terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Turismo ético e inclusivo - O agroturismo em Santa Rosa de Lima, Anitápolis e região

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O agroturismo em Santa Rosa de Lima

O agroturismo teve início no final do ano de 1998, mas, bem antes, na década de 90 se iniciaram as discussões sobre a necessidade do plantio orgânico, e de acordo com Guzzatti esta proposta nasceu com (p. 87) “um grupo de pequenos agricultores e técnicos interessados na promoção da agricultura de grupo, como forma de viabilização das pequenas propriedades rurais”. Quando o agroturismo passou a ser parte da pauta de discussões, os agricultores conseguiram parcerias com várias entidades francesas, entre elas a Associação de Agroturismo “Accueil Paysan[2].

É importante lembrar que antes do movimento orgânico, o êxodo rural era comum na região das Encostas da Serra Geral devido a pouca movimentação econômica e social e do isolamento dos municípios da região, ocasionando a saída dos jovens, que iam para as grandes cidades atrás de educação e emprego. Além da criação de oportunidades de trabalho e de renda, este projeto se inseriu em um objetivo maior na região, que foi de superar a prática do uso de agrotóxicos, predominante entre boa parte dos produtores.

Para que houvesse a implementação do agroturismo, foram necessários encontros para a sensibilização da população e das lideranças locais, pois para eles era difícil acreditar que esses pequenos municípios pudessem atrair turistas. Esta sensibilização se iniciou com palestras nas comunidades municipais e houve de início grande confusão com o termo “turismo rural”, pois os agricultores imaginaram que teriam que construir hotéis fazenda. Para melhor esclarecer estes agricultores quanto ao tipo de turismo adotado, realizaram-se reuniões em que se optou pelo segmento agroturismo como formato da atividade, com debates de esclarecimentos e viagens para que os agricultores conhecessem algumas experiências de agroturismo em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em outro momento, os agricultores se organizaram em grupos de trabalho, para a elaboração de um consórcio entre as propriedades, a fim de evitar a concorrência e a oferta dos mesmos serviços. Para tanto, foi realizado um diagnóstico rápido participativo (DRP) que revelou as vocações das propriedades e auxiliou na formatação do circuito de agroturismo na região.

Após o diagnóstico, o passo seguinte foi à constituição de uma associação de Agroturismo, a “Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia”, em 1989, tendo por objetivo o planejamento das atividades turísticas e a definição das normas da entidade [3] para organização da infra-estrutura de hospedagem e recepção. Essa associação garantiu para as famílias a capacitação através de cartilhas, cursos de curta e longa duração, além da inclusão dos municípios no Programa Nacional de Municipalização do Turismo (PNMT), além da contratação de consultorias especializadas. A princípio os serviços foram divididos em quatro categorias: Hospedagem na Colônia; Alimentação Colonial; Lazer na Colônia e Conhecendo a Colônia.

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