segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Estudo diz que centenas de plantas medicinais correm risco de extinção

E nas nossas florestas, na Mata Atlântica, na Floresta Amazônica? Quantas plantas medicinais podem estar em vias de desaparecer? Quantos filhos e netos podem deixar de ser curados devido à ganância dos pai e avós, que devastaram florestas nativas para plantar soja, pinus e eucaliptos e criar gado?

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u365414.shtml)

Estudo diz que centenas de plantas medicinais correm risco de extinção

da Efe, em Londres

Centenas de plantas medicinais estão em risco de extinção, indica um estudo divulgado nesta segunda-feira pela BGCI (Organização Internacional para a Conservação em Jardins Botânicos). Segundo a pesquisa, a extinção das espécies pode dificultar a descoberta de tratamentos para várias doenças.

De acordo com a BBC, o estudo indica que mais de 50% dos medicamentos são obtidos de plantas em risco de desaparecimento, devido ao aumento das coleções particulares e públicas e, em alto grau, ao desmatamento do planeta.

Os pesquisadores acreditam que estas plantas podem tratar doenças tão graves como o câncer ou o HIV.

Segundo o estudo, foram identificadas cerca de 400 espécies de plantas medicinais em risco de extinção.

Risco

Entre as que correm risco, o estudo cita a Hoodia, uma planta medicinal do sul da África, pertencente à família Apocynaceae, utilizada na medicina para reduzir temporariamente o apetite e que é usada como alimento das tribos da região para enfrentar longas e cansativas caças no deserto, sem sentir a sensação de fome.

Entre estes grupos ameaçados também se encontra a metade da variedade de magnólias, utilizadas na medicina tradicional chinesa há cinco mil anos e na japonesa, e que tem substâncias usadas na luta contra o câncer e as doenças cardíacas.

A organização indica que atualmente há cerca de cinco bilhões de pessoas que se beneficiam destas plantas como remédio, e cada vez mais elas são usadas para elaborar medicamentos em laboratórios.

Por isso, o estudo conclui que a perda destas plantas pode acarretar conseqüências impensáveis no futuro, e problemas imprevisíveis no campo da medicina e no tratamento paliativo das doenças.

A BGCI, com sede em Londres, é uma organização internacional formada por 600 analistas de 120 países.

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