quinta-feira, 3 de julho de 2008

Reservas privadas! Adote esta idéia!

Tanto no grande terreno urbano quanto na área rural, a idéia é para ser considerada.

Criação de reserva privada colabora com biodiversidade

Ação que uniu pesquisadores e fazendeiros evitou extinção de primata

Giovana Girardi

Juréia ainda abriga vários trechos de mata atlântica

Thiago Queiroz/AE

Juréia ainda abriga vários trechos de mata atlântica

SÃO PAULO - A manutenção das áreas remanescentes da mata atlântica depende, em sua maioria, da boa vontade de proprietários rurais. Ao transformarem seus terrenos em Reservas Particulares do Patrimônio Nacional (RPPNs), eles estão conseguindo proteger a biodiversidade do bioma. Que o diga o macaco símbolo da mata atlântica, o mico-leão-dourado.

link Biomanta ajuda a resgatar áreas degradadas

link Matas podem arder em fornos de siderúrgicas

link Projetos evitam o desperdício de água

link Bioma em pé rende US$ 20 bi

link 59% da vegetação sofreu transformação

link Referência mundial

link Semi-árido tem saída até contra a fome

link Unir sustentabilidade e preservação é desafio

link Área protegida beneficia a pesca

link Incentivo para conservar

link Florestas de eucalipto substituem campos

link Muito além da Amazônia

mais imagens Galeria de fotos

especial Os biomas brasileiros

som "Cumprimento das legislação pelos proprietáros rurais não é o suficiente para preservação"
som "É mais fácil lutar por um ecossistema com a ajuda da sociedade"

Na década de 70, a espécie se encontrava criticamente ameaçada de extinção, com somente 250 indivíduos vivendo na natureza, na região do município de Silva Jardim (RJ). Hoje são mais de 1,6 mil, como resultado de um trabalho que uniu pesquisadores e fazendeiros dispostos a salvar a espécie. Em meados da década de 80, um projeto de cientistas brasileiros, americanos e europeus começou a reproduzir o animal em zoológicos para depois soltá-lo na recém-criada Reserva Biológica Poço das Antas, em Silva Jardim, e em áreas particulares nos seus arredores.

"No começo, muitos fazendeiros tinham medo de que, se a espécie fosse detectada em suas terras, elas poderiam ser desapropriadas. Até o momento em que um líder da comunidade aceitou o desafio e conduziu os demais. Hoje trabalhamos com 33 propriedades parceiras", conta a diretora da Associação Mico-Leão-Dourado, Denise Rambaldi. Com o passar do tempo, eles não apenas abriram suas fazendas para a entrada dos micos como passaram a plantar corredores ecológicos para aumentar a área disponível para os animais.

A última reintrodução de micos foi feita em 2000, mas agora já não resta muito mais espaço para aumentar as populações. "Nosso desafio agora é ampliar o hábitat disponível. Muitos remanescentes são menores do que o mínimo necessário para uma família viver, que é de 50 a 60 hectares de floresta bem conservada. Para isso precisamos mudar o uso da terra, plantar corredores em meio à pastagem, por exemplo", explica. A espécie só é considerada viável se houver pelo menos 2 mil indivíduos vivendo em 25 mil hectares.

"As técnicas de reprodução e reintrodução dos animais já estão bem dominadas, mas nosso problema agora é alcançar essa área", diz Denise. Segundo ela, juntando a área de Poço das Antas mais algumas reservas da união presentes na região e as RPPNs são cerca de 13 mil ha. Mas essas áreas estão desconectadas. Denise acredita que os corredores podem ampliar esse espaço.



(de http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid199465,0.htm)

Nenhum comentário: