Reconstrução com precaução |
04 Nov 2010, 12:14 | ||
Logo depois das chuvas, estudiosos analisaram a ocupação das cidades ao longo dos rios e apontaram a urbanização da área de segurança do leito do rio como um dos principais motivos para a destruição. O professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Abelardo Montenegro, especialista em hidrologia e tecnologia rural, disse também que as cidades pernambucanas e alagoanas prejudicaram o curso das águas com a colocação de dejetos, lixos e entulhos. O promotor de Barreiros, Flávio Falcão, autor da ação, segue o mesmo raciocínio e argumenta que faltou área para o escoamento das águas. "Como as margens dos rios estavam repletas de imóveis, foi impossível evitar a destruição." Agora o promotor Flávio Falcão não quer ver o mesmo filme outra vez. Na ação, disse que seu o objetivo é preservar as margens para evitar outra tragédia. Em outra frente, o Ministério Público do estado quer reunir, além das instituições municipais, secretarias estaduais e outras prefeituras para se discutir a reurbanização dos municípios. O Ministério Público cobra do município, que é o responsável pela fiscalização. O prefeito de Barreiros, Antônio Vicente, informou que a construção de imóveis nas margens dos rios já está proibida. "Fomos orientados pela Operação Reconstrução, do governo do Estado. Também solicitamos ajuda para mapear e identificar as áreas de risco". Em Pernambuco, 35 municípios da Zona da Mata, região canavieira, foram afetados com as chuvas e enchentes de junho. (Celso Calheiros) Leia também Uso do solo favoreceu tragédia Tragédia do Nordeste vista em detalhes Tags: |
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