terça-feira, 17 de maio de 2011

Esporte para cidades com rios e corredeiras...

Incentiva o ecoturismo, pode gerar campeões e... Pode gerar renda extra! Rafting!


Choveu muito durante todo o verão no interior paulista. Em Brotas não houve exceção. O nível do rio Jacaré Pepira estaria alto e nós iríamos experimentar uma novidade no amplo cardápio de alternativas para descer o rio, o KR9.
Trata-se de um bote para 4 pessoas, bem mais fino e ágil que uma embarcação de rafting, para 6 pessoas.
Nosso capitão seria o mesmo da equipe brasileira de rafting, André Brandão, bicampeão mundial e profundo conhecedor do rio Jacaré Pepira (“Jacaré esfolado”, em Tupi-guarani).
André comanda o time da cidade, Alaya Bozo d’Agua, e foi parte integrante da (r)evolução da equipe brasileira no ranking da modalidade.
Em menos de uma década, o Brasil passou de figurante a protagonista no cenário mundial. Hoje somos bicampeões mundiais e donos de uma escola de rafting reconhecida e copiada mundo afora. Como?!
O primeiro passo para o sucesso foi reunir, na mesma cidade, alguns dos melhores atletas do Brasil e formar com eles uma equipe unida e entrosada.
Brotas foi uma conseqüência natural (literalmente) desse pensamento. A maior parte dos integrantes mora nos arredores e treina constantemente no rio que corta a cidade e tem corredeiras de nível III e IV, para deixar qualquer entusiasta de queixo caído.
Felizmente, porém, a equipe não se contentou com este rio. Estão desde 2006 na estrada, conhecendo, correndo e vencendo campeonatos em muitas corredeiras ao redor do planeta.
Mas não trocam a água da cidade por nenhuma outra. Depois de descer o Jacaré Papira no KR9, eu entendi o porquê. Pratique!
)

Serviços prestados pelo meio-ambiente - "Serviços ambientais". O que são?


O que são serviços ambientais?






Autoria: 
Henry Phillippe Ibanes de Novion (biólogo, analista do MMA)
RESEX Alto do Juruá (AC) 1998  / ROBERTO LINSKER/www.terravirgem.com.br
Todo ano, em todo o mundo, milhões de pessoas que produzem alimentos esperam a época certa para plantar suas sementes. Eles contam com a quantidade certa de chuva, para encher os rios,  que por sua vez carregam nutrientes indispensáveis para as plantas crescerem.
Eles também contam com a ajuda de abelhas, borboletas, beija-flores e vários outros bichos que transportam o pólen para cada uma das suas plantas, fertilizando-as e propiciando a frutificação. Correndo tudo bem, não chover demais - o que poderia inundar sua plantação -, ou não chover de menos - causando seca -, depois de alguns meses ele terá uma boa produção, da qual poderá tirar o sustento de sua família, vender o que sobrar e comprar o que necessitar. O agricultor - seja indígena, quilombola, familiar, ou não - trabalha com a natureza e depende de seus serviços para produzir e viver bem.
De uns tempos para cá, o aumento da população, o crescimento das cidades, o desenvolvimento de indústrias cada vez maiores e a necessidade de produzir em maior quantidade têm aumentado significativamente a exploração da natureza e de seus recursos. Exploração essa que tem causado danos ao meio-ambiente, que, quase sempre, não consegue se recuperar e recompor suas funções, seus nutrientes e o bom funcionamento de seus ciclos naturais. Os rios, que traziam água limpa, agora estão cada vez mais sujos, transportando esgoto e lixo. Se antes, o rio corria vigoroso, agora, corre devagar, pois consumimos mais água do que o rio consegue repor, e, além disso, com a destruição das matas ciliares e das nascentes que protegiam os rios do assoreamento, os sedimentos, como a areia, correm direto para o rio, acumulando-se em seu leito e dificultando a passagem da água. Os polinizadores, como abelhas e os pássaros, em muitos lugares, estão desaparecendo, seja pela destruição de seus habitats naturais, seja pela poluição e excessivo uso de agrotóxicos.
Esse processo de exploração e destruição, em ritmo muito acelerado, afeta o bom funcionamento dos ciclos naturais e de seus serviços. As chuvas não acontecem mais na época e na intensidade certa. Sem o polinizadores, as plantas frutificam menos e a produção é afetada.Parque Nacional da Serra do Divisor (AC) - Cachoeira Formosa  / Araquém Alcântara - www.terrabrasilimagens.com.brOs rios ao secar, transportam cada vez menos nutrientes, empobrecendo os solos. Todas essas alterações no bom funcionamento dos serviços da natureza (chuva, polinização, fertilização de solos), prejudicam todos que da natureza dependem, como por exemplo, os que plantam alimentos. A essa ajuda da natureza, de que todos dependemos, dá-se o nome de serviço ambiental.
Quantas espécies, por exemplo, são necessárias para a manutenção da fertilidade do solo? Em uma simples grama de solo, há cerca de 30 mil protozoários, 50 mil algas, 400 mil fungos e bilhões de bactérias. Se ampliarmos essa escala, encontraremos milhares de insetos e de minhocas1.
Serviço ambiental é a capacidade da natureza de fornecer qualidade de vida e comodidades, ou seja, garantir que a vida, como conhecemos, exista para todos e com qualidade (ar puro, água limpa e acessível, solos férteis, florestas ricas em biodiversidade, alimentos nutritivos e abundantes etc.), ou seja, a natureza trabalha (presta serviços) para a manutenção da vida e de seus processos e estes serviços realizados pela natureza são conhecidos como serviços ambientais.
Os serviços ambientais prestados pela natureza fornecem produtos como alimentos, remédios naturais, fibras, combustíveis, água, oxigênio etc.; e garantem o bom funcionamento dos processos naturais como o controle do clima, a purificação da água, os ciclos de chuva, o equilíbrio climático, o oxigênio para respirarmos, a fertilidade dos solos e a reciclagem dos nutrientes necessários, por exemplo, para a agricultura. Ou seja, os serviços ambientais são as atividades, produtos e processos que a natureza nos fornece e que possibilitam que a vida como conhecemos possa ocorrer sem maiores custos para a humanidade. Outros exemplos de serviços ambientais são: a produção de oxigênio e a purificação do ar pelas plantas; a estabilidade das condições climáticas, com a moderação das temperaturas, das chuvas e da força dos ventos e das marés; e a capacidade de produção de água e o equilíbrio do ciclo hidrológico, com o controle das enchentes e das secas. Tais serviços também correspondem ao fluxo de materiais, energia e informação dos estoques de capital natural.
Embora não tenham um preço estabelecido, os serviços ambientais são muito valiosos para o bem-estar e a própria sobrevivência da humanidade, pois dos serviços ambientais dependem as atividades humanas como, por exemplo, a agricultura (que demanda solos férteis, polinização, chuvas, água abundante, etc.) e a indústria (que precisa de combustível, água, matérias primas de qualidade etc). Quanto trabalho custaria para o agricultor fazer o serviço de polinização (que as abelhas fazem sem cobrar), levando o pólen a todas as plantas de sua horta e pomar? Quanto esforço e tempo seriam necessários para transformar toda a matéria orgânica que existe em uma floresta em nutrientes disponíveis para as plantas, se não existissem os seres da natureza (decompositores) que o fazem “de graça”? Quantas máquinas seriam necessárias para prestar o serviço de produzir oxigênio e purificar o ar, serviço que as plantas e as algas fazem diariamente? Quanto vale todos esses serviços que a natureza faz? Vale a existência da vida no planeta.
A continuidade ou manutenção desses serviços, essenciais à sobrevivência de todas as espécies, depende, diretamente, de conservação e preservação ambiental, bem como de práticas que minimizem os impactos das ações humanas sobre o ambiente.
Os povos indígenas e comunidades tradicionais, que historicamente preservaram o meio ambiente e usaram de modo consciente e sustentável seus recursos e serviços, são também responsáveis pelo fornecimento desses serviços ambientais, são o que se chama de provedores de serviços ambientais. Ao permitir que o ambiente mantenha suas características naturais e siga fornecendo os serviços ambientais, estes povos e comunidades garantem o fornecimento dos serviços ambientais que são usados por todos. Os serviços de preservar a natureza e suas características, conservar a biodiversidade, fornecer água de qualidade (porque preservam a mata na nascente e na margem dos rios) têm um custo para povos indígenas e comunidades tradicionais, e por isso surgiu a discussão sobre mecanismos de remuneração ou compensação para aqueles que conservam e garantem o fornecimento dos serviços ambientais, a essa remuneração chamou-se de Pagamento por Serviço Ambiental.

Os polinizadores e polinização

Por Nurit Bensusan 
Apesar de ser o mais vital dos processos que liga plantas e animais, muitos de nós desconhecem a importância e a abrangência da polinização. A maioria, talvez,  ignora que o pólen desempenha um papel na reprodução das plantas, sendo seu transporte para outra planta, condição indispensável para a reprodução. É um processo que está intimamente relacionado com a nossa alimentação e nossas roupas, bem como com a alimentação de nossos animais domésticos e de seus pares selvagens. Como se isso fosse pouco, a polinização é parte integrante dos grandes ciclos da natureza e de seus processos de retroalimentação.
A diversidade de animais que se dedica a transportar pólen de uma planta para outra, e desta forma possibilitar que as plantas frutifiquem, é impressionante. Por outro lado, muitas famílias de plantas com sementes atingiram a grande diversidade que revelam no presente, em função da influência evolucionária da enorme variedade de animais polinizadores presentes na Terra. A polinização é um dos processos mais interativos existente entre plantas e animais. Das 250 mil espécies de plantas com flores, estima-se que 90% sejam polinizadas por animais, especialmente insetos.
Muito da chamada biodiversidade reside nas plantas produtoras de pólen e nos animais que o transportam. Como uma grande quantidade das plantas que compõem nossa dieta alimentar - e outras como o algodão, que é polinizado por abelhas - depende de polinizadores animais para se reproduzir, a crise da biodiversidade não acontece apenas na Amazônia e outras florestas tropicais, acontece em nossa volta: nas hortas, nos campos de agricultura, nos supermercados, nos restaurantes, nas pizzarias e nas carrocinhas de cachorro-quente.
Acredita-se que o desaparecimento dos polinizadores naturais ocorre por diversas causas, como a destruição e fragmentação de ambientes naturais, uso de práticas agrícolas inadequadas, pecuária, uso de pesticidas e herbicidas e a introdução de polinizadores não-nativos. Com o reconhecimento do problema e de suas consequências econômicas algumas ações no sentido de reverter esse quadro já estão em curso, como, por exemplo, a International Initiative for the Conservation and Sustainable Use of Pollinators da Convenção sobre Diversidade Biológica e a Ação Global dos Polinizadores da Organização Mundial para Agricultura e Alimentação – FAO.

Notas e Referências

  1. G. Daily desenvolve esse exemplo, originalmente uma idéia de John Holdren, na introdução do livro por ela editado em 1997: Nature’s Services – Societal dependence on natural ecosystems. Island Press, Washington DC, p. 1-11.

(de http://uc.socioambiental.org/servi%C3%A7os-ambientais/o-que-s%C3%A3o-servi%C3%A7os-ambientais)

Vale a pena obedecer à lei? Ao código florestal atual? VALE!

Artigo de http://www.ecopolitica.com.br/2011/05/06/mirem-no-exemplo-daqueles-que-produzem-obedecendo-a-lei-florestal/
06 maio, 2011


Mirem no exemplo dos que obedecem Código Florestal

Sérgio Abranches
A experiência do município verde no Pará desmente os argumentos pelo afrouxamento do código local. Em 80 dos 144 municípios do estado, 80 já aderiram.
O programa, que se inspirou no exemplo do Pacto pelo Desmatamento Zero de Paragominas, exige a assinatura de um protocolo com compromissos claros. Um “compromisso vinculante”, como o que desejam para o novo acordo global do clima. Por esse protocolo, se obrigam, para serem fornecedores de carne, a promover o cadastramento ambiental rural das propriedades, ter metas de redução de desmatamento, que serão monitoradas e avaliadas. As exigências vão além do código florestal, porque os proprietários se comprometem a fazer a regularização ambiental de suas propriedades – o que significa cumprir as exigências do código – e muito mais. Em Paragominas, por exemplo, o pacto prevê a moratória inclusive de desmatamento legal.

Ação da PF e do Ibama em carvoaria ilegal de Paragominas
Não foi um caminho fácil. Começou com custos, oriundos das ações de comando e controle do Governo Federal, lista suja de municípios que mais desmatam, operações da Polícia Federal e do Ibama, corte de crédito, perda de mercado. A ação do Ministério Público, com o programa Carne Legal, levou os produtores a assinarem termos de ajuste de conduta para que os processos fossem interrompidos. Os prefeitos, temendo perdas econômicas com o embargo da produção de seus municípios, gerando desemprego e queda de receita, começaram a negociar seus próprios pactos contra o desmatamento ilegal. Quando o governo do estado lançou o programa “Municípios Verdes” estavam prontos para aderir. Aderindo, podiam usufruir das vantagens da certificação e rastreabilidade, que lhes facilita o acesso aos mercados de primeira linha, que pagam melhor e estabelecem laços de relacionamento mais fiéis com seus supridores.
Adalberto Veríssimo, do iMazon, me disse que 90% das propriedades dos municípios que aderiram ao programa já fizeram o cadastro ambiental rural. Hoje, produtor que alega que é caro demais, tem resposta clara dos produtores que já fizeram: todos podem pagar, é um custo bastante acessível por hectare. Veríssimo diz que a maior parte do desmatamento nesses municípios ocorre agora nos 10% de propriedades que não fizeram o cadastramento.
Os municípios legalizados puxaram a queda do desmatamento no estado, que ainda tem regiões de desmatamento intensivo. Um foco está na região de influência dos guzeiros, por causa do corte ilegal para fazer carvão vegetal. Com relação ao ferro-guza, o governo do Pará está tomando medidas para impedir o desmatamento para produção de carvão vegetal. Está criando custo tributário e proibiu o transporte de carvão. O guzeiro não pode mais dizer que está usando carvão de outras localidades. Todo o carvão que usa é local. Isto facilita a fiscalização.
Na grande região no entorno de São Félix do Xingu e no eixo da Br163, a Cuiabá-Santarém, há ainda muita especulação com as terras e uma dinâmica predatória, ainda do tipo de expansão de fronteira. Os assentamentos do INCRA continuam um sendo um vetor significativo de desmatamento.
Nos últimos 8 meses, o desmatamento caiu 47% no Pará, segundo os dados por monitoramento de satélite do Imazon. O problema hoje está em outros estados. Em Rondônia e na porção do Amazonas que lhe faz fronteira, sob a influência das hidrelétricas do rio Madeira. No Mato Grosso, onde a dinâmica da agroindústria continua majoritariamente predatória. Em Rondônia, o desmatamento aumentou 142%, nos últimos 8 meses. No Mato Grosso, aumentou 22%. Aumentou também no Acre, 53%, onde o Ministério Público Federal processou 14 frigoríficos por comprarem carne de fazendas que desmataram ilegalmente ou usaram trabalho escravo.
O programa Município Verde ainda tem poucos incentivos positivos, fora a eliminação dos obstáculos ambientais ao acesso aos mercados mais exigentes. Mas o governo estadual está estudando a possibilidade de, junto com o governo federal, criar uma cesta de incentivos fiscais e creditícios. Um deles será o ICMS verde. O outro, prioridade na regularização fundiária. Os municípios serão avaliados sistematicamente e serão classificados em diferente níveis de acordo com o cumprimento das metas de redução de desmatamento e grau de regularização fundiária e ambiental.
O nível 1 corresponde à entrada no programa. O nível 2, à implementação de ações que permitam atingir as metas de redução de desmatamento e degradação, o cadastramento ambiental rural das propriedades, entre outras exigências. O nível 3, requer ganhos de governança local, com criação do conselho municipal de meio ambiente, licenciamento ambiental das propriedades, cumprimento adicional das metas.
Quem não quer cumprir a lei, olha só o curto prazo. Provavelmente já não tem acesso aos mercados de primeira linha nacionais, nem estrangeiros. Quem quer vender para as grandes cadeias, para os mercados da Europa e Estados Unidos, tem que ir além da lei. Não interessa a esses produtores que o Brasil fique marcado como um país que afrouxou a lei que protege a floresta amazônica. É como por um carimbo de “sujo” em seus produtos. A Amazônia, além de ser um inestimável patrimônio nacional, que pode gerar muito mais riqueza com a floresta em pé, é um ícone hoje no mundo. Protegido e valorizado, esse ícone, essa marca, ajuda a vender. Destruído, fecha mercados.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

OPERAÇÃO PINUS PIRATA APREENDE EQUIVALENTE A 360 CARRETAS DE ÁRVORES IRREGULARES EM SC

Nas encostas da Serra Geral também há muito Pinus ocupando lugar de desmatamentos ilegais que transformaram valiosas espécies nativas em carvão!

OPERAÇÃO PINUS PIRATA APREENDE EQUIVALENTE

A 360 CARRETAS DE ÁRVORES IRREGULARES EM SC


O Ibama finalizou a operação Pinus Pirata, em Santa Catarina. A operação teve por objetivo combater o plantio ilegal de pinus no norte do estado. Em apenas uma das áreas-alvo, os fiscais federais apreenderam 9mil m³ de pinus, entre eles, os das espécies Pinus eliotti e Pinus taeda. Além da perda das árvores, os infratores pagarão mais de R$ 158 mil em multas. De acordo com Ricardo Lima, chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama em Santa Catarina, os alvo são áreas já embargadas, portanto proibidas para uso comercial, e estavam sendo utilizadas irregularmente. "Onde se deveria estar plantando espécies nativas para fins de reflorestamento (recuperação florestal), os infratores estavam fazendo plantações visando ao lucro, o que caracteriza crime ambiental", disse. No total, foram estimadas áreas com plantio de aproximadamente 250 mil árvores de pinus ilegais, que ocupam uma área de aproximadamente 2,2 milhões m², totalmente percorridos pelos agentes federais ambientais do Ibama. Além do corte das árvores irregulares, os infratores terão de replantar espécies nativas em toda a extensão da área. De acordo com Lima, essas ações objetivam impedir a utilização ilegal de áreas florestais do estado de Santa Catarina e garantir que a floresta nativa permaneça preservada. O cidadão que observar irregularidades pode ligar para a Linha Verde do Ibama (0800 61 8080). A ligação é gratuita e o denunciante não precisa se identificar. Por Badaró Ferrari.
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Via Jornal Absoluto.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Santa Rosa de Lima desponta como referência no turismo rural...

Enquanto isso muita gente em Anitápolis não enxerga este potencial!

(de http://www.notisul.com.br/n/geral/municipio_desponta_como_brreferencia_no_turismo-29011)


Belezas naturais

Município desponta como referência no turismo

Às vésperas de completar 49 anos, moradores da cidade passaram a explorar as belezas naturais de forma sustentável.
08 de Maio de 2011 às 22:48min

Santa Rosa de Lima

O contato com a natureza e a vida simples do campo. O leite fresquinho, a verdura colhida na hora, o cheiro da mata, e, essencialmente, a arte de receber bem. Este é um retrato de Santa Rosa de Lima, que amanhã completa 49 de fundação. A aposta do município para o crescimento é o turismo rural.  
 
Uma vitória é que o Ministério do Turismo já considera o município como referência nesta modalidade de turismo. Isto ocorre por causa do enorme potencial. 
 
A atividade turística ainda é pequena. Belezas naturais não faltam à cidade. Um exemplo é a Serra Geral, a 24 quilômetros do centro, um dos cartões postais do município. O local foi formado há 200 milhões de anos pelo derramamento de lava vulcânica e pelo movimento das placas tectônicas mais tarde. 
 
Santa Rosa de Lima mantém uma aliança entre turismo e a agricultura familiar, o que propicia o resgate de culturas tradicionais, a valorização da gastronomia típica e a produção sustentável dos alimentos. Para o prefeito Celso Heidemann (PP), isto  fortalece o turismo e, ao mesmo tempo, gera renda, ao agregar valor à atividade agrícola, artesanal e agroindustrial, o que colabora com a preservação do patrimônio natural e cultural. 
O turista que visita Santa Rosa de Lima busca tranquilidade, contato com a natureza, modo de vida simples, comida caseira, hospitalidade e, acima de tudo, valorização das culturas locais, do meio ambiente sustentável e qualidade de vida. 
 
História
Santa Rosa de Lima foi fundada em 10 de maio de 1962. Mas, antes de ganhar porte de município, serviu de ponte de parada para colonizadores alemães e imigrantes italianos. 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Gaia

O tufo de relva é parte da penugem de Gaia, assim como as florestas são parte de seu cabelo... Os rios, na superfície e em suas entranhas, são suas veias e artérias...
 
Os terremotos são seus tênues frêmitos, e seu aquecimento é como a febre que decompõe as proteínas no corpo humano, com o fim de destruir quem lhe faz mal...
Cesario

terça-feira, 3 de maio de 2011

Árvores nativas dão dinheiro, sim! Dinheiro dá em árvore, sim!

CHINA, DESMATAMENTO ZERO

Dinheiro dá em árvore, sim

Florestas em pé não são boas só para a biodiversidade. Elas geram bilhões para a economia. Quando as tratarmos como empresas, aí, sim, o desmatamento pode cair a zero. Ou abaixo de zero!


Um Maracanã de floresta acaba de desaparecer. Isso desde que você começou a ler este texto, há 1 segundo. Amanhã, neste mesmo horário, você levará a vida como sempre - esperamos. Mas os integrantes de 137 espécies de plantas, animais e insetos, não. Eles terão o destino que 50 mil espécies por ano têm: a extinção. Argumentos como os 15 Maracanãs de mata tropical devastados desde o início deste parágrafo - agora, 17 -, são fortes, mas nem sempre suficientes para que algo seja feito. Só que existe outro, talvez ainda mais persuasivo: dinheiro não dá em árvore, mas árvore dá dinheiro.

Hoje, manter uma floresta em pé é negócio da China. Em uma área estratégica perto do rio Yang Tsé, o governo chinês paga US$ 450 aos fazendeiros por hectare reflorestado. O objetivo é conter as enchentes que alteram o fluxo de água do rio. Equilíbrio ecológico, manutenção do ecossistema, mais espécies preservadas, esses são os objetivos do Partido Comunista Chinês? Não.

Trata-se de um investimento. O reflorestamento mantém o curso do rio estável e as árvores, sozinhas, aumentam a quantidade de chuva - as plantas liberam vapor d’água durante a fotossíntese. Resultado: mais água no Yang Tsé. O que isso tem a ver com dinheiro? A água alimenta turbinas das hidrelétricas distribuídas pelo rio - inclusive a megausina de Três Gargantas, 50% maior que Itaipu, que abriu as comportas em 2008.

Investindo em reflorestamento, os chineses agem de forma pragmática. Pagar fazendeiros = mais árvores. Mais árvores = mais água no rio. Mais água = mais energia elétrica barata (ainda mais no país que inaugura duas usinas a carvão por semana para dar conta de crescer como cresce). Mais energia barata, mais produção para a economia - e dinheiro para pagar os reflorestadores. O final dessa equação é surreal para os padrões brasileiros. A China, nação que mais polui e que mais consome matéria-prima, tem índice de desmatamento zero. Abaixo de zero, até: eles plantam mais árvores do que derrubam.

Não é só lá que as árvores valem dinheiro. No país que melhor preserva sua floresta tropical acontece a mesma coisa. É a Costa Rica. Os donos de terras de lá são pagos para manter áreas de floresta intactas. Parte do dinheiro vem de uma companhia hidrelétrica interessada em manter os rios que usa fluindo. Florestas, hidrelétricas... Só esses dois pontos já deixam claro que o Brasil tem algo a aprender. O berço da maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira (e 3ª do mundo) fica em plena Floresta Amazônica. É Belo Monte, no rio Xingu, a 40 quilômetros da cidade de Altamira, no Pará.

A partir de 2015, ela vai servir 26 milhões de habitantes. O dado mais célebre dela é outro: os 512 km2 de floresta inundada por suas barragens. É a área de uma cidade média, toda debaixo d’água. Mesmo assim, a usina pode fazer mais bem do que mal para a mata. Pelo menos nas próximas décadas. Se seguirmos a lógica da China e da Costa Rica, faz sentido que Belo Monte pague algo pela manutenção da floresta, já que sem ela não tem chuva o bastante, e sem chuva o bastante não tem energia.

E não são só hidrelétricas que lucram com as árvores de pé, e que podem pagar para mantê-las assim. O ciclo de chuvas da Floresta Amazônica é o que garante nossas safras agrícolas - sem ele, boa parte do país seria um deserto. A ONU calcula que mesmo uma queda mínima na quantidade de chuvas que a floresta produz pode trazer prejuízos entre US$ 1 bilhão a US$ 30 bilhões para a agricultura nos arredores da Amazônia.

As estimativas são imprecisas por uma limitação da ciência: não há como saber se um tanto de desmatamento vai provocar outro tanto de bagunça no ritmo das chuvas. Mas todo mundo sabe que a relação existe. O problema é quantificá-la. Mesmo assim, faz sentido imaginar um futuro em que os produtores agrícolas paguem pela preservação de florestas como uma espécie de seguro contra a falta de chuvas.

Claro que, se ficar só na conversa, nunca vai acontecer nada. Mas um grupo de cientistas americanos deu um passo importante. Criaram um software que busca calcular com alguma precisão quanto uma área desmatada ou reflorestada pode gerar em lucros (ou prejuízos) para a economia de uma região. O nome do programa é engenhoso: InVEST (Valoração Integrada de Serviços e Compensações do Ecossistema, em inglês - haja paciência para inventar uma sigla dessas). E ele já saiu do mundo das ideias: é o software que a China usa para gerenciar o retorno de seu reflorestamento. Enquanto isso, devastamos mais 200 Maracanãs no tempo que você levou para ler este texto.

Dica para nossos agricultores: Tomate agroecológico custa 84% menos para ser produzido, mostra estudo

Além do custo de produção ser menor, tem o apelo de não ter veneno! Bom para os agricultores, bom para os consumidores, bom para o meio-ambiente!


Tomate agroecológico custa 84% menos para ser produzido, mostra estudo

Publicado em abril 25, 2011 por HC
Sem usar pesticidas ou outros tipo de defensivos, a produção agroecológica pode reduzir os custos do cultivo de tomate em cerca de 84%. É o que defende o engenheiro agrônomo Fábio Leonardo Tomas em sua dissertação de mestrado desenvolvida na Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) .
Na pesquisa, Tomas avaliou os custos, produtividade e rentabilidade de culturas de tomate feitas em pequenas clareiras na Mata Atlântica, na região de Apiai, sudeste paulista. “Eu supus que a floresta poderia ser considerada um insumo agrícola, um instrumento da produção”, explicou o agrônomo.
A plantação sem agrotóxicos ou aditivos químicos foi comparada a outras, na mesma região, feitas de maneira tradicional. “Nós pudemos perceber que a taxa de infestação por bactérias, fungos e doenças foi muito menor”, conta Tomas.
Com isso, foram necessários gastos muito menores para manutenção da cultura. Na produção tradicional cada pé de tomate teve um custo de manutenção médio de R$ 5, enquanto no cultivo orgânico o gasto foi de apenas R$ 0, 80 por tomateiro.
A produtividade das culturas agroecológicas foi, entretanto, substancialmente menor do que a das lavouras convencionais. Na produção orgânica se obteve uma média de 100 caixas de 25 quilos por mil pés cultivados. As tradicionais alcançaram a marca de 250 caixas a cada mil pés.
O preço de venda foi o diferencial. Segundo o pesquisador, o preço médio por caixa do tomate tradicional foi R$ 15, contra R$ 70 do produto orgânico. “A menor produtividade se compensa em um menor custo e uma maior renda”, destacou Tomas.
O pesquisador acredita que os resultados obtidos com o tomate também possam ser alcançados em outras culturas. “A gente acredita que o efeito regulador serve para os demais cultivos, porque na floresta estão aranhas, vespas, que são predadores das pragas”, explica.
Para Tomas, esse tipo de constatação deve entrar na discussão sobre o papel da reserva legal e áreas de preservação permanente dentro das propriedades rurais. “O produtor convencional muitas vezes enxerga a floresta dentro da sua propriedade, como um estorvo. Ele não considera aquela floresta como um apoio a sua atividade econômica”.
Reportagem de Daniel Mello, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 25/04/2011
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