriedades: área, divisas, rios, nascentes, plantações e um borrão vermelho onde deveriam estar as matas protegidas por lei.


A entrega das imagens georreferenciadas de 100% das propriedades rurais de Lucas do Rio Verde é um marco histórico para o município, que como centenas de outros ignorou a legislação ambiental mas agora quer se transformar numa referência para o resto do país - com uma mensagem clara para o mundo.


"Se não fizermos isso, não vendemos soja lá fora", diz Luiz Roberto da Costa Alves, dono de dois lotes de terra de pouco mais de 400 hectares, enquanto olha a foto que mapeia por completo sua propriedade. Alves está em déficit de verde, mas parece disposto a resolver o problema.


Esse tipo de atitude é um passo gigantesco e só foi possível graças a um acordo amarrado há um ano entre prefeitura, conselho municipal, Ministério Público, sindicato rural, representantes ambientais e da agroindústria. A aliança inédita visa tornar Lucas o primeiro município do país a ter todas as propriedades regularizadas sob o Código Florestal.


Foram quase R$ 500 milhões investidos nos últimos 12 meses para a estruturação e a implementação do projeto "Lucas do Rio Verde Legal", que culminou com a cerimônia de entrega, na última sexta-feira, das fotos do satélite francês Spot 5, de média a alta definição. Os financiadores dão credibilidade à iniciativa: Fiabril (biocombustíveis), Syngenta e a Sadia, todos diretamente associados à soja e ao milho. Na coordenação do projeto está a The Nature Conservancy (TNC), uma respeitada organização não-governamental que atua para a preservação do ambiente.


O resultado é que Lucas tem hoje em mãos seu diagnóstico ambiental, condição básica para arrumar a casa. Os trabalhos nesta primeira fase do programa rastrearam os 365 mil hectares do município e contabilizaram a existência de 690 nascentes, dois mil quilômetros de rios, 262 açudes ou reservatórios e 360 mil hectares de área agrícola, entre outros dados. "Essa lição de casa ninguém mais fez", diz a secretária municipal de Meio Ambiente e Agricultura, Luciane Copetti.


Responsável por 1% da produção nacional de soja e 10% do milho, Lucas tem um passivo total de reserva legal - o percentual mínimo de florestas em uma propriedade exigido por lei - de quase 30 mil hectares. O déficit das áreas de proteção permanente, como a mata da beira de rios, é de cerca de 2,7 mil hectares.


Esse "buraco" verde era sabido. O que não se conhecia era o seu tamanho de fato e a responsabilidade de cada um nesse processo.


Lucas surgiu na esteira do programa de assentamentos criado pelo governo federal para povoar o "sertão" brasileiro. Seus habitantes são de origem gaúcha, paranaense e catarinense, encorajados à época a esticar a fronteira agrícola. A terra era de graça. Cada um que fincou o pé ali recebeu um lote de 200 hectares. A ordem era clara: plantem.


Natural, portanto, que exista hoje déficit de verde. Mas Lucas não é um caso isolado. O município está no principal corredor de escoamento do Mato Grosso, a BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, no Pará. Subindo da capital em direção norte, a paisagem é monotonamente marcada nesta época do ano pelo milho safrinha (que faz o revezamento com a soja). Não há uma sombra para onde correr. Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop estão nesse eixo e respondem pela maior produção de soja do país.


"Há problemas, mas temos de parar de culpar os outros e agir. Se alguém pode preservar é o produtor. Precisamos convencê-lo e não agir com truculência", afirma Marino Franz, prefeito da cidade. "Fiz uma viagem à Europa e vi a preocupação com a compra de produtos da Amazônia".


Para as empresas patrocinadoras, é um exemplo. "É uma boa semente e esperamos que isso se multiplique. Nem a Sadia nem a Prefeitura conseguiriam fazer isso sozinhas", diz Nadir Cervelin, gerente de projeto em Lucas, onde a Sadia investe R$ 800 milhões na construção de seu maior complexo agroindustrial no país.


Convencê-los ao georreferenciamento foi a primeira tarefa. Houve adesão de 100% dos 350 produtores. Agora, equipes técnicas da Prefeitura percorrerão as fazendas para checar, in loco, os ajustes a serem feitos. A aliança contratou a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) para estudar a melhor maneira de recuperar as áreas de proteção permanente.


Ninguém terá de arrancar soja para recompor a reserva legal, que no cerrado significa 35% de vegetação nativa protegida. Segundo Henrique Santos, coordenador de conservação em terras privadas da TNC, a idéia é que os passivos ambientais de todas as propriedades sejam compensados de forma coletiva, formando corredores de biodiversidade. A ONG já tem em vista algumas áreas grandes de florestas preservadas - ainda não abre para evitar especulação imobiliária.


Outra estratégia é eximir o produtor de pagar a multa pelo descumprimento ambiental. A Prefeitura trabalha com o Ministério Público para que o sojicultor parta diretamente para um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), pelo qual se compromete a resolver a situação prontamente. "Tenho que puxar o produtor pro meu lado. Se tiver que pagar multa, ele não vem", diz a secretária Luciane Copetti.


Por ora, tudo parece caminhar bem. "Todo dia eu recebo uns 10 produtores que me procuram para pedir explicações sobre regularização", diz Giovanni Mallmann, da equipe local da TNC. Se tudo der certo, daqui a 20 ou 30 anos o município estará devidamente quitado com o ambiente.


A jornalista viajou a convite da TNC
(de http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/agronegocios/179/Lucas+do+Rio+Verde+o+unico+municipio+100+mapeado,08206,,179,4995031.html)

AULAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

AULAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM CORUPÁ

ACONTECEM MENSALMENTE NAS CACHOEIRAS

Promover aulas de educação ambiental a alunos e professores, para que compreendam a relação do homem na natureza, é o objetivo do projeto "Relação do Homem com a natureza" na Associação de Ecoturismo "Rota das Cachoeiras", que acontece anualmente no período de março a novembro. Na sai 2, os alunos do pré-escolar da Escola São José do período vespertino, acompanhados da professora Eluiza, participaram das aulas. O projeto envolve alunos de educação infantil (Maternal III e pré), ensino fundamental (3ª série e 6ª série) e 2º ano do ensino médio da rede municipal e estadual de ensino. Dentre as novidades, destaca-se o concurso de escolha do mascote e slogan para o projeto, "Relação do Homem com a Natureza", lançado em março deste ano. Alunos de 6ª série da Escola de Educação Básica São José foram os vencedores do concurso. O mascote escolhido pela turma foi a jaguatirica ou gato-do-mato, por ser um animal encontrado em nossa região. O slogan classificado foi "Mostre suas garras pela natureza". O mascote deveria ser um desenho sobre pessoa, animal, vegetal ou objeto, pertencente ao ecossistema predominante do município de Corupá. O slogan ou frase deveria ter no máximo uma linha de extensão e sintetizar o objetivo do projeto. Os trabalhos foram avaliados segundo a coerência, coesão e criatividade. Participaram do concurso turmas de educação infantil (maternal III e pré), 3ª e 6ª séries do ensino fundamental (3ª e 6ª séries) e 2º ano do ensino médio de escolas das redes municipal e estadual de educação de Corupá. A escola vencedora receberá assinatura de uma revista por um ano. A educação ambiental no município é desenvolvida desde 1997. As aulas acontecem mensalmente às quartas-feiras na Rota das Cachoeiras.



Do "Jornal Absoluto" de 20/06/2008 (http://www.jornalabsoluto.com.br)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

País tem de ser celeiro do mundo, diz Lula a produtores

Mas, de alimentos com qualidade!

País tem de ser celeiro do mundo, diz Lula a produtores

LEONENCIO NOSSA - Agencia Estado

BRASÍLIA - "O Brasil tem de ser o celeiro do mundo, mas com qualidade", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um grupo de agricultores, produtores de alimentos orgânicos, durante café da manhã no Palácio do Planalto, informaram hoje participantes do encontro.

Na reunião, os produtores apresentaram ao presidente uma lista de reivindicações do setor, como a abertura de uma linha de crédito especial de R$ 500 milhões por ano; criação de cursos de agroecologia nas universidades federais; e cursos profissionalizantes na rede de escolas técnicas federais.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal, Ricardo Rodrigues, Lula informou que pretende anunciar nos próximos dias uma série de medidas para a agricultura familiar que beneficiariam as 19 mil propriedades rurais em que se produzem alimentos orgânicos certificados no Brasil.

Rodrigues disse que Lula elogiou o trabalho dos produtores de alimentos orgânicos e afirmou que esse trabalho "é um diferencial importante" nas negociações e vendas de produtos agrícolas brasileiros para Estados Unidos e países da Europa.

"Sou o primeiro presidente orgânico da história", brincou Lula, de acordo com relato de Rodrigues. Ele contou também que o presidente disse que, na residência oficial do Palácio da Alvorada, cria galinhas caipiras, que ficam soltas no quintal e se alimentam de grama.

O segmento de produtos orgânicos, no Brasil, segundo o secretário de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia, Joe Valle, movimenta US$ 500 milhões por ano. Ele comentou que o mercado mundial de orgânicos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), movimenta US$ 60 bilhões por ano. Valle disse que esses produtos, além de agregarem valor à produção de pequenos agricultores, "melhora a auto-estima e a saúde" deles.
(de http://www.estadao.com.br/economia/not_eco192362,0.htm)

'Sou o primeiro presidente orgânico da História', diz Lula

Que seja, mas de verdade!

'Sou o primeiro presidente orgânico da História', diz Lula

Produtores de alimentos orgânicos entregam ao presidente lista de reivindicações, que inclui crédito maior

Leonencio Nossa, de O Estado de S. Paulo

Para Lula, Brasil tem que ser o celeiro do mundo

André Dusek/AE

Para Lula, Brasil tem que ser o celeiro do mundo

BRASÍLIA - "Sou o primeiro presidente orgânico da História", brincou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante café da manhã no Palácio do Planalto com um grupo de produtores de alimentos orgânicos, nesta quinta-feira, 18. O relato é do vice-presidente do Sindicato dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal, Ricardo Rodrigues, que, junto com outros agricultores, apresentou ao presidente uma lista de reivindicações do setor. Lula disse ainda que o Brasil tem que ser o "celeiro do mundo", mas com qualidade.

Veja também:

linkEntenda a crise dos alimentos especial

Na lista de reinvindicações dos produtores está a abertura de uma linha de crédito especial de R$ 500 milhões por ano; criação de cursos de agroecologia nas universidades federais; e cursos profissionalizantes na rede de escolas técnicas federais.

Segundo Rodrigues, Lula informou que pretende anunciar nos próximos dias uma série de medidas para a agricultura familiar que beneficiariam as 19 mil propriedades rurais em que se produzem alimentos orgânicos certificados no Brasil.

Ele disse que Lula elogiou o trabalho dos produtores de alimentos orgânicos e afirmou que esse trabalho "é um diferencial importante" nas negociações e vendas de produtos agrícolas brasileiros para Estados Unidos e países da Europa.

Rodrigues contou também que o presidente disse que, na residência oficial do Palácio da Alvorada, cria galinhas caipiras, que ficam soltas no quintal e se alimentam de grama.

O segmento de produtos orgânicos, no Brasil, segundo o secretário de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia, Joe Valle, movimenta US$ 500 milhões por ano. Ele comentou que o mercado mundial de orgânicos, segundo as Nações Unidas, movimenta US$ 60 bilhões por ano. Valle disse que esses produtos, além de agregarem valor à produção de pequenos agricultores, "melhora a auto-estima e a saúde" deles.

(de http://www.estadao.com.br/economia/not_eco192359,0.htm)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Meu Deus, por que? Precisavam fazer isso? - Polícia islandesa mata segundo urso polar descoberto em duas semanas

Precisavam fazer isso???

Polícia islandesa mata segundo urso polar descoberto em duas semanas

da France Presse, em Reykjavík

A polícia islandesa anunciou nesta quarta-feira que matou a tiros um urso polar descoberto no início da semana na ilha, situada a centenas de quilômetros do ambiente natural desse animal.

"Disparamos na noite de terça-feira (17) na cidade de Saudarkrokkur", disse um porta-voz policial.

Ursos polares são muito raros na Islândia, já que os animais têm de nadar centenas de quilômetros nas águas geladas desde o Ártico.

Contudo, o urso abatido é o segundo descoberto na ilha nas últimas duas semanas. O outro animal também foi abatido.

As autoridades islandesas foram muito criticadas por terem matado o primeiro animal e, por isso, tentaram capturar o segundo, descoberto por uma menina de 12 anos que passeava com seu cachorro. Mas, por motivos de segurança, a polícia matou o urso.

O aumento da presença dos ursos polares na Islândia parece comprovar as advertências dos especialistas que alertam que o aquecimento global está provocando problemas no ambiente desses animais árticos.

Estudos recentes destacaram que o gelo que está derretendo no Ártico poderia causar o desaparecimento de dois terços desses animais em 50 anos.


(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u413599.shtml)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Que devastação é esta??

Vejam com seus próprios olhos a Mata Atlântica devastada seguindo o link: http://maps.google.com.br/maps?f=q&hl=pt-BR&geocode=&q=Anit%C3%A1polis+-+SC,+BRA&ie=UTF8&t=h&lci=lmc:panoramio&layer=x&ll=-27.849986,-49.080091&spn=0.004212,0.009398&z=17

Só para deixar registrado (vamos olhar no futuro e ver se cresceu este desmatamento), coloquei a imagem aí debaixo em 16/06/2008:

'Defensores da Amazônia me conquistam', diz Gisele Bündchen

Que mais e mais gente vista a camisa de defesa do meio-ambiente! Da Amazônia, do Cerrado, da Mata Atlântica, dos Mangues!

'Defensores da Amazônia me conquistam', diz Gisele Bündchen

'Se a vida é generosa com você, você também deve ser', diz a modelo, que irá desfilar pela Colcci na SPFW

Ansa

Modelo Gisele Bündchen

Divulgação

Modelo Gisele Bündchen

ROMA - O que o cantor Sting, o motociclista italiano Andrea Dovizioso e o ex-técnico da Itália Marcello Lippi têm em comum? Defendem a Amazônia. E para a top-model brasileira Gisele Bündchen, são eles os homens mais sexy do mundo.

Veja também:

linkEm clima de cabaré, Gisele desfilará coleção orgânica no SPFW

linkGisele Bündchen é a modelo mais bem paga do mundo

"Quem tem a coragem e o tempo para sair às ruas a favor do pulmão verde da Terra merece toda a minha atenção e com certeza me conquista", disse Gisele à revista Brazil Mag, em um especial sobre meio ambiente que será publicado em julho. A modelo, que irá desfilar pela grife Colcci na São Paulo Fashion Week após quatro anos de ausência, possui um blog sobre a questão da floresta amazônica.

"Se a vida é generosa com você, você também deve ser com os outros", disse Gisele, considerada a modelo mais bem paga do mundo, segundo a classificação da revista Forbes (seriam cerca de US$ 35 milhões - R$ 59 milhões - nos últimos 12 meses, segundo a lista publicada em abril).

A paixão de Gisele Bündchen pela Amazônia e por outras questões ambientais aflorou na companhia do ator norte-americano Leonardo DiCaprio, membro do time de ambientalistas de Hollywood.

Em sua primeira oportunidade, o ator levou Gisele ao coração da selva tropical para conhecer os Kisedjela, uma das mais antigas tribos amazônicas, ameaçada pela progressiva poluição do rio Xingu.

(de http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art190433,0.htm)



terça-feira, 10 de junho de 2008

Governo tenta turbinar agricultura familiar

Familias de agricultores: antenem-se!

Governo tenta turbinar agricultura familiar
Mauro Zanatta
10/06/2008

Alarmado com a constante pressão dos preços dos alimentos na alta da inflação, sobretudo para as camadas mais pobres da população, o governo prepara um plano de forte investimento para mecanizar a agricultura familiar, disseminar a adoção de tecnologias no campo e elevar a oferta interna de produtos básicos.


Batizado de "Mais Alimentos", o programa de investimento com foco nos pequenos produtores foi apresentado ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto. O plano do governo, que se somará às diretrizes para a chamada agricultura empresarial, oferecerá uma linha de crédito de R$ 6 bilhões para investimentos de longo prazo a 300 mil produtores familiares. O Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), que terá R$ 13 bilhões no ano-safra 2008/09 a partir de 1º de julho, é considerado ainda "muito tímido" na indução ao uso da tecnologia agrícola. O Pronaf é mais focado no custeio das lavouras.


O governo avalia que está em risco a "dinâmica de crescimento" gerada pelo consumo das famílias. Os alimentos significam 25% dos índices de inflação - o IPCA, por exemplo. Como a agricultura familiar produz quase um terço dos alimentos básico, os especialistas apostam que o segmento tem o maior potencial para abastecer o mercado interno, mas precisa de "mecanização na veia". O programa estima uma produção adicional de até 18,6 milhões de toneladas de arroz, feijão, leite, mandioca, trigo, leite, carnes, frutas e soja. Hoje, o segmento produz 110,1 milhões de toneladas equivalentes desses alimentos. Mas ainda está distante da fronteira tecnológica alcançada pelos empresários rurais. No leite, por exemplo, a produtividade da agricultura familiar (1,7 litros por cabeça/ano) está bem abaixo da média dos maiores produtores mundiais, hoje em 4,75 litros/cabeça/ano. Se chegar à média, o país poderia agregar 54 bilhões aos atuais 27 bilhões de litros de leite sem aumento significativo do rebanho.


O "Mais Alimentos" também significaria um impulso para a indústria nacional de máquinas agrícolas. O governo estima a aquisição de 60 mil tratores em três anos. Para dar essa injeção de ânimo na indústria, pretende negociar descontos de até 15% com os fabricantes. O plano também inclui uma "considerável melhoria" nas condições de solos, pastagens, sementes e genética usados por esses produtores. E prevê, ainda, a ampliação da capacidade de armazenagem nas propriedades familiares.


A nova linha crédito teria limites individuais de R$ 100 mil por beneficiário, juros de 2% ao ano, dez anos para quitação com até três anos de carência. As compras da produção familiar também seriam garantidas pelo governo por meio de um reforço de R$ 200 milhões ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Até 2010, o governo estima que poderia beneficiar 1 milhão de produtores com um aporte total de R$ 25 bilhões em crédito rural.


Para complementar os esforços contra o avanço da inflação de alimentos, o governo prevê modernizar a assistência técnica e a extensão rural. Está prevista a criação de uma nova lei para o segmento e a criação de uma carteira de clientes que possa garantir uma remuneração pré-determinada e a contratação simplificada. Assim, o governo espera atender a 1 milhão de produtores com a orientação técnica agronômica e veterinária de 30 mil profissionais que atuariam diretamente no campo. Em 2007, o governo destinou R$ 168 milhões para essas ações. Neste ano, prevê chegar a R$ 397 milhões.


(da ValorOnLine - http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/agronegocios/179/Governo+tenta+turbinar+agricultura+familiar,08106,,179,4975607.html )

sexta-feira, 6 de junho de 2008

200 mil km² do fundo do mar estão mortos, diz WWF

Devido ao excesso de Nitrogênio e FÓSFORO! Onde vai para o fosfato usado na adubação das grandes plantações?


200 mil km² do fundo do mar estão mortos, diz WWF

Área dos hiperfertilizada oceanos cresceu 4 vezes nos últimos 13 anos e é grande ameaça à biodiversidade

Efe

BERLIM - Cerca de 200 mil quilômetros quadrados de fundo do mar estão praticamente mortos, quase quatro vezes mais que há 13 anos, segundo um relatório apresentado nesta sexta-feira, 6, em Hamburgo pelo Fundo Mundial da Natureza (WWF, em inglês) por ocasião do Dia Mundial dos Oceanos, celebrado em 8 de junho.

"Estamos utilizando os oceanos como aterro de lixo e estamos lhes tirando o ar para respirar. As principais ameaças para os mares são a pesca predatória, a mudança climática e a falta de oxigênio", disse o autor do relatório, Jochen Lamp.

O mar com a maior superfície "morta" é o Báltico, com um total de 42 mil quilômetros quadrados, e até 90 mil quilômetros nos piores momentos de crise, mas no Golfo do México, no Mar Negro e no Adriático também há grandes regiões de fundo marinho asfixiado, principalmente pelos vazamentos de pesticidas.

A asfixia ocorre através das águas dos rios, que transportam grandes quantidades de fósforo e nitratos até os oceanos. Estes adubos impulsionam o início do crescimento da flora marinha e das algas, mas acabam provocando a extinção dos organismos e a falta de oxigênio. Os peixes morrem ou acabam fugindo para outras regiões.


"Antes, o Mar Báltico era de águas claras. Hoje, está turvo e muito fertilizado, apesar de toda tentativa para salvá-lo. A limpeza dos mares deve, portanto, se tornar prioridade de todos os Governos ribeirinhos", afirmou Lamp, que acrescentou que o Báltico possui hoje quatro vezes mais fósforo e nitrogênio que há 100 anos.


As conseqüências da asfixia dos mares são dramáticas não só do ponto de vista ecológico, mas também econômico, pois representa o fim da pesca e, portanto, do sustento de muitas pessoas, acrescenta o WWF, que pediu à União Européia para suspender os subsídios à agricultura convencional para frear a hiperfertilização dos mares.


(de http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid185176,0.htm)

Trem é arma eficaz contra aquecimento

Desde pequeno gosto de trens. Lembro-me que ia à janela do banheiro do apartamento de uma amiga de minha mãe, a dona Madalena (acho que ela era namorada do vereador Osvaldo Marques). O apartamento ficava em São Vicente, perto da praia e da divisa com Santos. Perto também de onde minha mãe foi morta... Via o trem da então Estrada de Ferro Sorocabana passando... Acahava lindo!
Hoje vejo os trens mais como uma real solução para os problemas de transporte e de gasto inútil de combustíveis. O que é comprovado pelo artigo abaixo. Quem dera houvesse uma ferrovia ligando Itajaí ao oeste catarinense, passando por Blumenau, como havia sido planejado... Outra ligando o norte ao sul do litoral, viabilizando o transporte multi-modal...

Trem é arma eficaz contra aquecimento

da Folha de S.Paulo

Uma zona metropolitana bem adensada e com um sistema bastante eficiente de transporte por trilhos é um bom antídoto ao aquecimento global.

Levantamento divulgado pela ONG americana Brookings Institution revela que a quantidade média de carbono emitida por pessoa nas cem maiores cidades dos EUA é menor do que a média do país.

Apesar de existirem muitas variáveis em jogo, os autores do estudo creditam a diferença ao sistema de transporte e a quantidade de energia residencial usada pelas pessoas.

A lista feita pelos pesquisadores mostra Honolulu, Los Angeles, Portland, Nova York e Boise como as cinco cidades com consumo mais eficiente.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u409527.shtml)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Supremo se posiciona contra o uso do amianto branco no país

Finalmente! Se apenas UMA pessoa for salva do câncer causado pelas telhas e caixas d´água de amianto, já valeu!

Supremo se posiciona contra o uso do amianto branco no país
Fernando Teixeira, de Brasília
05/06/2008

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou ontem a inconstitucionalidade do uso, produção e comercialização do amianto branco, também chamado de crisotila e única variedade ainda autorizada no Brasil. Por sete votos a três, os ministros mantiveram em vigor a Lei paulista nº12.684, que em 2007 vetou o amianto no Estado de São Paulo, e sinalizou possibilidade de derrubar em breve a Lei federal nº9.055, de 1995, que autoriza o uso da crisotila. A decisão de ontem reverte a posição adotada pelo tribunal em outras duas ações do tipo julgadas desde 2003, segundo a qual não cabe aos governos estaduais legislarem sobre o assunto. Os ministros entenderam que o direito à vida e à saúde dos trabalhadores expostos ao produto está acima da restrição sobre a competência legislativa dos Estados.


O tribunal julgou ontem uma medida cautelar pedida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) contra a lei paulista, derrubando uma liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio de Mello que aceitou o pedido de suspensão da lei feito pela entidade no fim do ano passado. Segundo o ministro Cezar Peluso, que presidiu a sessão de ontem, ainda que se trate de uma liminar, tradicionalmente no Supremo o julgamento de uma cautelar em uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) acaba equivalendo a um julgamento de mérito - o que significa que, daqui para a frente, leis estaduais contra o amianto, como a lei paulista e a Lei nº 12.589, de 2004, do Estado de Pernambuco e também questionada no Supremo em uma Adin, continuarão em vigor.


Ainda segundo Cezar Peluso, o tribunal fez na tarde de ontem uma "declaração incidental de inconstitucionalidade" da Lei nº 9.055. Segundo ele, ainda que a legislação federal que autoriza o amianto crisotila não tenha sido diretamente objeto da ação julgada ontem, é possível sustentar, a partir do julgamento de ontem, a tese de que o tribunal já considera a lei inconstitucional - o que só vai ocorrer formalmente quando o Supremo julgar a Adin nº4.066, ajuizada no início do ano contra a lei federal.


A reversão na posição da corte sobre o amianto crisotila começou em agosto do ano passado, quando o Supremo começou a julgar a ação impetrada contra o governo paulista em conjunto com o processo que questiona a lei pernambucana. Após três votos proferidos seguindo a posição tradicional da casa, o ministro Eros Grau iniciou a divergência, defendeu a manutenção da lei e ainda tentando mobilizar os colegas para que declarassem a ilegalidade da lei federal que autoriza a produção e comercialização da crisotila.


Depois de um pedido de vista de dez meses, o ministro Joaquim Barbosa defendeu na tarde de ontem, segundo a linha de Eros Grau, que a jurisprudência do tribunal "não era adequada". Segundo ele, há evidências científicas de que a crisotila também provoca doenças, assim como os demais tipos de amianto já banidos no país. De acordo com o ministro, a Convenção nº162 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), compromisso assumido pelo país para proteger os trabalhadores expostos ao amianto ratificado pelo Brasil em 1991, é um respaldo para as leis estaduais, uma vez que o tratado internacional tem status superior ao de lei.


Depois do voto do ministro Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, que já haviam se manifestado pela inconstitucionalidade da lei no início da votação, voltaram atrás e mudaram seu voto - iniciativa rara no tribunal. Acompanharam a mesma posição Carlos Britto, Celso de Mello e o presidente da sessão, Cezar Peluso, além de Eros Grau, que reafirmou seu voto já proferido em agosto.


Contra a lei paulista ficaram o relator do caso, Marco Aurélio, Ellen Gracie e Menezes Direito. Nenhum deles, no entanto, defendeu diretamente a crisotila, mas sim a incompetência dos Estados para legislar sobre o tema. Segundo Direito, houve invasão de competência pelo Legislativo paulista, e o Supremo tem uma jurisprudência consolidada sobre o assunto. "Imagine que amanhã a Assembléia Legislativa de São Paulo proíba, porque também é cancerígeno, o cigarro. O que aconteceria?", indagou o ministro.


Hoje a exploração e produção do amianto crisotila é possível apenas no Brasil, Rússia e China. Em países como Japão, Tailândia, Índia e Argentina apenas a comercialização do produto final que contenha amianto é permitida. Alemanha e a França baniram o uso do amianto branco há mais de uma década.
(da ValorOnLine - http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/legislacaoetributos/legislacaoetributos/Supremo+se+posiciona+contra+o++uso+do+amianto+branco+no+pais,0856,,86,4966584.html)

Saneamento precário compromete rios - isto não é novidade...

Parece que ninguém sabia...

Saneamento precário compromete rios

A falta de saneamento se reflete na qualidade da água de rios e praias e em doenças na população. Nenhum dos corpos d''água para os quais o IBGE calculou o Índice de Qualidade anual atingiu nível considerado ótimo (acima de 80). Os piores foram os dos altos cursos dos rios Iguaçu (31) e Tietê (30), que atravessam, respectivamente, Curitiba e São Paulo.


(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080605/not_imp184166,0.php)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

BID ainda espera relatório da Cetesb sobre segunda fase do Projeto Tietê

Se tivessem começado a evitar as ligações de esgotos e efluentes desde o começo não precisariam gastar esta fortuna hoje... Mas há 100, 200 anos quem tinha consciência? Ainda hoje poucos têm! :-)

BID ainda espera relatório da Cetesb sobre segunda fase do Projeto Tietê
Samantha Maia
04/06/2008

A Cetesb, a agência ambiental paulista, deverá publicar este mês o relatório de acompanhamento da emissão de efluentes industriais das 290 empresas que deveriam ter entrado no monitoramento da segunda fase do Projeto Tietê. A agência ainda não publicou o relatório referente a este monitoramento para o ano de 2007, situação que, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), financiador do projeto, caracteriza um descumprimento do contrato. A agência, contudo, se comprometeu, em conjunto com a Sabesp, a resolver o problema antes do fim da segunda fase do programa, em julho.


Essa é hoje a única pendência contratual relacionada ao trabalho de despoluição dos rio Tietê, Pinheiros e afluentes, empreendimento que ainda se mostra longe de chegar à meta de limpeza efetiva das águas.


A entrada de novas empresas no monitoramento do Projeto Tietê foi prevista no contrato de financiamento da fase 2, medida importante para fortalecer a redução do lançamento de carga inorgânica (metais pesados) nos rios. Até o fim do ano passado, porém, segundo informações da Cetesb ao Valor, isso não tinha sido feito. A informação era de que a agência não tinha conseguido chegar a um acordo com a Sabesp sobre quais indústrias deveriam integrar a nova lista e que por isso o trabalho havia sido abandonado.


Esse impasse entre as duas companhias subordinadas ao governo estadual não foi informado ao BID, que emprestou US$ 400 milhões para a fase 2 do projeto. A não publicação do relatório sobre os trabalhos realizados em 2007, no entanto, foi reclamada pelo banco. No último documento publicado no site da agência, de 2006, apenas é citada a continuidade do monitoramento de 607 empresas iniciado na fase 1 (1992 a 1998).


O BID não informa que implicações o descumprimento dessa cláusula pode ter sobre a negociação do financiamento da próxima fase do projeto - que está sendo discutido com a Sabesp e envolve cerca de US$ 1 bilhão. Patrício Naveas, especialista em saneamento do banco explica, porém, que o cumprimento das cláusulas é levado em conta na hora de aprovar um novo financiamento. "Dependendo da relevância do descumprimento, o banco poderia chegar a não aprovar o financiamento."


Ao ser questionado diretamente sobre a relevância desse monitoramento, Naveas afirmou apenas que a Cetesb e a Sabesp expressaram à instituição que estão empenhando esforços para cumprir a cláusula. "Assim, esperamos que o problema seja resolvido antes da finalização da segunda etapa do programa."


Na primeira fase, 1.250 indústrias foram monitoradas, as maiores poluidoras da região. Juntas, lançavam em 1992, 4,7 toneladas por dia de metais pesados no rio, índice que caiu para 0,44 ton/dia em 2006. A fiscalização foi mantida, mas a menor poluição também ocorre porque das 1.250 empresas, só 607 continuam na região. A outra metade fechou ou mudou.


A Cetesb não informa o seu plano para recuperar o tempo perdido até o fim do ano passado em relação a esse trabalho. Segundo a Sabesp, no entanto, deverão ser utilizadas informações de empresas que, apesar de não terem sido incorporadas ao programa, aderiram ao Sistema de Esgotamento Sanitário no período de 2002 até este ano, e que por isso têm seus efluentes monitorados pela Cetesb. O contrato de financiamento destinou US$ 5 milhões para o trabalho de inclusão de novas empresas na fiscalização, recursos destinado a outras obras do projeto.


"A Sabesp e a Cetesb têm trabalhado no sentido de ampliar os seus controles e os resultados dos trabalhos deverão ser oficialmente apresentados ao BID até o término desta etapa do projeto, bem como disponibilizado para conhecimento público no site das companhias, conforme acordado com o banco", diz André Ferreira, gerente do departamento de planejamento e Controle da Sabesp.


A expectativa é de que o relatório do BID referente aos resultados da fase 2 seja finalizado em setembro ou outubro. Diferentemente do ocorrido na fase 1, o novo relatório será divulgado ao público, devido a uma mudança de política do banco. O financiamento da fase 3 já está sendo negociado entre a instituição e a Sabesp. A expectativa da empresa é conseguir iniciar a nova fase no ano que vem. Entre a primeira e a segunda fase houve um intervalo de quatro anos.


Lançado como o maior programa de saneamento de São Paulo, em 1992, o Projeto Tietê termina sua segunda fase após 15 anos e US$ 1,5 bilhão investidos em redes de coleta de esgoto e estações de tratamento. O empreendimento conseguiu reduzir a mancha de poluição de 300 quilômetros para 180 quilômetros, mas o índice de apenas 37% de tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo, segundo dados da Cetesb, ainda não é suficiente para reduzir expressivamente a poluição das águas. Estima-se que hoje, a cada segundo, cerca de 33 mil litros de esgoto desaguam no rio.
(da ValorOnLine - http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/primeirocaderno/brasil/BID+ainda+espera+relatorio+da+Cetesb+sobre+segunda+fase+do+Projeto+Tiete,0846,,63,4964850.html)