quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Degelo na Antártida aumentou 75% em uma década, segundo estudo

Pois as coisas podem ter um desfecho mai rápido do que todos estavam pensando! Quem sabe isto não é na verdade o início de uma nova glaciação? ;-)

Degelo na Antártida aumentou 75% em uma década, segundo estudo


da Efe, em Washington

O degelo na Antártida aumentou 75% nos últimos 10 anos e é quase tão grande como o observado na Groenlândia, revelou nesta quarta-feira um estudo realizado por cientistas de universidades e da Nasa.

Os pesquisadores do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) e da Universidade da Califórnia detectaram um aumento da perda de gelo cuja magnitude foi suficiente para aumentar o nível dos oceanos de 0,3 mm por ano, em 1996, para 0,5 mm, em 2006.

Segundo Eric Rignot, cientista do JPL, a perda de gelo se concentrou na região de Pine Island, na Antártida Ocidental, e no extremo norte da Península Antártica.

Esses degelos foram causados por uma aceleração no fluxo das geleiras em direção ao mar.

Acrescentou que o avanço mais rápido das massas de gelo se deve ao aumento das temperaturas do mar.

"As mudanças no fluxo das geleiras está provocando um grande impacto, embora não dominante no equilíbrio da massa de gelo antártico", assinalou.

As conclusões do estudo foram extraídas de dados fornecidos durante 15 anos pelos satélites da Nasa, da Europa, do Canadá e do Japão.

Segundo Rignot, a maior contribuição da Antártida ao aumento do nível do mar indica a necessidade de uma observação mais próxima do fenômeno.

"Estes novos resultados ilustram a vital importância de continuar observando a Antártida para determinar a forma como esta tendência seguirá", assinalou.

O cientista indicou que ainda se sabe muito pouco sobre a futura contribuição da Antártida a esses níveis.

"As plataformas de gelo estão respondendo mais rápido ao aquecimento climático do que o esperado", indicou.

Além do JPL e da Universidade da Califórnia, participaram da pesquisa o Centro de Estudos Científicos de Valdivia (Chile), a Universidade de Bristol (Reino Unido), o Instituto de Pesquisa Marítima e Atmosférica da Universidade de Utrecht, o Instituto Meteorológico Real (Países Baixos) e a Universidade do Missouri (Estados Unidos).

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u366438.shtml)

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