sábado, 31 de janeiro de 2009

É por aí!

Vejam:

1 de fevereiro de 2009. | N° 8333AlertaVoltar para a edição de hoje

AMBIENTE

Megaprojeto pretende tornar lixo um aliado

Cidade do México quer usar reciclagem para obter adubo e energia

A Cidade do México quer que um dos mais confusos e maiores sistemas de coleta de lixo vire o mais ecológico da América Latina, senão do mundo em desenvolvimento.

Uma nova Comissão do Lixo trabalha para construir quatro centros de separação de última geração nos próximos quatro anos, para reciclar, reaproveitar ou queimar e transformar em energia 85% do lixo produzido pela cidade – em comparação a apenas 6% do lixo da metrópole que é reciclado atualmente. Se isso funcionar, colocará a caótica e poluída metrópole ao lado de San Francisco (EUA), da Holanda e de outros líderes da reciclagem.

– O conceito da reciclagem como um todo é muito novo na América Latina – disse Atiliano Savino, presidente da Associação Internacional da Reciclagem do Lixo Sólido.

O governo federal propôs neste mês fechar o maior aterro da metrópole, ao argumentar que o depósito de 50 milhões de toneladas de lixo está muito cheio e ameaça a população. Os cientistas contestaram e o fechamento foi adiado porque a municipalidade fez um apelo a um tribunal federal. Mesmo assim, será preciso mais que a tecnologia para reciclar muito das 12,5 mil toneladas de lixo que a metrópole produz por dia. Como em outras partes do mundo em desenvolvimento, os moradores da Cidade do México não estão acostumados a separar o lixo.

Mas Fernando Menéndez, diretor da Comissão do Lixo, diz que os mexicanos precisam apenas copiar o sucesso de outro projeto ambiental implantado na cidade. Ninguém acreditava que ele conseguiria convencer os habitantes da Cidade do México a deixarem os automóveis nas garagens. Mas sua campanha “Hoy no Circula” (Hoje não circula) agora retira pelo menos 1,6 milhão de carros das ruas por semana.

– Ninguém nunca fez algo como isso – disse Menéndez, referindo-se ao projeto do lixo para a Cidade do México.

São 700 caminhões de detritos por dia

O lixão de Bordo Poniente foi construído sobre um lago seco, em parte para absorver os escombros do devastador terremoto de 1985. Atualmente, o aterro recebe 700 caminhões de lixo não separado por dia.

A Comissão do Lixo pretende substituir o aterro e o sistema existente em novos centros de processamento, que até 2012 reciclarão 20% do lixo na Cidade do México, transformarão em adubo outros 20%, que são orgânicos, e queimarão 45% para transformá-lo em energia.

Mas até novembro de 2008, apenas um dos quatro centros teve a construção aprovada. O governo também pretende extrair gás metano do lixão de Bordo e transformá-lo em energia para mover o metrô e fornecer eletricidade às residências.

Cidade do México

(de http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2388884.xml&template=3898.dwt&edition=11612&section=128)

É por aí!

Vejam:

1 de fevereiro de 2009. | N° 8333AlertaVoltar para a edição de hoje

AMBIENTE

Megaprojeto pretende tornar lixo um aliado

Cidade do México quer usar reciclagem para obter adubo e energia

A Cidade do México quer que um dos mais confusos e maiores sistemas de coleta de lixo vire o mais ecológico da América Latina, senão do mundo em desenvolvimento.

Uma nova Comissão do Lixo trabalha para construir quatro centros de separação de última geração nos próximos quatro anos, para reciclar, reaproveitar ou queimar e transformar em energia 85% do lixo produzido pela cidade – em comparação a apenas 6% do lixo da metrópole que é reciclado atualmente. Se isso funcionar, colocará a caótica e poluída metrópole ao lado de San Francisco (EUA), da Holanda e de outros líderes da reciclagem.

– O conceito da reciclagem como um todo é muito novo na América Latina – disse Atiliano Savino, presidente da Associação Internacional da Reciclagem do Lixo Sólido.

O governo federal propôs neste mês fechar o maior aterro da metrópole, ao argumentar que o depósito de 50 milhões de toneladas de lixo está muito cheio e ameaça a população. Os cientistas contestaram e o fechamento foi adiado porque a municipalidade fez um apelo a um tribunal federal. Mesmo assim, será preciso mais que a tecnologia para reciclar muito das 12,5 mil toneladas de lixo que a metrópole produz por dia. Como em outras partes do mundo em desenvolvimento, os moradores da Cidade do México não estão acostumados a separar o lixo.

Mas Fernando Menéndez, diretor da Comissão do Lixo, diz que os mexicanos precisam apenas copiar o sucesso de outro projeto ambiental implantado na cidade. Ninguém acreditava que ele conseguiria convencer os habitantes da Cidade do México a deixarem os automóveis nas garagens. Mas sua campanha “Hoy no Circula” (Hoje não circula) agora retira pelo menos 1,6 milhão de carros das ruas por semana.

– Ninguém nunca fez algo como isso – disse Menéndez, referindo-se ao projeto do lixo para a Cidade do México.

São 700 caminhões de detritos por dia

O lixão de Bordo Poniente foi construído sobre um lago seco, em parte para absorver os escombros do devastador terremoto de 1985. Atualmente, o aterro recebe 700 caminhões de lixo não separado por dia.

A Comissão do Lixo pretende substituir o aterro e o sistema existente em novos centros de processamento, que até 2012 reciclarão 20% do lixo na Cidade do México, transformarão em adubo outros 20%, que são orgânicos, e queimarão 45% para transformá-lo em energia.

Mas até novembro de 2008, apenas um dos quatro centros teve a construção aprovada. O governo também pretende extrair gás metano do lixão de Bordo e transformá-lo em energia para mover o metrô e fornecer eletricidade às residências.

Cidade do México

(de http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2388884.xml&template=3898.dwt&edition=11612&section=128)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Monsanto (Monsatã), Bunge e cia ilimitada...

Jornalista faz ataque à Monsanto em livro


RAFAEL GARCIA
da Folha de S.Paulo

"A biotecnologia em si não é boa nem ruim. Ela é uma ferramenta." Eis um bom argumento usado com frequência por cientistas defensores do uso de plantas transgênicas. Quem não enxerga, por exemplo, o mérito de distribuir para países pobres um arroz geneticamente modificado para conter mais vitaminas? Certamente ajudaria a combater a desnutrição. A declaração acima, porém, não é de um biólogo molecular, e sim de Robert Shapiro, ex-presidente da Monsanto --a empresa detentora de 90% do mercado global de transgênicos.

Divulgação
Jornalista Marie-Monique Robin é conhecida por reportagens sobre direitos humanos
Jornalista Marie-Monique Robin é conhecida por reportagens sobre direitos humanos

A fala está em um dos raros discursos públicos do executivo, que aparece no documentário "Le Monde Selon Monsanto" ("O Mundo Segundo a Monsanto"), lançado no início de 2008 na França e ainda sem previsão de estreia no Brasil.

Um livro homônimo que acompanha o filme, porém, acaba de sair em português (Radical Livros, 372 págs., R$ 54,00).

As duas obras são assinadas pela jornalista Marie-Monique Robin, aclamada pela esquerda francesa por suas reportagens sobre direitos humanos. O livro é um libelo contra os OGMs (organismos geneticamente modificados). E o seu foco não é nenhum vegetal candidato a salvar o mundo, mas a soja que a Monsanto criou para ampliar a venda de seu produto líder, o herbicida Roundup.

Robin não menciona em nenhum momento pesquisas como a que produziu o arroz supervitaminado. Mas isso também não faz muita falta, do ponto de vista dos negócios. Segundo seu livro, 70% das sementes transgênicas vendidas no mundo são de vegetais resistentes ao Roundup, que pode agora ser borrifado indiscriminadamente sobre as plantações, matando só as ervas daninhas. Um gene inserido na soja torna-a imune ao veneno, que já era popular na agricultura.

Os outros 30% dos transgênicos são quase todos plantas de uma variedade chamada Bt, que exala inseticida de suas folhas e caules. Em tese, isso livra o agricultor da necessidade de mais veneno contra insetos. "É uma façanha tecnológica admirável", reconhece Robin, antes de dizer ao espectador a que veio: mostrar por que a Monsanto ganhou o apelido de "Monsatã" de ambientalistas.

Equivalência

Sua principal crítica é que os alimentos derivados dessas plantas não passaram pelos testes adequados. Seu documentário conta como o processo de discussão legislativa sobre os transgênicos nos EUA na década de 1990 acabou legando ao país uma espécie de liberalismo sanitário. A opção da FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA) foi a de não criar uma regulamentação específica para os OGMs.

Plantas "Roundup Ready" ou Bt passaram então a ser vistas pela lei como vegetais comuns. Um gene a mais ou a menos não altera a "equivalência em substância" entre as plantas transgênicas e variedades comuns, diz uma portaria da FDA de 1992. E daí veio a controvérsia.

"Estas são plantas-pesticidas e deveriam ser testadas como pesticidas", diz Robin. "Testar a segurança sanitária de um pesticida leva dois anos. Os OGMs que estão sendo plantados agora foram checados por no máximo três meses, e os problemas que surgem da intoxicação crônica não aparecem."

Como evidência do potencial tóxico do glifosato, princípio ativo do Roundup, Robin apresenta um estudo de Robert Bellé, do Instituto Pierre e Marie Curie. Em um teste em ouriços-do-mar, um animal modelo da biologia experimental, o herbicida afetou sua divisão celular, "a primeira etapa que conduz ao câncer", diz.

O trabalho de Bellé não é o único a apontar problemas, e na França o Roundup já perdeu o direito de exibir em seu rótulo a inscrição "biodegradável", já que a substância é mais persistente do que se achava.

O peculiar na história dos transgênicos nos EUA é que o personagem-chave por trás do conceito da "equivalência em substância" não é um químico, conforme mostra Robin, mas o advogado Michael Taylor.

Tendo trabalhado para a Monsanto até 1990, largou seu escritório quando convidado pela gestão Clinton para ocupar um novo cargo na FDA, onde ajudou a definir a política de governo para os OGMs. Depois de alguns anos, deixou a posição e voltou à empresa para ocupar a vice-presidência.

O livro referencia diversos documentos históricos mostrando como a empresa criou uma cultura particularmente eficaz para omitir efeitos nocivos de seus produtos.

O PCB, por exemplo, fluido usado em aparelhos elétricos por meio século, foi banido na década de 1970. Bem antes disso, a empresa já sabia dos malefícios da substância, indicam documentos internos.

Robin aponta que omissões similares ocorreram com o agente laranja (desfolhante usado na Guerra do Vietnã), o hormônio de crescimento usado em vacas e um herbicida à base de dioxina. Todos produtos Monsanto.

Por fim, ela fala da estratégia da empresa para esgotar a oferta de sementes de soja não-transgênica nos EUA, comprando empresas pequenas e processando agricultores por royalties. Sojicultores que tiveram suas plantações "invadidas" pela soja da Monsanto via polinização natural são acusados pela empresa de usar sementes "piratas", diz o livro.

Capitalismo globalista

"Tudo isso, claro, é uma coisa paradigmática do capitalismo da era da globalização, mas a Monsanto tem mesmo uma história muito especial nos EUA", disse Robin à Folha. No mês passado, a jornalista esteve no Brasil para lançar seu livro e negociar direitos de distribuição do documentário. Uma TV brasileira, diz, estava interessada, mas seu representante não fechou negócio.

"Obtivemos a informação de que eles queriam comprar o filme para engavetá-lo depois."

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u494488.shtml)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ocupação humana junto aos mananciais...

Resguardem as matas ciliares em Santa Catarina!

Represas do interior de São Paulo estão ameaçadas

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A qualidade da água das grandes represas paulistas está ameaçada por uma nova onda de ocupação desenfreada. Reservatórios como o de Itupararanga, na região de Sorocaba, e Jurumirim, em Avaré, que ainda têm águas limpas, voltaram a ser procurados para lazer e turismo sobretudo por quem foge da violência e da saturação do litoral. Esses mananciais correm o risco de se tornar tão agredidos ambientalmente quanto as Represas Billings e do Guarapiranga, perto da capital, segundo a SOS Mata Atlântica.



Para o ambientalista Mário Mantovani, da ONG, a pressão imobiliária afeta também as seis represas do Sistema Cantareira, que abastece grande parte da Região Metropolitana de São Paulo. ?Nossas represas nunca estiveram tão ameaçadas. O nível de ocupação está no limite de se tornar irreversível.?



As margens de Itupararanga são ocupadas mesmo após sua transformação em Área de Proteção Ambiental (APA) por lei estadual aprovada há dez anos. As águas abastecem 63% da população regional, estimada em 2 milhões de pessoas, incluindo os habitantes de Sorocaba e Votorantim. Segundo a Polícia Ambiental, a ocupação do entorno aumentou 50% no período, apesar da fiscalização feita até com helicópteros. Em Ibiúna, loteamentos clandestinos já lançam esgoto na represa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(de http://www.estadao.com.br/noticias/geral,represas-do-interior-de-sao-paulo-estao-ameacadas,306402,0.htm)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mais uma possibilidade para o turismo na Serra Catarinense...

Vejam só!

Terra de aves, Brasil desperdiça potencial turístico de observação


AFRA BALAZINA
enviada especial a Ubatuba (SP)

O Brasil é segundo país do mundo com maior diversidade de aves. Com 1.822 espécies, fica atrás somente da Colômbia (1.865 espécies). Contudo, o turismo para observação desses animais, mais conhecido pelo termo em inglês "birdwatching", ainda é fraco por aqui.

Segundo Guto Carvalho, coordenador da Avistar (Encontro Brasileiro de Observação de Aves), o país recebe cerca de 2.000 observadores de aves por ano. Se forem consideradas as pessoas que vêm ao país a negócios e que aproveitam para praticar a avistagem, o número sobe para 5.000. É pouco para o potencial da biodiversidade brasileira.

Henrique Manreza/Folha Imagem
Turistas estrangeiros observam aves na fazenda Capricórnio, em Ubatuba, em busca da choquinha-pequena; Brasil ainda explora pouco o potencial para atividade
Turistas estrangeiros observam aves na fazenda Capricórnio, em Ubatuba; Brasil ainda explora pouco o potencial para atividade

O terceiro país em diversidade de aves, o Peru (com 1.820 espécies), recebe em média 18 mil pessoas por ano, segundo Omar Barreda, da Comissão de Promoção do Peru para Exportação e Turismo. Hoje, a maioria dos turistas de observação de aves no Brasil é estrangeira.

"Cada turista fica em média de uma semana a dez dias. Nesse tempo, gasta cerca de US$ 2.000. Mais até, se incluirmos as passagens internacionais e guias. É difícil prever, mas a médio prazo esse mercado pode crescer de 300% a 500%. Assim, se continuar a incentivar esse tipo de turismo, o Brasil pode ganhar US$ 10 milhões por ano", afirma Carvalho.

Para tentar estimular a atividade, a Abeta (associação brasileira do ecoturismo) criou um material sobre a observação de aves no Brasil, em inglês, para ser distribuído no exterior. A ação tem o apoio da Embratur e do Ministério do Turismo. Em agosto, o folheto já foi distribuído na British Bird Fair, em Londres.

Israel Waligora, diretor socioambiental da Abeta, ressalta que foi "a primeira vez que o Brasil esteve presente institucionalmente nessa feira". "Em anos anteriores, algumas empresas e guias participavam de forma isolada e desarticulada", afirma o dirigente.

O país, porém, muitas vezes não facilita a prática e até a atrapalha. Segundo José Fernando Pacheco, diretor do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, o melhor horário para fazer observação é ao nascer do Sol, mas muitos parques só abrem após as 8h. "No Bosque da Barra, no Rio, se você faz jogging pode entrar antes de o parque abrir oficialmente, mas se está com binóculos não pode", diz. "Alguns até tentam fingir que são corredores."

Pacheco conta também que na reserva biológica Sooretama, no Espírito Santo, não são mais permitidos observadores de aves. Segundo ele, a justificativa é que o uso de "playbacks" de cantos de pássaros --as "iscas" sonoras para atrair as aves-- estressa os animais. "Mas em 30 anos eu nunca vi problema nenhum. Nos EUA, em que num espaço pequeno existem 500 pessoas usando "playback", pode haver prejuízo, mas aqui é diferente", afirma.

Conservação

Na opinião dos organizadores da atividade, a observação de aves pode ajudar na conservação das espécies e, também, no aumento de conhecimento científico. Muitos observadores passam dicas sobre novas aves a cientistas ou redescobrem espécies consideradas extintas. Delta Willis, da entidade americana Sociedade Nacional Audubon, diz que há cem anos observadores de aves têm participado da contagem anual de animais feita pela instituição.

"Essas informações vão para o relatório da situação das aves, que contém boas e más notícias. "Birdwatchers" documentaram, por exemplo, o retorno da águia-americana, que esteve à beira da extinção, e o declínio de aves comuns, como a codorna "bobwhite" [Colinus virginianus]", afirma Willis.

Apesar de a observação de aves ainda não ser popular no Brasil, um evento com congressos sobre o tema, o Avistar, cresce ano a ano. Em 2006, o público foi de 3.000 pessoas, no ano seguinte, passou para 15.000 e, neste ano, 25.000.

"A observação de aves era um assunto de pequenos clubes e de cientistas, ornitólogos. De alguns anos para cá esse número começou a crescer exponencialmente", diz Carvalho. Mas ainda é pouco se compararmos com os EUA --uma pesquisa do governo mostrou que, em 2006, 47,7 milhões de americanos observaram aves.

Riqueza biológica

A América do Sul é o continente mais rico do mundo em aves, assim como a África se destaca por mamíferos. Boa parte dessa diversidade se deve aos Andes. "A Colômbia [que possui 1.865 espécies] tem três cadeias de Andes, uma área de floresta amazônica, um pedaço de Caribe com floresta própria, entre outros ambientes", diz Pacheco. Naquele país, porém, a violência das Farc atrapalha o turismo na Amazônia.

No Brasil, o número passou de 1.590 espécies em 1981 para 1.822 espécies em 2008 --um aumento de 14,5%.

A razão do crescimento é principalmente a descoberta de "espécies escondidas", ou seja, perceber que animais classificados como subespécies são, na verdade, outras espécies. Isso só acontece ao estudar melhor os animais e seus hábitos.

Mesmo havendo muitas espécies, não se pode ignorar que elas têm sofrido com a perda de seus habitats por meio do desmatamento. No Brasil, há 160 espécies na lista de ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente (9% do total).

Pedro Develey, diretor de conservação da Save (Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil), diz que, enquanto ainda se descobre a biodiversidade da Amazônia, o país perde populações de outras espécies na mata atlântica e no cerrado.



(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u488927.shtml)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Políticos e esgoto

Saiu no DC de hoje:

"LAMENTÁVEL – A Folha de S.Paulo mostrou, ontem, que parlamentares (senadores e deputados) incluíram entre as prioridades do PAC 84 propostas próprias, num total de R$ 2,3 bilhões. A verba foi tirada de outras obras, e a principal vítima foi o saneamento básico, que perdeu R$ 610,8 milhões. É bom lembrar que metade dos municípios brasileiros não conta com saneamento."
Porque será que estes deputados e senadores são contra o esgoto? Terão medo de ser levados por ele no turbilhão?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Porque não usar ESTE adubo orgânico em lugar do fosfato?

Pelo menos nas plantações de frutas milho, soja e outras do tipo?

Vejam:

Adubo orgânico e gratuito

Quarta-feira, 7 de janeiro de 2009, 02:33 | Versão Impressa

Fertilizante produzido pela Sabesp de São José dos Campos (SP) é[br]opção para agricultores do Vale do Paraíba

Tânia Rabello - O Estado de S.Paulo

- Produtores rurais do Vale do Paraíba têm uma boa opção para adubar suas lavouras com um fertilizante orgânico de qualidade e gratuito. A Estação de Tratamento de Esgotos de Lavapés, da Sabesp de São José dos Campos (SP), produz, mensalmente, cerca de 400 toneladas deste fertilizante orgânico, batizado de Sabesfértil, proveniente do esgoto doméstico. "Entregamos a quantidade desejada diretamente na propriedade, sem cobrar o frete", diz o gerente do Setor de Produção da Sabesp, Gustavo Sousa Nilo Bahia Diniz.

"Fazemos, porém, o acompanhamento de cada lote enviado até a sua utilização efetiva no campo, o que é obrigatório por lei, já que o Sabesfértil não pode ser estocado e deve ter uso imediato", diz Diniz. Ele explica ainda que o Ministério da Agricultura proíbe a estocagem e a revenda de fertilizante orgânico proveniente de Estações de Tratamento de Esgotos.

PRECONCEITO

O Sabesfértil é um produto registrado no Ministério da Agricultura (Mapa) como Fertilizante Orgânico Composto Classe D e, embora possa haver algum receio por parte do produtor agrícola em utilizar na lavoura um fertilizante proveniente de esgoto, de acordo com o próprio ministério, trata-se de um fertilizante de uso seguro.

"Além do registro, temos laudos técnicos para atestar que o Sabesfértil não tem patógenos, como coliformes resistentes ao calor, ovos de helmintos, nem salmonelas", diz ele, acrescentando que o que falta para que fertilizantes do gênero sejam largamente utilizados na agricultura é quebrar o preconceito em relação a adubo orgânico proveniente de esgoto.

Diniz acrescenta, ainda, que o Sabesfértil pode ser usado em vários tipos de lavoura, com exceção de hortaliças, raízes, tubérculos, pastagens e capineiras. "O Mapa não permite a aplicação de fertilizantes classe D nesses tipos de lavoura", explica. Mas, em fruticultura, cana e café, pode ser utilizado sem problemas. Segundo Diniz, uma propriedade de Angatuba, que cultiva laranja, já está utilizando o fertilizante, com sucesso.

Para a Sabesp, explica Diniz, é interessante sob vários aspectos partir para a reutilização desse resíduo do tratamento de águas. "Se ele não for para a agricultura, vai para o aterro sanitário, que está cada vez mais saturado", diz. "E, para enviá-lo ao aterro, precisamos antes aplicar a mesma quantidade de cal virgem e misturar", continua. "Isso dobra o volume de material e desperdiça um adubo riquíssimo em nutrientes", explica.



INFORMAÇÕES:
ETE Lavapés, tel. (0--12) 3904-3234

(de http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,adubo-organico-e-gratuito,303577,0.htm)